Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Cinema Húngaro

Filme do Dia: Rajz Film (2005), Pál Tóth

Imagem
  R ajz Film (Hungria, 2005). Direção: Pál Tóth. Desenhista traça algumas idéias do que poderiam ser personagens para uma animação. Tóth certamente pretende construir um filme que revele um pouco sobre o próprio processo criativo da animação, literalmente um esboço sobre uma prancheta. Porém o resultado final, mesmo que interessante ao evidenciar o surgimento dos personagens a partir de uma folha em branco e de pequenas situações que esses irão vivenciar, torna-se prejudicado pela ausência de organicidade entre os personagens, como se a idéia de exercer uma meta-linguagem apenas obscurecesse a ausência real de uma idéia mais sólida. Animação em 2D. 14 minutos.

Filme do Dia: O Salmo Vermelho (1972), Miklós Jancsó

Imagem
  O   Salmo Vermelho ( Még Kér a Nép , Hungria, 1972). Direção: Miklós Jancsó. Rot. Original: Gyula Hernádi. Fotografia: János Kende. Música: Támas Cseh. Montagem: Zoltán Farkas. Dir. de arte: Tamás Benovich. Cenografia: Tilda Gáti. Figurinos: Zsuzsa Vicze. Com: Márk Zala, Bertalan Solti, Ágnes Music, Ágnes Lipták, József Madaras, Tibor Molnár, Tibor Orbán, Péter Haumann. Grupo de camponeses organiza um movimento revolucionário em 1890, inspirados pelos ideais da Revolução Francesa e tendo que lidar com a repressão do exército, com a influência da igreja e com as visões distintas dentro do próprio grupo camponês. A forma distinta de narrativa que Jancsó passa a emprender desde meados da década anterior aqui demonstra estar em seu auge. O mais interessante é o quanto sua peculiar montagem e sua não demarcação entre personagens principais ou secundários, assim como o forte simbolismo de sua imagens e sua recusa a uma interpretação naturallista, todas características do cinema vanguar

Filme do Dia: Amor (1971), Károly Makk

Imagem
  A mor ( Szerelem , Hungria, 1971). Direção: Károly Makk. Rot. Adaptado: Péter Bacsó, baseado no romance de Tibor Déry. Fotografia: János Tóth. Música: András Mihály. Montagem: Györgi Sivó. Dir. de arte: József  Romvári. Cenografia:  Judit Vidéki. Figurinos: Piroska Katona. Com:  Lili Darvas, Mari Töröcsic, Iván Darvas, Erzsi Orsolya, Lázslo Mensáros, Tibor Bitskey, András Ambrus, Jozséf Almási. Luca (Töröcsic) é a nora de uma velha senhora (Lili Darvas) em estado terminal, que ajuda a cuidar. A velha senhora , através das cartas que recebe, pensa que o filho, János (Iván Darvas) se encontra em Nova York, fazendo parte de   uma produção milionária, mas sobre o qual ainda não lhe adiantaram o seu cachê, quando na verdade se encontra preso por motivos políticos. Quando o filho finalmente é solto e retorna para casa, seu reencontro emocionado com a esposa também traz a novidade da morte da mãe. Esse intenso filme de Makk, considerado dentre os melhores jamais produzidos no país, bene

Filme do Dia: Senhoras e Senhores - Corte Final (2012), György Pálfi

Imagem
S enhoras e Senhores: Corte Final (Final Cut: Hölgyem És Uraim, Hungria, 2012). Direção: György Pálfi. Rot. Original: György Pàlfi & Zsófia Ruttkai. Montagem: Judith Czakó, Réka Lemhényi, Nóra Richter & Káröly Szalai . Proposta ao mesmo tempo inaudita e demasiado familiar, o filme envereda por uma narrativa construída, algo frouxamente, por trechos de produções das cinematografias as mais diversas, notadamente a europeia autoral e sobretudo a norte-americana, mais também o pouco conhecido cinema húngaro (aparentemente 30% de tudo que se assiste foi produzido por este), centrada na história de amor entre um homem e uma mulher, ou como se diz algo cinicamente em inglês, “boy meets girl”. Nesse aspecto, se se pode passear pelos mais diversos períodos e gêneros da história do cinema (até mesmo L´Arrivée d´un Train à La Ciotat vem a ser buscado, a determinado momento), os gêneros humanos acabam ficando restritos ao amor heterossexual. Ainda que a moldura da pretensão de se seguir

Filme do Dia: A Mosca (1980), Ferenc Rófusz

Imagem
A Mosca ( A Légy , Hungria, 1980). Direção e Rot. Original: Ferenc Rófusz. O que essa animação tem de virtuosidade técnica e dos traços, na descrição não exatamente do último dia, mas antes dos últimos momentos de uma mosca, a partir da perspectiva dela, não possui justamente em termos de expressão narrativa ou estética. Trata-se da virtuosidade pela virtuosidade, que é que resulta da rapidez fascinante com que se é levado do campo até o interior de uma mansão e se atravessa por todos os aposentos até o inusitado destino final da protagonista. Fundamental para seu efeito é o seu ruído que é praticamente o único som que se escuta ao longo do filme, com exceção do tiquetaquear de um relógio e dos ruídos da tentativa de matá-la. Oscar na categoria. MAFILM Panonia Filmstúdio. 3 minutos.

Filme do Dia: Panelkapcsolat (1982), Béla Tarr

Imagem
Panelkapcsolat (Hungria, 1982). Direção e Rot. Original: Béla Tarr. Fotografia: Barna Mihóc & Ferenc Pap. Montagem: Agnes Hrinatzky. Figurinos: Tamás Breier. Com: Judit Pogány, Róbert Koltai, Kyri Ambrus, Gabus P. Koltai, Józsefné Sothó, András Udvarhelyi, Làszlo Varga, Istvanne Szabó. A dificuldade na relação entre uma mulher, Feléseg (Pogány) e um homem, Férj (Koltai), ele técnico qualificado, ela dona de casa, para manter sua união. Enquanto Feléseg busca exaustivamente uma postura mais participativa do marido na criação dos filhos esse tem rompantes ocasionais de abandonar a família, seja para trabalhar em outro país e ascender profissional e socialmente, seja simplesmente por não aguentar tamanha pressão. Esse primeiro filme de Tarr realizado com elenco profissional, ainda assim guarda fortemente uma perspectiva quase documental em que o realizador se deterá sobre o drama do casal. Com uma produção extremamente ascética e não fazendo uso de qualquer trilha sonora, T

Filme do Dia: Os Vermelhos e os Brancos (1967), Miklós Jancsó

Imagem
Os Vermelhos e os Brancos ( Csillagosok, Katonák , Hungria/URSS, 1967). Direção: Miklós Jancsó. Rot. Original: Gyula Hernádi, Miklós Jancsó, Luca Karall, Valeri Karen & Giorgi Mdvani. Fotografia: Tamás Somló. Montagem: Zoltán Farkas. Dir. de arte: Anatoli Burdo, Boris Chebotaryov & Ferenc Kopp. Figurinos: Maya Abar-Baranovskaya & Gyula Várdai. Com: József Madaras, Tibor Molnár, András Kozák, Jácint Juhász, Anatoli Yabbarov, Sergei Nikonenko, Mikhail Kozakov, Krystyna Mikolajewska. 1919. Húngaros se unem as forças vermelhas no combate aos brancos na guerra civil que aflige a União Soviética e acaba provocando uma série de massacres em um monastério e em um hospital próximos ao Volga. Através de um verdadeiro balé de planos-seqüência com virtuosos movimentos de câmera, Jancsó abdica de muitas das convenções do cinema ortodoxo em sua visão épica, sanguinária e anárquica do conflito como trilha sonora, diálogos, no sentido dramático convencional do termo ou definição a

Filme do Dia: Apa (1966), István Szabó

Imagem
Apa (Hungria, 1966). Direção e Rot. Original: István Szabó. Fotografia: Sándor Sára. Música: János Gonda. Montagem: János Rózsa. Cenografia: Károly Molnár. Figurinos: Erzsébet Mialkovszky. Com: András Bálint, Miklós Gábor, Dániel Erdély, Katy Solyóm, Klári Tolnai, Szusza Ráthonyi, Ilone Pétenyi, Rita Békés. Táko (Erdély) é uma criança que, após perder o pai durante a Segunda Guerra, torna-se um exímio fantasista a seu respeito, inventando situações  dele para as outras crianças. Jovem (Bálint) e apaixonado por Anni (Solymón), que perde os pais nos campos de concentração, Táko continua, de forma mais discreta, a fantasiar sobre o pai morto, enquanto sua mãe encontra-se com um homem mais velho. Táko viaja com amigos de trem e ocasionalmente passa pelo vilarejo onde o pai havia nascido, assim como ele e ao qual decide retornar após longo tempo para tentar encontrar pessoas que conheceram seu pai. Táko acredita que necessita fazer algo pelo qual virá a ser lembrado e sair da som