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Despedida, Cecília Meireles

Por mim, e por vós, e por mais aquilo  que está onde as outras coisas nunca estão,  deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:  quero solidão.  Meu caminho é sem marcos nem paisagens.  E como o conheces? - me perguntarão.  - Por não ter palavras, por não ter imagens.  Nenhum inimigo e nenhum irmão.  Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.  Viajo sozinha com o meu coração.  Não ando perdida, mas desencontrada.  Levo o meu rumo na minha mão.  A memória voou da minha fronte.  Voou meu amor, minha imaginação...  Talvez eu morra antes do horizonte.  Memória, amor e o resto onde estarão?  Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.  (Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!  Estandarte triste de uma estranha guerra...)  Quero solidão.