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Filme do Dia: Limite (1931), Mário Peixoto

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L imite (Brasil, 1931). Direção, Rot. Original e Montagem: Mário Peixoto. Fotografia: Edgar Brasil. Com: Raul Schnoor, Brutus Pedreira, Olga Breno, Tatiana Rey, Camren Santos, Edgar Brasil, Iolanda Bernardes, Mário Peixoto. Esse, que é o filme-referência de vanguarda brasileiro, equivalência tardia ao que foi produzido na década anterior na Europa, sobretudo França, consegue construir um raro senso poético, em que ângulos originais e a própria dimensão do espaço são trabalhados de forma poderosa. A composição de certas imagens são de tirar o fôlego, seja pelo inusitado (como a câmera baixa que flagra do chão o diálogo entre dois personagens com um posto sobre eles), seja pela beleza (a moldura dentro do próprio plano, como o momento em que um dos personagens procura por alguém no casario da ilha na qual se encontra, e o observamos precisamente recortado pelas janelas e portas desse mesmo casario, seqüência evocativa do que John Ford faria posteriormente).   Ou ainda, por vezes,

Filme do Dia: O Homem do Morcego (1980), Rui Solberg

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O   Homem do Morcego (Brasil, 1980). Direção: Rui Solberg. O maior mérito desse curta é ter sido o único registro áudio-visual do habitualmente arredio Mário Peixoto, que aqui fala um pouco sobre idéias que desenvolveu para Limite (1930), revisitando algumas das locações do filme, enquanto ao mesmo tempo se interessa em visitar um grupo de atrações mambembe à margem da praia. Antenado com as vanguardas europeias, fala sobre a origem da famosa cena das mãos algemadas ressaltando um certo charme próximo que busca alguma vinculação com a psicanálise, também explorada contemporaneamente por Buñuel e realizadores da vanguarda francesa, ao afirmar que “não sei porque” incluiu tal cena, embora pouco antes tenha revelado a imagem que lhe serviu de inspiração. 21 minutos.