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Filme do Dia: Children (1976), Terence Davies

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C hildren (Reino Unido, 1976). Direção e Rot. Orignal: Terence Davies. Fotografia: William Diver. Montagem: Sarah Ellis & Digby Rumsey. Com: Phillip Mawdsley, Valerie Lilley, Nick Stringer, Robin Hooper, Trevor Eve, Elizabeth Estensen, Harry Wright, Phillip Joseph. Criança que é vítima de maus tratos na escola, Tucker (Mawdsley) enfrenta uma situação também problemática em casa, com uma mãe nervosa (Lilley) e um pai (Stringer) enfermo que a espanca e acaba morrendo. Tucker, que se sente instintivamente atraído por homens e teve uma formação educacional e disciplinar bastante rígida, apela, quando maior, para encontros furtivos. A economia de gastos da produção se afina muito bem com o estilo distanciado, mas igualmente vigoroso, com que Davies traça sua narrativa autobiográfica. O que torna o filme mais pungente é justamente o modo distanciado com que toda a narrativa, sempre sob a perspectiva do garoto/jovem adulto, edifica-se. Com excelente senso de enquadramento, corte s

The Film Handbook#95: Terence Davies

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Terence Davies Nascimento: 10/11/1945, Liverpool, Inglaterra Carreira (como diretor): 1972- E mbora seus filmes até o momento sejam poucos, Terence Davies é talvez o mais ambicioso e promissor diretor atualmente em atividade na Inglaterra. Com somente uma trilogia e um díptico em seu nome (cada um durando menos de duas horas) ele tem demonstrado, de uma vez por todas, que o cinema britânico pode ser poético, pessoal e profundo. A Trilogia de Terence Davies  > 1 ( Children , Madonna and Child e Death and Transfiguration ) foi realizada a um período de mais de dez anos, durante e após o tempo em que estudou arte dramática e cinema. Inspirado por suas próprias experiências emocionais, os filmes seguem um liverpooliano católico e gay de uma escola execrável e intimidadora passando por uma dominadora mãe de meia-idade até uma morte dolorosa em um hospital. A litania de crueldade e culpa é tanto honesta quanto não sentimental, sendo a maior façanha de Davies transcender os clichê

Filme do Dia: Madonna and Child (1980), Terence Davies

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Madonna and Child (Reino Unido, 1980). Direção e Rot. Original: Terence Davies. Com: Terry O´Sullivan, Sheila Raymor. Robert Tucker (O´Sullivan) possui uma existência sofrida e culpada com relação a sua homossexualidade vivida clandestinamente e a qual procura se redimir se confessando na igreja.  Vivendo com sua idosa mãe (Raymor), pega a balsa diariamente para ir a um trabalho burocrático e repleto de pessoas tão pouco motivadas quanto ele. Davies apresenta de modo ainda mais conciso o seu personagem (que já havia apresentado em Children e que será retomado, fechando a trilogia, em Death and Transfiguration ). Já desde os planos inicias, os cantos católicos, em angelicais vozes infantis, provocam surpreendente efeito pois geralmente ilustram imagens da mais completa frieza, solidão ou esterilidade humanas – sendo a exceção a cena no interior de uma igreja. Assim é através de tal canto que se observa sejam os solitários passeios de balsa, os tipos absurdamente convencionais do

Filme do Dia: Amor Profundo (2011), Terence Davies

A mor Profundo ( The Deep Blue Sea , Reino Unido/EUA, 2011). Direção: Terence Davies. Rot. Adaptado: Terence Davies, a partir de uma peça de Terence Rattigan. Fotografia: Florian Hoffmeister. Montagem: David Charap. Dir. de arte: James Merifield, David Hindle & Sarah Pasquali. Cenografia: Debbie Wilson. Figurinos: Ruth Myers. Com: Rachel Weisz, Tom Hiddleston, Simon Russell Beale, Ann Mitchell, Barbara Jefford, Jolyon Coy, Karl Johnson, Oliver Ford Davies. Segunda Guerra Mundial. Hester (Weisz) abandona o casamento com o bem situado socialmente juiz, Sir William Collyer (Beale) para viver uma tórrida paixão com um piloto da Força Aérea, Freddie Page (Hiddleston). A relação entre ambos é sempre marcada pelo tom indignado, ressentido e violento de Page. Mesmo com as constantes súplicas do ex-marido para retornar, Hester tenta o suicídio, mas mantém os sentimentos pelo amante. Com o final da guerra, a relação entre ambos entra em declínio, com Freddie cada vez menos socialmente ada