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Mostrando postagens com o rótulo Burt Gillett

Filme do Dia: Bold King Cole (1936), Burt Gillett

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  B old King Cole (EUA, 1936). Direção: Burt Gillett. Nova versão colorida e sonora – ainda que a cópia em questão esteja com problemas graves de sonorização e não se escute absolutamente nada -  do Gato Félix, que já havia protagonizado diversos títulos em preto&branco e mudos na década anterior. O que se percebe aqui é uma estandartização do personagem para novos padrões tanto estéticos – o desenho possui movimentação mais aprimorada – quanto morais – uma maior infantilização do personagem que perde o caráter de humor duplo, que poderia agradar crianças e adultos com referências a questões como sexualidade e racismo. Tampouco se encontra aqui as habituais transformações do personagem a partir do seu próprio corpo que era um dos charmes da primeira série. Aqui, Félix acossado por uma gigantesca tempestade vai buscar refúgio no castelo de um rei que passa a ser literalmente atormentado por fantasmas de seus antepassados. Félix conseguirá fazê-lo se livrar dos fantasmas e acaba se

Filme do Dia: The Shindig (1930), Burt Gillett

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  T he Shindig (EUA, 1930). Direção: Burt Gillett. Como em outras animações de Mickey em preto&branco dessa época, o entusiasmo pelo uso do som faz menos com que os filmes se tornem extremamente dialogados tais como os seus contemporâneos filmados em ação ao vivo, presas das limitações técnicas na captação do som, do que fazer da música e da dança de seus personagens antropormofizados – aqui se trata de um baile para a bicharada com a presença também de Minnie, Clarabela e Horácio. Há uma dimensão mais sexualidaza na relação entre Minnie e Mickey que sofreria com a nova moral imposta pelo Código Hays – aqui, em diversos momentos enquanto toca piano, não deixa de também puxar a calça de sua namorada. Gillett foi diretor de inúmeras animações como as da série colorida do Gato Félix. Walt Disney  Prod. para Columbia Pictures. 7 minutos e 5 segundos.

Filme do Dia: O Rei Netuno (1932), Burt Gillett

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  O   Rei Netuno  ( King Neptune , EUA, 1932). Direção: Burt Gillett. Música: Bert Lewis. A harmonia do reino de Netuno é atrapalhada pela súbita presença de um barco pirata cujos homens ficam sedentos para terem contato com um grupo de sereias. Eles conseguem capturar apenas uma. E enquanto a torturam e tentam dominá-la a bordo, todo um exército de seres da natureza marinha se une para libertá-la de seus captores. O golpe de misericórdia surge quando Netuno, finalmente livre das amarras da âncora lançada pelo barco pirata, investe contra o navio. Integrante das Silly Symphonies .      Talvez o que mais salte aos olhos muitas décadas após seja não apenas o relativo grau de “licenciosidade” com relação a apresentação das sereias, cujos seios são adivinhados mais que propriamente entrevistos em detalhe e marinheiros bastante sexuados, com sua virilidade exposta através de fálicos trabucos enfiados em suas calças, mas igualmente o grau de misoginia e violência a que é exposta a sereia

Filme do Dia: Neptune Nonsense (1936), Burt Gillett & Tom Palmer

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  N eptune Nonsense (EUA, 1936). Direção: Burt Gillett & Tom Palmer. Música: Winston Sharples. Ao dar bom dia a tudo e todos em sua casa, o Gato Félix descobre que o peixe que cria em seu aquário, Annabelle, encontra-se deprimida. Ele promete arranjar um companheiro para ela. E vai buscar ele próprio através da pesca, que resulta numa incursão submarina. Após muitos atropelos, consegue um peixe no orfanato, sendo o peixe entregue pelo próprio Rei Netuno, que havia julgado benevolamente os distúrbios causados por Félix no mundo submarino. Se existe um exemplo que serve como uma luva para se trabalhar a crescente “domesticação” dos produtos hollywoodianos, em termos de forma e conteúdo, o personagem de Felix certamente é um dos mais óbvios. Aqui, não apenas se passa dos traços básicos dos desenhos silenciosos e em p&b para exuberantes cores e um cuidado com uma direção de arte realista dos ambientes de fundo impensáveis para os de antes. Mas, igualmente a personalidade do fel

Filme do Dia: Molly Moo-Cow and the Indians (1935), Burt Gillett & Tom Palmer

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M olly Moo-Cow and the Indians (EUA, 1935). Direção: Burt Gillett & Tom Palmer. Música: Winston Sharples. Uma vaca e dois patos se afastam do carroção de um pioneiro no Velho Oeste e se aproximam de uma reserva indígena se tornam amigos de uma índia e salvam sua criança recém-nascida. Posteriormente um índio pretende cozinhar os patos e agora tem que contar com a ajuda da índia e da vaca. Mesmo não possuindo o mesmo senso de estilo seja no visual seja em termos de elaboração da narrativa dos desenhos contemporâneos que os Fleischer dirigiam e produziam, possuem bem mais graça e vivacidade que a atualização da série do Gato Félix, também empreendida pelo mesmo estúdio por essa época. Van Beuren Studios para RKO Radio Pictures. 7 minutos.

Filme do Dia: Flores e Árvores (1932), Burt Gillett

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F lores e Árvores ( Flowers and Trees , EUA, 1932). Direção: Burt Gillett. Esse curta-metragem animado foi o primeiro filme colorido da história do cinema. Disney utiliza o seu habitual mote da antropomorfização de animais e plantas para narrar uma história de amor entre duas árvores ameaçada pela presença de um velho tronco malévolo, que provoca incêndio na floresta. Presença fundamental é a da música (ainda que sonorizado, o filme não possui diálogos)em sua afinada orquestração com os movimentos, tal como Disney aprimorará posteriormente em seu Fantasia (1940). Faz parte da série Silly Simphonies . National Film Registry em 2021. Walt Disney Productions para United Artists. 7 minutos e 48 segundos.

Filme do Dia: O Piquenique (1930), Burt Gillett

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O Piquenique ( The Picnic ,   EUA, 1930). Direção: Burt Gillett. Esse curta, ainda que em p&b, no qual  Mickey e Minnie vão para um piquenique e levam também Pluto –aqui o cachorro de Minnie – enfrentando a chuva  e os animais que carregam toda a comida após um breve momento de diversão e dança demonstra a tendência que a animação pós-cinema sonoro enveredou, sendo Disney o modelo mais bem sucedido a apresentar a trilha a ser seguida por outros produtores, não tanto em termos dos traços dessa animação ainda um tanto toscos (o modelo de qualidade eram as Silly Simphonies ) ou na presença de uma certa dose de manifestações "eróticas" que se tornariam crescentemente dessexualizadas após o Código Hays, mas na soma de música, antropomorfização de animais longe de fazer menção ao universo social mais concreto (caso da série de Félix da década anterior) e um enredo mínimo, acrescentando posteriormente as cores. Aqui o número musical cantado pela dupla de ratos é seguido pe