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Filme do Dia: Africa Squeaks (1931), Ub Iwerks

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  A frica Squeaks (EUA, 1931). Direção Ub Iwerks. Música Scott Bradley & Carl W. Stalling. O sapo Flip está em um safári na África, com uma procissão de animais na sua cola. Ele atira contra o que acha ser o traseiro de um leão, e acerta um nativo, despertando a atenção também de um grupo maior. Embora tente fugir, Flip é capturado, e levado ao seu rei. O rei leva Flip para a panela. Esse foge e se torna objeto de atração e mesmo devoção das nativas, que o querem transformar em novo monarca, sendo que ele prefere voltar a panela. Em um dos melhores momentos, um dos pioneiros da tradição disneyana,  Iwerks faz com que Flip ajuste o leão como uma pose para foto, mas não para ser fotografado, e sim mirado por sua espingarda. Como quase todas as representações de animação então, os nativos africanos – assim como seus descendentes afro-americanos – são observados de forma caricata, sem rostos individualizados, associados com a antropofagia, com o habitual osso como presilha dos cabe

Filme do Dia: Travessuras Árticas (1930), Ub Iwerks

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  T ravessuras Árticasctic Antics (EUA, 1930). Direção: Ub Iwerks. Dizem que Iwerks implementou o padrão que seria seguido pelas animações da Disney e essa animação parece ser a comprovação disso. Mesmo ainda destituída de cores, importa menos qualquer pretensão narrativa mais fechada, do que apresentar uma série de animais polares – incluindo um Mickey albino! – em coreografias, nas quais o movimento dos mesmos parece ser ditado antes pelo ritmo de sua trilha musical. Quando se fala em séries não se deve secundarizar o efeito, tal como nos musicais de Busby Berkeley, em que coreografias de pingüins, morsas ou o que seja, evoluem, e o   efeito “abstrato” que tal dimensão pode sugerir, menos pela representação gráfica do que resulta da coreografia coletiva, como em Berkeley , que pela recusa de personagens principais ou de uma trama narrativa mais conseqüente. Tampouco é incomum que tais grupos deixem de possuir elementos “anômalos” ao padrão homogeneizador – no caso dos pingüins, doi

Filme do Dia: The Karnival Kid (1929), Ub Iwerks & Walt Disney

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  T he Karnival Kid (EUA, 1929). Direção: Ub Iwerks & Walt Disney . Música: Carl W. Stalling. Mickey é um vendedor de cachorros quentes que se encanta pela dançarina do ventre, Minnie. Procura lhe dar um cachorro quente, mas no último minuto a salsicha do mesmo se rebela e foge. Junta então dois gatos para fazerem coro aos acordes do seu violão, recebendo como recompensa alguns objetos dirigidos a sua cabeça por um vizinho revoltado. Se é verdade que essa animação se encontra a uma distância astronômica do que se configurará como “padrão de qualidade” a partir da década seguinte (padrão esse instituído, por sinal, pelo próprio Disney ) com seus traços e sonorização grosseiras e p&b, talvez em quase igual medida se pode perceber uma liberdade maior, algo surrealista e anárquica, na disposição dos próprios personagens em relação a seus corpos – Mickey, por exemplo, saúda Minnie retirando parte de sua própria cabeça – evocativa da série do Gato Félix, de quem certamente a cria

Filme do Dia: Chinaman's Chance (1933), Ub Iwerks

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C hinaman´s Chance (EUA, 1933). Direção: Ub Iwerks. Se alguns episódios da série do sapo Flip são toscos ( Movie Mad ) e outros apresentam já muito do talento criativo de Iwerks ( Soup Song ) esse aqui conseguir unir aos traços já mais apurados alguns momentos para lá de interessantes como os que o personagem, aqui policial, acaba se drogando com ópio e tendo uma viagem que Iwerks consegue reproduzir através de da trucagem óptica semelhante (seria a mesma?) comumente utilizada nos filmes de ação ao vivo efetivada com uma câmera utilizada justamente para esses fins, que deixa todas as imagens turvas.  Aliás, seu talento para trucagens óticas o levará, ao final da carreira, a colaborar com produções de longa-metragem célebres tais como Os Pássaros (1963), de Hitchcock e Mary Poppins (1964). Curiosamente, provavelmente por motivos financeiros, a série continuou como desde o início sendo produzida em p&b, quando praticamente todos as concorrentes já faziam uso de cores. A represen

Filme do Dia: Arctic Antics (1930), Ub Iwerks

Arctic Antics (EUA, 1930). Direção: Ub Iwerks. Dizem que Iwerks implementou o padrão que seria seguido pelas animações da Disney e essa animação parece ser a comprovação disso. Mesmo ainda destituída de cores, importa menos qualquer pretensão narrativa mais fechada, do que apresentar uma série de animais polares – incluindo um Mickey albino! – em coreografias, nas quais o movimento dos mesmos parece ser ditado antes pelo ritmo de sua trilha musical. Quando se fala em séries não se deve secundarizar o efeito, tal como nos musicais de Busby Berkeley , em que coreografias de pingüins, morsas ou o que seja, evoluem, e o  efeito “abstrato” que tal dimensão pode sugerir, menos pela representação gráfica do que resulta da coreografia coletiva, como em Berkerley, que pela recusa de personagens principais ou de uma trama narrativa mais conseqüente. Tampouco é incomum que tais grupos deixem de possuir elementos “anômalos” ao padrão homogeneizador – no caso dos pingüins, dois deles, um mais vel