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Filme do Dia: O Costa do Castelo (1943), Arthur Duarte

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  O    Costa do Castelo (Portugal, 1943). Direção: Arthur Duarte. Rot. Adaptado: João Bastos & Fernando Fragosso, baseado na peça e poemas do último. Fotografia: Aquilino Mendes. Música: Jaime Mendes. Montagem: Jacques Saint-Léonard. Dir. de arte: Raul Faria da Fonseca. Cenografia: Raul Faria da Fonseca, Raúl de Campos & Antero Faro. Com: António Silva, Maria Matos, Milú, Curado Ribeiro, Manuel Santos Carvalho, Teresa Casal, Hermínia Silva, Maria Olguim, João   Silva. Luisnha (Milú), vive numa pensão, onde é muito querida. Certo dia quando vai ao trabalho, acaba despertando a primeira vista a paixão do aristocrata Daniel (Curado Ribeiro), que se faz passar por chofer, para viver na mesma pensão. Porém, sua família descobre tudo, quando ele já se encontra emocionalmente envolvido com Luisinha e sua esnobe  tia aristocrata, Mafalda (Matos), o desmascara diante de todos, e que seu verdadeiro nome é André. Na mesma noite, confuso, Daniel sofre um acidente de carro.  O irmão de Ma

Filme do Dia: Gente del Po (1943), Michelangelo Antonioni

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  G ente del Po (Itália, 1943). Direção e Rot. Original: Michelangelo Antonioni. Fotografia: Piero Portalupi. Música: Mario Labroca. Montagem: Carlos Alberto Chiesa. Esse documentário em curta-metragem foi o primeiro filme dirigido por Antonioni . Apesar de sua simpatica lírica e por vezes fatalista e paternalista descrição da pobreza da região dos moradores da região italiana referida em seu título se aproximar, de modo antecipativo, aos temas desenvolvidos por boa parte da produção ficcional neo-realista posterior, seu estilo parece mais lembrar o misto de forte encenação e poesia presente em obras tão diferentes quanto as de documentaristas como Flaherty ( A História de Louisiana ) ou Joris Ivens. Narrado por uma voz off  do início ao final como todo documentário mais clássico que se preze, mesmo que aqui feminina, o filme parece bastante distante do universo ficcional e estilístico posterior do realizador, a não ser por uma certa melancolia, muitas vezes buscada em seu olhar par

Filme do Dia: Tokio Jokio (1943), Norm McCabe

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  T okio Jokio (EUA, 1943). Direção: Norm McCabe. Músca: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. O índice de virulência além do habitual, mesmo para os curtas de propaganda que foram lançados pelo selo do estúdio,certamente deve se encontrar vinculado ao fato de ter sido dirigidopor um oficial do exército. Qualquer vestígio de efetivo humor ou ironia característicos dos desenhistas dessa longeve série aninada que foi a Merry Melodies, acaba soçobrando diante da caricatura grotesca dos japoneses, não apenas em nível de suas forças armadas e lideranças, mas também na dimensão da vida civil, sem deixar de comentar indiretamente sobre eventos históricos associados à nação - a determinado momento um avião japonês baixa o trem de pouso sob a forma de um chinês em trajes tradicionais pedalando uma bicicleta, numa evidente alusão a Guerra da Mandchúria. Em outro momento, a caricatura se estende as forças aliadas, apresentando uma Roma como um catálogo de ruínas e a Alemanha na figura de um H

Filme do Dia: A Sétima Vítima (1943), Mark Robson

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  A   Sétima Vítima ( The Seventh Victim , EUA, 1943). Direção: Mark Robson. Rot. Original: Charles O’Neal & DeWitt Bodeen. Fotografia: Nicholas Musuraca. Música: Roy Webb. Montagem: John Lockert. Dir. de arte: Albert S.D’Agostino & Walter E. Keller. Cenografia: Harley Miller & Darrell Silvera. Figurinos: Renié. Com: Kim Hunter, Tom Conway, Jean Brooks, Isabel Jewell, Evelyn Brent, Erford Gage, Hugh Beaumont, Lou Lubin, Mary Newton. Mary Gibson (Hunter) abandona a instituição escolar onde tem carreira garantida para procurar a irmã, Jacqueline (Brooks), desaparecida em Nova York. Com a ajuda do poeta Jason Hoag (Gage) e do psiquiatra Dr. Judd (Conway), descobrirá que ela se encontra envolvida em uma seita satânica que a quer ver morta por ter revelado o segredo. Estilisticamente de longe menos inspirado que a obra clássica do “Ciclo Val Lewton”, Sangue de Pantera (1942), de Tourneur, ainda assim esse filme pode ser percebido igualmente como na vanguarda de um cinema de

Filme do Dia: Room and Bored (1943), Bob Wickersham

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  R oom and Bored (EUA, 1943). Direção Bob Wickersham. Rot. Original John McLeish. Música Eddie Kilfeather. Neste curta, quando se observa mais explicitamente os papéis sociais virtualmente opostos, em termos de hierarquia, que representam a Raposa e o Corvo, ao trazer uma mais ampla antropomorfização que em curtas anteriores, como o primeiro dirigido por Frank Tashlin ( The Fox and the Grapes ), também se destaca um agregado de racismo imperceptível ou menos saliente antes. De fato , a raposa continua a ser uma figura amaneirada a desfrutar da comodidade burguesa (como também persente em The Dream Kids ) até a chegada do Corvo, aqui representado como um inquilino que é, ao mesmo tempo,  um motorista de caminhão de entregas e também boêmio e ruidoso músico de jazz, selando sua identidade com a comunidade negra norte-americana. Seus hábitos nada refinados também se expressam em alguém com quase nenhuma cultura letrada, como demonstra o cartaz “não perturbe”, em que perturbe é esc

Filme do Dia: A Morta Viva (1943), Jacques Tourneur

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  A   Morta-Viva ( I Walked with a Zombie , EUA, 1943). Direção: Jacques Tourneur. Rot. Original: Inez Wallace & Curt Siodmak. Fotografia: J. Roy Hunt. Música: Roy Webb. Montagem: Mark Robson. Dir. de arte: Albert S. D´Agostino & Walter E. Keeler. Cenografia: A. Roland Fields & Darrell Silvera. Com: James Ellison, Frances Dee, Tom Conway, Edith Barreth, James Bell, Christine Gordon, Theresa Harris, Sir Lancelot. Wesley Rand (Ellison) contrata a jovem enfermeira canadense Betsy (Dee) para cuidar de sua esposa Jessica (Gordon), nas Índias Ocidentais. Betsy se torna cada vez mais envolvida por Wesley, porém se depara com o ambiente sombrio no qual este vive com sua esposa, que não demonstra o menor sinal de vida e cercados de nativos que praticam o vodu. Também compõem a família Rand seu irmão alcoólatra, Paul (Comway) e a mãe (Barrett) de ambos, cientista. Influenciada pelos empregados que falam de curas provocadas nos ritos de vodu, Betsy leva Jessica para um ritual e, ine

Filme do Dia: Os Carrascos Também Morrem (1943), Fritz Lang

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  O s Carrascos Também Morrem ( Hangmen Also Die , EUA, 1943). Direção: Fritz Lang. Rot. Original: Bertolt Brecht, Fritz Lang & John Wexley. Fotografia: James Wong Howe. Música: Sam Coslow & Hans Eisler. Montagem: Gene Fowler Jr. Dir. de arte: William S. Darling. Figurinos: Eleanor Behm. Com: Brian Donlevy , Walter Brennan, Anna Lee, Nana Bryant, Billy Roy, Dennis O´Keefe, Gene Lockhart, Tonio Selwart, Alexander Granach, Hans Heinrich von Twardowski. Na Tchecoslováquia dominada pelo Nazismo, uma teia informal de resistentes esforça-se para não divulgar que o Dr. Svoboda (Donlevy) foi o assassino do líder nazista Heydrich (Twardowski), que comandava o país ocupado. Refugiando-se na casa da família Novotny, após Nasha (Lee) ter mentido para os policiais sobre o rumo que tomara, acabará sendo motivo para o aprisionamento do chefe da família, Stephan (Brennan). Assim como ele, mais de 300 suspeitos são presos e executados aos grupos. Com essa tática, os nazistas pretendem chegar

Filme do Dia: Doña Bárbara (1943), Fernando de Fuentes & Miguel M. Delgado

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  D oña Bárbara (México, 1943). Direção: Fernando de Fuentes & Miguel M. Delgado. Rot. Adaptado: Fernando de Fuentes & Rómulo Gallegos, baseado no romance homônimo do segundo. Fotografia: Alex Phillips. Música: Francisco Domínguez. Montagem: Charles L. Kimball. Dir. de arte: Jesús Bracho. Com: María Félix, Julián Soler, María Elena Marqués, Andrés Soler, Charles Rooner, Agustín Isunza, Miguel Inclán, Eduardo Arazomena. Doña Bárbara (Félix), traumatizada com o estupro e também com o assassinato do namorado vivido em sua juventude, transformou-se na mais temida latifundiária da região de savanas. A situação muda de figura quando Santos Luzardo (Julián Soler) aparece para investigar as irregularidades e propor novos limites para suas terras. Recuperado, o alcoólatra Lorenzo Barquero (Andrés Soler), seu tradicional rival, assim como Marisela (Marqués), antes tida como louca, que se apaixona por ele. Doña Bárbara pela primeira vez desde o assassinato de seu namorado se sente efeti

Filme do Dia: Jane Eyre (1943), Robert Stevenson

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  J ane Eyre (EUA, 1943). Direção: Robert Stevenson. Rot. Adaptado: Aldous Huxley, Robert Stevenson & John Houseman, a partir do romance de Charlotte Brontë. Fotografia: George Barnes. Música: Bernard Hermann. Montagem: Walter Thompson. Dir. de arte: William L. Pereira, James Basevi & Wiard Ihnen. Cenografia: Thomas Little. Figurinos: René Hubert. Com: Orson Welles, Joan Fontaine, Margaret O’Brien, Peggy Ann Garner, John Sutton, Sara Allgood, Henry Daniell, Agnes Moorehead , Aubrey Mather, Edith Barrett, Barbara Everest, Hillary Brooke, Elizabeth Taylor. Jane Eyre (Garner) é uma garota órfã que a tia (Moorehead) prefere ver afastada em uma escola de rígidos princípios de conduta, comandada pelo tirano Sr.Brocklhurst (Daniell). Jane permanece dez anos na escola, inclusive testemunhando muito de perto a morte de sua melhor amiga, Helen Burns (Taylor). Já moça crescida, Jane (Fontaine) aceita um dos convites que lhe chegam, e torna-se preceptora de Adele (O’Brien), filha de Edmu

Filme do Dia: Meshes of the Afternoon (1943), Maya Deren & Alexander Hammid

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  M eshes of the Afternoon (EUA, 1943). Direção: Maya Deren & Alexander Hammid. Rot. Original: Maya Deren. Com: Maya Deren, Alexander Hammid. Esse curta, marco do cinema de vanguarda americano, trai sua evidente influencia do Buñuel de Um Cão Andaluz (1928). As sombras, elemento fundamental na composição de boa parte dos planos, são mais evocativas do cinema expressionista. O resultado final, aparentemente bem menos “abstrato” que o dos filmes surrealistas dos anos 1920, em seu início, quando fica bastante delimitado o mundo da vigília do onírico, transforma-se em uma mescla dos dois, apresentando a influência daqueles sobre estes em um cadinho de alusões simbólicas (uma flor, uma faca, uma mulher em trajes vestais, um apartamento) menos explícitas que os da fase surrealista de Buñuel. Trata-se aqui, de fato, de produção bem mais modesta e artesanal. Destaque para a seqüência mais criativa do filme, a elaboração de um senso de desequilíbrio quando uma das personagens sobe uma es

Filme do Dia: O Fantasma da Ópera (1943), Arthur Lubin

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  O   Fantasma da Ópera ( Phantom of the Opera ,EUA, 1943). Direção: Arthur Lubin. Rot. Adaptado:  Samuel Hoffenstein, Hans Jacoby, John Jacoby & Eric Taylor, a partir do romance de Gaston Leroux. Fotografia:  W. Howard Greene & Hal Mohr. Música: Edward Ward. Montagem: Russell F. Schoengarth. Dir. de arte: Alexander Golitzen & John B. Goodman. Cenografia: Russell A. Gausman & Ira Webb. Figurinos: Vera West. Com: Nelson Eddy, Susanna Foster, Claude Rains, Edgar Barrier, Leo Carrillo, Jane Farrar, J. Edward Bromberg, Fritz Feld, Fritz Leiber. Enrique Claudin (Rains) é um violinista ressentido com os problemas que acabaram por lhe fazer interromper sua carreira de duas décadas na Ópera de Paris. Ainda assim, ele prefere se endividar e ser ameaçado de ser expulso de seu apartamento a deixar de custodiar a carreira do que acredita ser a futura diva da Ópera, a jovem Christine Dubois (Foster). Impaciente, no entanto,  envenena   a veterana Biancarolli (Farrar), que passa ma

Filme do Dia: T'amerò Sempre (1943), Mario Camerini

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  T ’ Amerò Sempre (Itália, 1943). Direção: Mario Camerini. Rot. Original: Sergio Amidei, Mario Camerini, Giulio Morelli & Giorgio Pastina, a partir do argumento de Camerini. Fotografia: Arturo Gallea. Música: Ezio Carabella. Montagem: Fernando Tropea. Dir. de arte: Gastone Medin. Cenografia: Gino Brosio. Com: Alida Valli, Gino Cervi, Antonio Centa, Jules Berry, Renato Cialente. A jovem Adriana (Valli) tem uma filha de uma relação com o rico playboy Diego (Centa) que, no entanto, não assume a paternidade e envia uma tia para fazer o contato com Adriana no hospital.   Adriana passa a trabalhar no grã-fino instituto de beleza comandado por Oscar (Berry), conseguindo sustentar a filha e a colocar em boa escola. No instituto, ela desperta a atração do galante advogado Pini (Cialente).   Porém angaria o afeto de alguém com propósitos mais sérios, Mario Fabbrini (Cervi), que aos poucos se acerca dela. Adriana fica abalada com a súbita reaparição de Diego, que pretende retomar a relação

Filme do Dia: Fin n' Catty (1943), Chuck Jones

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F in ‘n Catty (EUA, 1943). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Michael Maltese. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Gatos odeiam água. E o exemplar em questão, faz de tudo para não se molhar e conseguir capturar o peixe que se encontra no aquário. Não apenas o humor sarcástico acompanha esse curta animado desde o seu princípio, de mãos dada com seu narrador over, logo ao início somos brindados com imagens submarinas de uma personagem de peixe que logo viremos a descobrir, através do enorme rosto de gato colado ao vidro, tratar-se de um aquário. A fobia de gatos em relação a água, no entanto, é o mote mais divertido no qual se apóia. Jones já faz uso de uma direção de arte bem menos clássica e básica que o habitual, sendo mais uma sugestão de casa que propriamente uma reprodução mimética de uma. As paredes, por exemplo, mais parecem composições geométricas e de cores. A lógica é praticamente a mesma dos curtas de Piu-Piu e Frajola. Destaque para os momentos sádicos

Filme do Dia: Horas de Tormenta (1943), Herman Shumlin

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H oras de Tormenta ( Watch on the Rhine , EUA, 1943). Direção: Herman Shumlin. Rot. Adaptado: Dashiell Hammet & Lillian Hellman, sob a peça da última. Fotografia: Merrit B. Gerstad & Hal Mohr. Música: Max Steiner. Montagem: Rudi Fehr. Dir. de arte: Carl Jules Weyl. Cenografia: Julia Heron. Figurinos: Orry-Kelly. Com: Bette Davis, Paul Lukas, Geraldine Fitzgerald, Lucile Watson, Beulah Bondi, George Coulouris, Donald Woods, Henry Daniell, Eric Robert, Donald Buka. Sara Muller (Davis) retorna à casa da mãe, Fanny (Watson), nos Estados Unidos, após quase vinte anos sem entrar em contato e viver na Europa com suas três crianças e o marido Kurt (Lukas), militante anti-fascista. Na casa também se encontra  hospedado no momento o Conde Teck de Broncovis (Coulouris), diplomata romeno de estreitos laços com um grupo de nazistas da embaixada alemã, e sua mulher Marthe (Bondi), cada vez mais interessada pelo irmão de Sara, David (Woods). A situação de tensão chega ao limite quando Sa

Filme do Dia: Les Passagers de la Grande Ourse (1943), Paul Grimault

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L es Passagers de la Grande Ourse (França, 1943). Direção: Paul Grimault. Rot. Original: Maurice Blondeau & Paul Grimault. Garoto e seu cachorro buscam, a todo custo, observar o que existe por trás da cerca e acabam descobrindo literalmente um novo mundo a explorar. Um porto com um navio atracado. Eles são levados ao porão do navio, que se revela uma espécie de gigantesco zepellin futurista, sendo comandado por um robô solitário, que passa a tratá-los de forma mecânica, seja os recolhendo como lixo ou desejando o cachorro como alimento. Quase tudo nesse desenho colorido (em agfacolor!) sugere elementos fora de esquadro em relação à produção comercial norte-americana do período, ainda que tampouco se filie às experimentações vanguardistas europeias ou norte-americanas.  E é justamente essa falta de possibilidades de se prever o que acontecerá segundos adiante que o torna particularmente interessante e mesmo sugestivo em seu aparente final feliz, em que a dupla se delicia com um

Filme do Dia: To Duck or not to Duck (1943), Chuck Jones

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T o Duck...or Not to Duck (EUA, 1943). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Tedd Pierce. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. No auge do talento criativo, tanto em termos da história em si quanto da própria qualidade da animação, em todos os seus detalhes – movimentação dos personagens, direção de arte e cores – é apresentada uma história de caça, no qual Hortelino derruba Patolino dos céus, quando esse voa com um grupo de patos e esse o leva para um ringue de boxe, em um estádio lotado de patos, e onde o único torcedor para Hortelino é seu fiel cão. Com a inusitadamente anárquica e surreal mudança de cenário, dos campos onde Patolino foi atingido para um ginásio esportivo precursor de estratégias como as que Terry Gilliam realizará décadas após ( Storytime ), o filme é uma bem mensurada estratégia de humor, sem necessitar dos atropelos alucinados de gags e situações se sobrepondo como é o caso de algumas das melhores obras de Tex Avery. Os diálogos são outro atrativo

Filme do Dia: Muralhas de Jericó (1943), Vincente Minnelli

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M uralhas de Jericó ( I Dood It , EUA, 1943). Direção: Vincente Minnelli. Rot. Original: Sig Herzig & Fred Sandy. Fotografia: Ray June & Charles Rosher. Música: Daniele Anfitheatrof, George Bassman, David Raksin & George Stoll. Montagem: Robert Kern. Dir. de arte: Cedric Gibbons. Cenografia: Edwin B. Willis. Figurinos: Gile Steele. Com: Red Skelton, Eleanor Powell, Richard Ainley, Patricia Dane, Sam Levene, Thurston Hall, Lena Horne , Hazel Scott. Connie Shaw (Powell) é uma estrela da Broadway que possui como grande aficcionado o atrapalhado lavador de roupas Joe Renolds (Skelton). Quando Connie, enciumada com a traição de seu amado, Larry (Ainley) com outra mulher, Suretta (Dane), decide se casar com Renolds, pensa se tratar de um milionário. Ela o afasta de si antes que o casamento de fato se consuma. Porém, em meio ao espetáculo musical a chance para Renolds surge quando descobre um complô que prevê um atentado com bomba contra o teatro. Esse que é o terceiro l

Filme do Dia: Giornale LUCE#339 (1943)

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G iornale Luce #339 (Itália, 1943) Nos números dedicados a fatos “civis”, mas que a cobertura de guerra parece saltar ainda mais aos olhos, a miscelânea quase surreal de fatos que são ajuntados em um cinejornal, em estilo, guardadas as devidas proporções, não muito diverso do telejornal contemporâneo. Aqui se observa desde um evento de uma determinada sociedade em Roma, passando pelo cultivo e transformações genéticas de flores com auxílio da eletricidade, o zoológico de Milão e um grupo de garotas de uma companhia de dança alemã treinando, até um exímio construtor de miniaturas de navios com detalhes, inclusive em seu espaço interno, e uma apresentação de ópera dedicada aos veteranos de guerra com a presença de um importante membro da aristocracia italiana. LUCE. 8 minutos e 41 segundos.

Filme do Dia: Rumo a Tóquio (1943), Delmer Daves

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R umo a Tóquio ( Destination Tokyo , EUA, 1943). Direção: Delmer Daves. Rot. Adaptado: Delmer Daves & Albert Maltz, baseado no conto homônimo de Steve Fischer. Fotografia: Bert Glennon. Música: Franz Waxman. Montagem: Christian Nyby & Vladimir Barjansky. Dir. de arte: Leo K. Kuter. Cenografia: Walter F. Tilford. Com: Cary Grant , John Garfield, Alan Hale, John Ridgely, Dane Clark, Warner Anderson, William Prince, Robert Hutton, Tom Tully. Submarino americano parte da Baía de San Francisco e, antes mesmo que o comandante saiba, toda a tripulação já sabe que sua missão secreta é atacar as bases japonesas na Baía de Tóquio.   Com o carismático Capitão Cassidy (Grant) como   comandante, o grupo enfrenta sua primeira e última baixa quando um soldado, Mike (Tully), que oferece apoio para um japonês que saltara de seu avião em chamas, acaba por esfaqueá-lo pelas costas, sendo imediatamente metralhado após o ato. Três soldados são escolhidos por Cassidy   para uma missão em terra

Filme do Dia: Cinco Covas no Egito (1943), Billy Wilder

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  C  inco Covas no Egito ( Five Graves to Cairo , EUA, 1943) Direção: Billy Wilder. Rot.Adaptado: Billy Wilder&Charles Brackett, baseado em peça de Lajos Biro. Fotografia: John F. Seitz. Música: Miklos Rozsa. Montagem: Doane Harrison. Com: Franchot Tone, Anne Baxter, Akim Tamiroff , Erich von Stroheim , Fortunio Bonanova, Peter Van Eyck. Segunda Guerra. Soldado John J. Bramble (Tone) recobra os sentidos a tempo de abandonar um tanque desgovernado em pleno Saara egípcio. Todos os seus companheiros se encontram mortos. Consegue arrastar-se até uma cidade próxima, onde chega no hotel em momento inoportuno, quando os alemães passam a tomar posse do local. Escondido pelo dono do hotel, um egípcio e escapando por pouco de não ser entregue aos oficiais alemães pela camareira francesa Mouche (Baxter), a solução que encontram é de passar a assumir uma nova identidade, a do alsaciano Paul Devos, garçom que morrera no bombardeio da véspera na adega do hotel. Pouco depois chega o grand