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Mostrando postagens de julho, 2022

O Dicionário Biográfico de Cinema#142: Joseph L. Mankiewicz

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Joseph L. (Leo) Mankiewicz , (1909-93), n. Wilkes-Barre, Pensilvânia 1 946: Dragonwyck [ O Solar dos Dragonwyck ]. 1947: The Late George Apley  [ Tenho Direito ao Amor ]; The Ghost and Mrs. Muir  [ O Fantasma Apaixonado ]; Somewhere in the Night [ Uma Aventura na Noite ]. 1948: Escape [ Homem em Fuga ]. 1949: A Letter to Three Wives  [ Quem é o Infiel? ]; House of Strangers [ Sangue do Meu Sangue ]. 1950: No Way Out  [ O Ódio é Cego ]; All About Eve  [ A Malvada ]. 1951: People Will Talk  [ Dizem que é Pecado ]. 1952: Five Fingers  [ Cinco Dedos ]. 1953: Julius Caesar  [ Júlio César ]. 1954: The Barefoot Contessa  [ A Condessa Descalça ]. 1955: Guys and Dolls [ Eles e Elas ]. 1958: The Quiet American [ O Americano Tranquilo ]. 1959: Suddenly Last Summer  [ De Repente, no Último Verão ]. 1963: Cleopatra  [ Cleópatra ]. 1967: The Honey Pot  [ Charada em Veneza ]. 1970: There Was a Crooked Man  [ Roubou, Mas Fez... ]. 1972: Sleuth  [ Jogo Mortal ]. O primeiro emprego de Mankiewicz foi pa

Filme do Dia: A Malvada (1950), Joseph L. Mankiewicz

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  A Malvada ( All About Eve , EUA, 1950) Direção: J.L.Mankiewicz . Rot.Adaptado: J.L.Mankiewicz & Mary Orr, baseado no conto “The Wisdom of Eve”.  Fotografia: Milton R. Krasner. Montagem: Barbara McLean . Com: Bette Davis, Anne Baxter, George Sanders, Celeste Holm, Gary Merrill, Hugh Marlowe, Lloyd Richards, Gregory Ratoff, Barbara Bates, Marilyn Monroe,  Thelma Ritter .       Eve Harrington (Baxter), tem a chance de conhecer a grande dama do teatro Margo Channing (Davis), por quem nutre uma admiração que beira a patologia e ao qual não perde sequer uma única apresentação, através da amiga da estrela, Karen Richards (Holm), casada com  o maior teatrológo americano do momento, Lloyd Richards (Marlowe). Ainda que insegura, Eve conta sua história no camarim de Margo: sua infância difícil na fazenda de seus pais no Wisconsin; seu casamento com Eddie, que partiria para a guerra e que, quando fora recebê-lo em San Francisco terminara por receber a notícia de sua morte, a primeira vez que

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#74: Gabriela Samper

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  SAMPER, GABRIELA  (Colômbia, 1918-1974). Uma documentarista pioneira na América do Sul, Gabriela Samper se dedicou à cultura colombiana tradicional, incluindo seus aspectos indígenas, e foi também uma importante expoente do teatro infantil e de marionetes. Nascida em Bogotá de pais ricos, viajou por toda a Europa e estudou literatura e filosofia na Universidade de Colúmbia, em Nova York, onde também estudou balé, sob os auspícios de Martha Graham. Viveu períodos nos Estados Unidos, assim como em Trinidade, e dedicou sua vida às artes, trabalhando no teatro e televisão colombianos. Teve cinco crianças e não voltaria a filmar senão em 1963, quando casou-se com seu terceiro marido, Ray Witlin. Formaram uma companhia juntos, Cinta Limited, primeiramente para produzir comerciais, e em 1965 escreveu e co-dirigiu seu primeiro filme, uma obra de ficção de 22 minutos, El Páramo de Cumanday , patrocinado pela Esso. De acordo com Juana Suárez, Witlin foi creditado como cinegrafista e diretor&qu

Filme do Dia: A Walk (1990), Jonas Mekas

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  A   Walk (EUA, 1990). Direção: Jonas Mekas. Uma caminhada de Mekas pelo Soho no dia 15 de dezembro de 1990. Filmado em vídeo pelo próprio Mekas em um tour-de-force que, aparentemente dispensa os cortes (algo que fica ainda mais ressaltado após ele ligar o contador de tempo da câmera), observa-se seus comentários entre o que ele observa na caminhada, a diversos momentos fazendo referência igualmente visual a chuva fina que cai e suas memórias de quando chegou a cidade. O foco e o enquadramento eventualmente se tornam erráticos. Mekas procura se esquivar, o quanto pode, de registrar os transeuntes de forma mais delimitada – uma estratégia talvez de preserva-los em seu cotidiano anônimo ou mesmo temendo algum eventual processo? Com quase vinte minutos de filme em andamento finalmente surge o rosto do próprio Mekas. Noutro momento, mais adiante, observamos seus dedos tentando limpar a lente da câmera.  Por não poucas vezes Mekas lê textos aparentemente seus e seu discurso lírico se ch

Filme do Dia: O Delírio de um Sábio (1940), Ernest B. Schoedsack

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  O  Delírio de um Sábio ( Dr. Cyclops , EUA, 1940). Direção: Ernest B. Schoedsack. Rot. Adaptado:  Tom Kilpatrick, baseado no romance de  Henry Kuttner. Fotografia: Henry Sharp. Música: Gerard Carbonara, Albert Hay Malotten & Ernst Toch. Montagem: Ellsworth Hoagland. Dir. de arte: A.E. Freudeman, Hans Dreier &   A. Earl Hedrick. Com: Albert Dekker, Thomas Coley, Janice Logan, Charles Halton, Victor Kilian, Frank Yaconelli, Paul Fix. O excêntrico Dr. Thorkel (Dekker), convida seu colega de profissão Dr. Bullfinch (Halton), para uma viagem até a floresta sul-americana onde se encontra, efetivando uma misteriosa pesquisa. Temendo o estado de saúde mental de Thorkel, ainda assim Bullfinch resolve arriscar uma investida, juntamente com a Dra. Mary Robinson (Logan), seu namorado Bill (Coley) e um teimoso carregador de mulas, Pedro (Yaconelli). Acabam por descobrir que Thorkel sabe de um minério de grande valor e, quando retornam ao seu consultório, após terem sido brevemente dispe

Poemas

novamente é verão abaixo do equador  novamente veremos debaixo do sol as variedades dos filmes antigos saberemos o nome dos ventos sorrisos muito brancos dores coloridas amores impossíveis segundo os almanaques olhem-se feijão milho abóbora e manga não se cortam madeiras nem se deitam galinhas ou outras aves as ruas avenidas e ônibus tornam-se insuportáveis como já sabiam os índios daqui que não faziam cidades ### não há trem noturno que não chegue atrasado e noves fora meu coração ainda é o mesmo não há brinquedo não há segredo não há pecado que não seja para ti as alfaces ainda estão na geladeira e na minha gaveta tenho dois passsaportes que não passsariam em nenhuma alfândega entre a ilegalidade e uma salada me resta a esperança da tua chegada

Filme do Dia: O Andarilho (1926), Harry Langdon

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  O   Andarilho ( Tramp, Tramp, Tramp , EUA, 1926). Direção Harry Langdon . Rot. Original Frank Capra, Hal Conklin, Gerald C. Duffy, J. Frank Holliday, Harry Langdon, Arthur Ripley, Murray Roth & Tim Wheelan. Fotografia Elgin Lessley & George Spear. Com Harry Langdon , Joan Crawford, Edward Davis, Tom Murray, Alec B. Francis, Brooks Benedict, Carlton Griffin. Amos Logan (Francis), velho e em uma cadeira de rodas, recebe o aviso que terá três meses para saldar sua dívida ou será expulso da residência alugada. Seu filho, Harry (Langdon), obecado por uma moça que vê em um cartaz publicitário, Betty Burton (Crawford), irá concorrer a um percurso que cruza o país, para tentar ganhar o prêmio de 25 mil dólares, prometido pelo pai de Betty, John Davis. Após inúmeros contratempos, Harry terá que se deparar com um ciclone que atinge a cidade do Velho Oeste onde se encontra o final do percurso. Embora o título, os modos de andar, as roupas esgarçadas e frouxas, a falta de compost

Filme do Dia: Toda Nudez Será Castigada (1972), Arnaldo Jabor

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  T oda Nudez Será Castigada (Brasil, 1972). Direção: Arnaldo Jabor. Rot. Adaptado: Arnaldo Jabor, baseado na peça de Nélson Rodrigues. Fotografia: Lauro Escorel. Música: Astor Piazzolla. Montagem: Rafael Justo Valverde. Cenografia e figurinos: Régis Monteiro. Com: Paulo Porto, Darlene Glória, Paulo Sacks, Paulo César Pereio, Isabel Ribeiro, Hugo Carvana, Henriquieta Brieba, Orlando Bonfim, Elza Gomes, Sérgio Mamberti. Herculano (Porto), viúvo rico e ainda apaixonado pela falecida esposa, acaba cedendo aos encantos da prostituta Geni (Glória), apresentada pelo irmão (Pereio). Serginho (Hicks), seu filho rebelde e mimado como uma criança pelas tias solteironas, é contrário ao romance do pai e exige respeito eterno à memória da mãe. Após flagrar o pai com Geni, provoca confusão e sendo preso e estuprado pelo Ladrão Boliviano. Tentando afastar-se de Geni, por sentir-se culpado em relação ao filho, Herculano recebe o incentivo de Serginho para casar com Geni, para que ele possa trair o p

Filme do Dia: O Rupama i Cepovima (1967), Ante Zaninovic

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  O   Rupama i Cepovima (Iuguslávia, 1967). Direção: e Rot. Original Ante Zaninovic. Homem luta insistentemente contra pequenos vulcões que teimam em surgir ao seu redor e impedem seu descanso e leitura. Quando finalmente consegue aparentemente doma-los, fica se sentindo satisfeito, orgulhoso de si, mas logo entediado com a volta a leitura e volta a mexer nos tampões que havia posto nas bocas dos vulcões, e nenhum vapor sai. Intrigado, o homem abre todas as bocas. Após a última, com muita dificuldade, segue-se uma enorme explosão. Como é comum nas produções da Escola de Zagreb, sobretudo desse período, esse curta de animação possibilita provavelmente várias leituras. Uma das possíveis, talvez, seja enquanto metáfora da própria vida e sua eterna balança entre desafios e a acomodação. Talvez mesmo quando não fuja da recorrência de personagens solitários em sua luta contra mundo ou aspectos deste, tema recorrente na produção da Escola, algumas produções conseguem trazer uma vitalidade

Filme do Dia: Making Christmas Crackers (1910)

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  M aking Christmas Crackers (Reino Unido, 1910). Com: A.E. Coleby O que mais chama a atenção nesse filme é o quanto a linha entre uma postura mais próxima do que hoje seria chamado documentário e o elemento ficcional era algo que se encontrava longe de ser necessariamente distinta. Acompanha-se em planos demasiado aproximados da câmera, em relação à prática ficcional comum então – e aqui a motivação certamente é de apresentar os processos de trabalho da fabricação de utensílios natalinos que dá nome ao título – diversas operações distintas efetivadas por vários operários. O que mais chama a atenção hoje é o caráter extremamente mecânico das ações, algo acentuado pela montagem acelerada. Pouco depois, no entanto, e já sob um registro mais visualmente típico da época, observa-se um plano mais aberto que apresenta uma família se deleitando com os presentes e adereços natalinos. Ainda que a relação aqui a ser pensada tenha algo de causa-efeito – é o processo de trabalho anteriormente ap

O Dicionário Biográfico de Cinema#141: Bill Nighy

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  Bill (William Frances) Nighy , n. Caterham, Surrey, Inglaterra, 1949 A lgo entre um espantalho e um aristocrata falido, Bill Nighy não possui paralelo na corrente cena britânica, como um exemplo de ruína de uma estrutura de classes disfuncional. Com uns pequenos ajustes em sua ruidosa voz e na forma como penteia seus cabelos, pode passar de uma confiança duplamente condenada a um trapaceiro do reino. O reino tem mais a ver com Wind in the Willows que jogo de palavras em Westminster. Mas ele não passou desapercebido - diversos roteiristas e diretores intrigados tem visto Nighy, reconhecido sua confusão composta e criado papéis para ele. E m sua época, pode ser comparado a Ricky Gervais, mas Nighy - parece-me é superior, misterioso, sexy (foi companheiro por anos de Diana Quick) e reservado, e deixou Gervais encalhado como um mero arrivista. Nighy deseja que as  coisas melhorem; os sonhos de recuperação - e na Inglaterra hoje esta é uma postura trágica. O nome rima com "suspiro&qu

Filme do Dia: Notas sobre um Escândalo (2006), Richard Eyre

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  Notas Sobre um Escândalo ( Notes on a Scandal , Reino Unido, 2006).  Direção: Richard Eyre. Rot. Adaptado: Patrick Marber, baseado no romance  What Was She Thinking: Notes on a Scandal , de Zoe Heller. Fotografia: Chris Menges. Música: Phillip Glass. Montagem: John Bloom & Antonia Van Drimmelen. Dir. de arte: Tim Hatley, Grant Armstrong, Hannah Moseley & Mark Raggett. Figurinos: Tim Hatley. Com: Judi Dench, Cate Blanchett,  Bill Nighy , Andrew Simpson, Juno Temple, Max Lewis, Tom Georgeson, Michael Maloney, Joanna Scanlan. A professora Barbara Covett (Dench), próxima da aposentadoria e sem muitas expectativas quanto ao seu futuro profissional em uma escola que atende crianças de baixa renda, vê sua amargura se transformar com a chegada de  uma professora novata, a misteriosa e encantadora Sheba Hart (Blanchett). Aos poucos ela se aproxima da intimidade de Sheba com um marido bem mais velho, Richard Hart (Georgeson), um filho portador de síndrome de down, Tom (Lewis) e uma fil

Guia Crítico de Diretores Japoneses#7: Kō Nakahira

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 NAKAHIRA, Kō (3 de janeiro de 1926-11 de setembro de 1978) 中平康 Um talentoso, ainda que frustrantemente não realizado de todo diretor, Nakahira foi assistente no aprendizado ortodoxo da Nikkatsu e Shochiku para diretores como Keisuke Kinoshita, Akira Kurosawa, Minoru Shibuya, Tomotaka Tasaka, e Kaneto Shindō.  Este treinamento clássico foi desmentido pelo frescor de seu longa de estreia, Kurutta Kajitsu ( Paixão Juvenil , 1956), um seminal melodrama  taiyōzoku (tribo do sol), baseado em um romance de Shintaro Ishihara sobre rivalidade fraterna, ambientado entre a rica e irresponsável juventude après-guerre  da costa de Shōnan. As locações das filmagens, a imagística sensual e um olho para o detalhe significativo deram ao filme um realismo físico que compensou bastante os aspectos exagerados da trama, tais como o famoso clímax em uma lancha.  Diversos outros filmes inicais de Nakahira na Nikkatsu conquistaram alguma recepção crítica favorável. Dentre eles Bitoku no Yoromeki ( O Homem do

Filme do Dia: The Cobweb Hotel (1936), Dave Fleischer

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  T he Cobweb Hotel (EUA, 1936). Direção: Dave Fleischer. Rot. Original: Bill Turner. Essa animação sem dúvida se destaca da série Color Classics , sempre protagonizada por temas adocicados ou, no mínimo, amenos, pelo sombrio e grotesco. Aqui, uma aranha possui um hotel que aparentemente oferece todo o conforto aos seus hospedes insetos, mal sabendo eles que ficarão presos em suas teias. É o que parece acontecer com o casal de abelhas recém-casadas que lá decide se hospedar. Porém, unindo-se com outros companheiros insetos, libertos das teias por uma das abelhas, eles conseguem coletivamente derrotar a malévola aranha – criação bastante inspirada em seu horrendo aspecto. A criatividade aliada a alguns clichês dos filmes de horror, utilizados parcimoniosamente, assim como a própria canção, Spend the Night at the Cobweb Hotel auxiliam a transformar esse episódio no talvez mais interessante de toda a série. Fleischer Studios para Paramount Pictures. 7 minutos e 53 segundos.

Filme do Dia: Ardida como Pimenta (1953), David Butler

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  A rdida como Pimenta ( Calamity Jane , EUA, 1953). Direção: David Butler. Rot. Original: James O’Hanlon. Fotografia: Wilfrid M. Cline. Música: David Buttolph & Howard Jackson. Montagem: Irene Morra. Dir. de arte: John Beckman. Figurinos: Howard Shoup. Com: Doris Day, Howard Keel, Allyn Ann McLerie, Philip Carey, Dick Wesson, Paul Harvey, Chubby Johnson, Gale Robbins. Em Deadwood, território Dakota, ocasionalmente vítima de ataques dos Sioux, Calamity Jane (Day) é uma cowboy que consegue livrar Wild Bill Hickok (Keel) desses e, quando o dono da casa de espetáculos local (Harvey) se engana com o gênero da atração local, e o travestido Frances Fryer (Wesson) não consegue esconder sua condição masculina, sob a revolta de todos os homens presentes, Calamity afirma que trará para eles, a figura dos sonhos de todos, Adelaide Adams (Robbins). Ela embarca para Chicago, chama a atenção por seus trajes, assim como também fica estarrecida com alguns trajes femininos lá e, ao contrário de A

Filme do Dia: Esplanade des Invalides (1900), James H. White

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  E splanade des Invalides (EUA, 1900). Direção: James H. White. Duas características vão singularizar esse “panorama” de outros registros feito no mesmo período em Paris. Primeiro, a aparente encenação efetuada diante de uma câmera imóvel já há certo tempo, depois de ter efetuado sua tradicional panorâmica rastreando todos os arredores de onde se encontrava situada – durante esse procersso observar o homem que se destaca individualmente acenando com seu chapéu, pouco antes da câmera destacar a Ponte Alexandre III, uma das novidades da cidade.  A encenação (ou seria mera graça espontânea diante da câmera) é a dos rapazes que se amontoam em um pequeno veículo que se dirige rumo à câmera. Outra singularidade é o breve plano aéreo (comumente batizado então bird´s eye ) que apresenta o mesmo cenário do alto e encerra o filme. Edison Manufacturing Co. 2 minutos e 3 segundos.

Filme do Dia: Uma Noite no Madison Square Garden (2017), Marshall Curry

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  U ma Noite no Madison Square Garden ( A Night at the Garden , EUA, 2017). Direção e Montagem: Marshall Curry. Música: James Baxter. Se é verdade que esse curta passou por todo um tratamento, em termos de produção, com a inclusão de banda sonora, para não mencionar a remixagem de seu áudio original e- talvez mais significativamente – a cartela final, que impulsiona no espectador um olhar sem arestas sobre o evento – um comício nazista em pleno Madison Square Garden ao qual se refere o título original, aparentemtene brincando   com um dos títulos mais célebres dos Irmãos Marx, sua maior falha é buscar a estratégia (afrontosa, nesse caso) de fazer as “imagens falarem por si mesmas”. As imagens audiovisuais não falam por si próprias e se é louvável a iniciativa de tornar público uma vez mais que os Estados Unidos não se encontravam definidos ideologicamente em relação ao conflito bélico mais importante da história moderna, que ainda não havia iniciado, diga-se de passagem, fica-se bast

Filme do Dia: La Universidad en la Antartica (1962), Luis Cornejo

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  L a Universidad en la Antartica (Chile, 1962). Direção: Luis Cornejo. Fotografia: Patricio Guzmán. Montagem: Hugo Fritz & Luis Cornejo. Em meio a atividades de mensurabilidade constante das condições climáticas ou de coleta de fetos minúsculos de uma foca que foi dissecada, passando pela coleta de plânctons,  os cientistas também organizam um churrasco em um ambiente que nem parece ser o da vastidão gelada da Antártida, com roupas comuns e uma pequena biblioteca a disposição. Estilisticamente é compreensível que seja um documentário de perfil bem mais convencional, com uma narração over que direciona o sentido do que observamos nas imagens (ao contrários de curtas anteriores do grupo como Mimbre ou Día de Organillos ). Convencionalismo que se estende à sua própria fonte financiadora, embora de forma relativamente discreta, como quando se afirma que os dados são enviados para telégrafo para quem do mundo científico se interessar possa, como a Universidad de Chile. Em momento bem

Filme do Dia: Um Rosto de Mulher (1941), George Cukor

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  U m Rosto de Mulher ( A Woman’s Face , EUA, 1941). Direção   George Cukor. Rot. Adaptado Donald Ogden Stewart & Elliot Paul, a partir da peça de Francis de Croisset. Fotografia Robert H. Planck. Música Bronislau Kaper. Montagem Frank Sullivan. Dir. de arte Cedric Gibbons. Cenografia Edwin B. Willis. Figurinos Adrian. Com : Joan Crawford, Melvyn Douglas, Conrad Veidt, Osa Massen, Reginald Owen, Albert Bassermann, Marjorie Main, Donald Meek, Richard Nichols. A inescrupulosa Anna Holm (Crawford), mantém-se a partir de chantagens que provoca, em associação com o oportunista Torsten (Veidt). Uma das vítimas que Anna busca chantagear, é a infiel esposa do Dr. Gustaf Segert (Douglas), Vera (Massen). Ela é flagrada por Gustaf, no momento que pressiona Vera e lhe chama a atenção de Gustaf a forte cicatriz que carrega consigo. Como exímio cirurgião plástico, Gustaf se oferece a restituir o rosto original de Anna, e o consegue. Os planos de Anna agora, através da mentoria do inescr

O Dicionário Biográfico de Cinema#140: Stanley Kubrick

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  Stanley Kubrick (1928-99), n. Bronx, Nova York 1 953: Fear and Desire [ Medo e Desejo ]. 1955: Killer's Kiss [ A Morte Passou por Perto ]. 1956: The Killing [ O Grande Golpe ]. 1957: Pahts of Glory [ Glória Feita de Sangue ] . 1960: Spartacus . 1962: Lolita . 1964: Dr. Strangelove, or How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb  [ Dr. Fantástico ]. 1968: 2001: A Space Odissey  [ 2001: Uma Odisséia no Espaço ]. 1971: A Clockwork Orange  [ Laranja Mecânica ]. 1975: Barry Lyndon . 1980: The Shining  [ O Iluminado ]. 1987: Full Metal Jacket [ Nascido para Matar ]. 1999: Eyes Wide Shut [ De Olhos Bem Fechados ] M uito antes de O Iluminado , Kubrick já havia se retirado para seu Hotel Overlook. Não era apenas a propriedade Buckinghamshire, nem simplesmente a Inglaterra - em oposição à América. Seu verdadeiro nicho era se retirar para lugares mais elevados, espirituais, uma morada de paranóia, reinado, e a astuta sugestão de ser maior que os outros poderiam sonhar. Sua reclusão fo