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Filme do Dia: Hittin' the Trail for Hallelujah Land (1931), Rudolf Ising

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  H ittin’ the Trail for Hallelujah Land (EUA, 1931). Direção: Rudolf Ising. Música: Frank Marsales. Sucessão alucinante de aventuras e desventuras de um trio no Velho Sul, que não poderia deixar de incluir o personagem de Uncle Tom, uma barcaça tradicional descendo o Mississipi e números de dança movidos a banjo, assim como referências a religiosidade, na única seqüência de certa coesão narrativa em um cemitério. Por esse conjunto de clichês considerados depreciativos entrou para a lista das 11 animações do estúdio proibidas de voltar a ser televisionadas em 1968. A seqüência do cemitério, em que um trio de esqueletos sai da tumba e tenta convencer Uncle Tom a ir para a terra prometida, evidente mofa com os temas religiosos da cultura popular negra americana, deve ter sido influenciada por uma animação célebre da Disney, A Dança dos Esqueletos (1929), ainda que naquela não houvesse nenhuma menção explícita como aqui à história e costumes de parte da sociedade norte-americana. De to

Filme do Dia: One More Time (1931), Rudolf Ising

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O ne More Time (EUA, 1931). Direção: Rudolf Ising. Foxy é um policial que pretende manter a cidade em ordem, enfrentando várias situações de risco em seu cotidiano, sendo uma delas salvar a sua namorada de um grupo de sequestradores. Talvez o que mais chame a atenção nessa animação em p&b dos primórdios do cinema sonoro seja a forma que se efetua a movimentação do protagonista - abertamente inspirado no Mickey do estúdio concorrente, ainda que o rabo comprido e o próprio nome sugiram se tratar de uma raposa - por entre as ruas da cidade. Tudo, evidentemente, embalado pela canção-tema, que não apenas dita o ritmo da animação como era habitual então, como ainda incorpora os diálogos da mesma. O ambiente, evidentemente, faz referência aos anos violentos da Lei Seca e sua equivalente produção cinematográfica. Já se incorpora a utilização de animais como objetos tais como buzinas de carros e sirenes de carros da polícia, tal como décadas depois seria popularizado em séries para a

Filme do Dia: The Rookie Bear (1941), Rudolf Ising

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T h e Rookie Bear (EUA, 1941). Direção: Rudolf Ising. Música: Scott Bradley. Os ursos se encontravam no auge de seu sucesso junto ao universo da animação e não por acaso um deles é o protagonista deste curioso curta de propaganda de guerra. Ao mesmo tempo que o cartaz do Tio Sam conclamando ao alistamento militar pode sugerir uma menção positiva ao mesmo, o curta como um todo parece resistir a adesão irrestrita, através de estratégias que apresentam uma ironia por vezes pouco sutil – enquanto o narrador over , afirma   sobre a existência de alojamentos exemplares, observa-se não mais que uma quantidade imensa de barracas de lona montadas; do mesmo modo é muito pouco confortável a forma massacrante com que o urso é sabatinado durante o exame médico por uma diversidade de profissionais, todos falando ao mesmo tempo. E por aí vai. Posição que é selada definitivamente, quando o urso descobre aliviado que sonhara e recebe,   logo após, uma real conclamação ao alistamento menos com

Filme do Dia: O Dragão de Chita (1935), Rudolf Ising

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O  Dragão de Chita ( The Calico Dragon ,EUA, 1935). Direção: Rudolf Ising. Garota adormece e seus brinquedos adentram um mundo de fantasia de pano que inclui um dragão de três cabeças. Esse exemplar da série Happy Harmonies , que já a partir do título mal consegue disfarçar ser produzida para concorrer com a mais célebre série produzida pela Disney, Silly Simphonies , conquistou uma indicação ao Oscar da categoria. Tal indicação hoje soa algo despropositada, dado o grau de inserção da mesma à produção rotineira do período – a quantidade de títulos que faz uso da licença do gênero fantasia através do universo dos sonhos nesse período é exorbitante; por outro lado a qualidade de seus traços e suas cores fazendo uso de um processo bifásico deixam a desejar com relação à concorrência. Se é verdade que a repetição ad nauseum de clichês como o do universo de fantasia associado ao sonho e movido em grande parte por canções será substituído, majoritariamente, na década seguinte, por uma s