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Filme do Dia: Crocus (1971), Suzan Pitt

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  C rocus (EUA, 1971). Direção ,    Rot. Original e Montagem Suzan Pitt. Mulher se sente sexualmente estimulado após se olhar no espelho. Um homem surge de outro aposento e tem uma ereção fabulosa. Quando o casal inicia o sexo, o filho da mulher (do casal?) chora por seu nome e ela vai no quarto dele. Após aquietá-lo o casal volta a atividade anterior. Animação aparentemente feita com tiras de papel. Consegue desdobrar o que seria o seu mote narrativo com relativa objetividade. Após a segunda tentativa do sexo entre o casal, o quarto é invadido por vários objetos voadores, numa dimensão simbólica obscura. Permanece um testemunho a mais não apenas dos anos da Revolução Sexual, mas particularmente da emancipação da representação de um desejo feminino mais explícito do que o apresentado em obras de realizadoras de gerações prévias como Maya Deren, como é o caso igualmente de Vera Chytilová, Carolee Schneemann ou Barbara Hammer, para citar algumas. O diferencial de Pitt é trabalhar c

Filme do Dia: El Coraje del Pueblo (1971), Jorge Sanjinés

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  E l Coraje del Pueblo (Bolívia/Itália, 1971). Direção: Jorge Sanjinés. Rot. Original: Óscar Soria. Fotografia: Antonio Eguino. Música: Nilo Soruco. Montagem: Juan Carlos Macías. Potente em sua mescla entre documentário e encenações, por mais que algumas dessas últimas, como a que representa o massacre de San Juan, sejam demasiado amadoras em sua reconstituição com a população local, que não escapa em registrar crianças sorrindo ou se importe em caracterizar os figurantes em trajes de época –a opção por uma aberta encenação como fará posteriormente Ruy Guerra em seu Mueda, Memória e Massacre , que flagra e se mistura a encenação organizada pelo próprio povo moçambicano é de longe mais efetiva. Momentos de pretensão realista, como o do massacre, mesclam-se a súbitas informações sobre todos os grandes massacres perpetrados contra trabalhadores bolivianos e também seus mandantes. E o povo é representado aqui na figura dos mineiros de cobre, a principal riqueza do país e motivo da maior

Filme do Dia: Joe Cocker e o Grupo da Pesada (1971), Pierre Adidge

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  J oe Cocker e o Grupo da Pesada ( Mad Dogs & the Englishmen , EUA, 1971). Direção:  Pierre Adidge. Fotografia: Dave Meyers. Montagem: Sidney Levin. Compilado de cerca de 80 horas de filmagem que acompanha Joe Cocker em uma turnê americana costa-a-costa,   na companhia do grupo Mad Dog, cuja figura de destaque é o tecladista Leon Russell, sendo que uma das vocalistas – Rita Coolidge – também faria carreira solo. Cocker, revelação para os EUA a partir do festival de Woodstock, encontra-se no auge da fama – o grupo viaja em uma avião batizado de Cocker Power. Talvez a maior falha do filme seja se deter excessivamente em cenas dos bastidores da turnê onde, embora exista o enfoque em caracterizar a entourage como uma espécie de membros unidos de uma pequena comunidade efêmera, nunca se vê os dois maiores nomes, Cocker e Russell, dialogando. Ao enfatizar os bastidores, o filme raramente apresenta números inteiros e, quando o faz, na seqüência final dá-se também o clímax, com a apres

Filme do Dia: André, a Cara e a Coragem (1971), Xavier de Oliveira

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  A ndré, a Cara e a Coragem (Brasil, 1971). Direção e Rot. Original   Xavier de Oliveira. Fotografia Edson Batista. Música Maria Aparecida & Denoy de Oliveira. Montagem Manuel Oliveira. Dir. de arte e Figurinos Armênia X. Oliveira. Com Stepan Nercessian, Ângela Valério, Echio Reis, Antônio Patiño, Ilva Niño, Emiliano Ribeiro, Elcy Andrade, Nelson Mariani. André (Nercessian), garoto interiorano de Carangola, Minas,   tentando a sorte no Rio de Janeiro, tem dificuldade de conseguir um emprego e se manter na pousada em que vive. Quando consegue, de assistente de cozinha, não permanece muito tempo, sendo demitido. Em suas errâncias pela cidade é vítima de um acidente provocado pelo motorista de uma grã-fina, que pretende adotá-lo. Após fugir, literalmente, da mulher, ele arranja trabalho junto a uma fábrica têxtil. André passa a dividir o quarto da pensão não mais com Marujo (Reis), amigo que partiu novamente para a Europa, mas com um homossexual. Na fábrica, André interessa-s

Filme do Dia: Sob o Domínio do Medo (1971), Sam Peckinpah

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  S ob o Domínio do Medo ( Straw Dogs , Estados Unidos/Reino Unido, 1971). Direção: Sam Peckinpah . Rot. Adaptado: David Zelag Goodman & Sam Peckinpah, baseado no romance The Siege of Trench´s Farm , de Gordon Williams. Fotografia: John Coquillon. Música: John Coquillon. Montagem: Paul Davies, Tony Lawson & Roger Spottiswoode. Dir. de arte: Ray Simm & Ken Bridgeman. Com: Dustin Hoffman, Susan George, Peter Vaughan, T.P. McKenna, Del Henney, Jim Norton, Donald Webster, Ken Hutchinson, Peter Arne. O americano David Summer (Hoffman) decide morar em um pequeno vilarejo inglês com sua esposa inglesa, Amy (George). David sente um clima de hostilidade por parte dos homens do pacato vilarejo, sobretudo os que trabalham completando a reforma da casa. Ele   é matemático e passa boa parte do tempo tentando resolver seus cálculos, para a aflição de Amy. Entre os homens que trabalham na casa se encontra Charlie Venner (Henney), ex-amante de Amy e com que ela acaba voltando a se encont

Filme do Dia: Deus Ex (1971), Stan Brakhage

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  Deus Ex (EUA, 1971). Direção: Stan Brakhage. A imagem de um algodão que se torna umedecido de sangue que é seguido por uma rosa vermelha a balançar é uma das soluções visuais para esse curta que integra uma trilogia. Aqui, Brakhage abre mão de suas mais conhecidas abstrações construídas a partir de danificações efetuadas na própria película e fez uso de um arsenal de estratégias visuais mais próximas do cinema narrativo como fades , imagem acelerada, zoom, assim como outras que já haviam se tornado comuns do repertório do cinema de vanguarda  da terceira década do século, assim como do cinema moderno contemporâneo, como é o caso da repetição de um mesmo plano. A iluminação (ou a quase ausência dessa) assim como os movimentos de câmera são fundamentais para esse filme que se detém sobre uma cirurgia sendo efetuada por uma equipe, assim como procedimentos e ações efetuadas no ambiente hospital – uma delas observada a partir das sombras deixadas nos ladrilhos do chão. 35 minutos.

Filme do Dia: Last Year in Viet Nam (1971), Oliver Stone

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  L ast Year in Viet Nam (EUA, 1971). Direção, Rot. Original, Fotografia e Montagem: Oliver Stone. Com: Oliver Stone. Veterano do Vietnã, impaciente, anda de um lado para outro do seu pequeno e elevado apartamento em Nova York. Decide reunir todas as suas condecorações que são as únicas a enfeitarem as paredes onde vive e gaurda-las em uma bolsa. Pega o ferryboat e joga a bolsa na água. Há uma metáfora demasiado óbvia – a do homem circulando impaciente em seu apartamento, vivido pelo próprio Stone, como o felino que perambula impaciente em sua juala – e as condições técnicas são as possíveis em um modesto filme estudantil. Mas há igualmente algo de tocante nesse curta que foi o primeiro exercício de realização de um diretor que se demonstraria mais polêmico que necessariamente talentoso na lida com suas questões. A neurose do veterano de guerra, neurose encarnada pelo próprio Stone , que vivenciou esse trauma, é aqui desnudada de forma simbólica e algo tímida, mas sem ainda as firu

Filme do Dia: Amor (1971), Károly Makk

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  A mor ( Szerelem , Hungria, 1971). Direção: Károly Makk. Rot. Adaptado: Péter Bacsó, baseado no romance de Tibor Déry. Fotografia: János Tóth. Música: András Mihály. Montagem: Györgi Sivó. Dir. de arte: József  Romvári. Cenografia:  Judit Vidéki. Figurinos: Piroska Katona. Com:  Lili Darvas, Mari Töröcsic, Iván Darvas, Erzsi Orsolya, Lázslo Mensáros, Tibor Bitskey, András Ambrus, Jozséf Almási. Luca (Töröcsic) é a nora de uma velha senhora (Lili Darvas) em estado terminal, que ajuda a cuidar. A velha senhora , através das cartas que recebe, pensa que o filho, János (Iván Darvas) se encontra em Nova York, fazendo parte de   uma produção milionária, mas sobre o qual ainda não lhe adiantaram o seu cachê, quando na verdade se encontra preso por motivos políticos. Quando o filho finalmente é solto e retorna para casa, seu reencontro emocionado com a esposa também traz a novidade da morte da mãe. Esse intenso filme de Makk, considerado dentre os melhores jamais produzidos no país, bene

Filme do Dia: Laranja Mecânica (1971), Stanley Kubrick

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  L aranja Mecânica ( A Clockwork Orange , Reino Unido, 1971) Direção: Stanley Kubrick . Rot.Adaptado: S.Kubrick, baseado no romance de Anthony Burguess. Fotografia: John Alcott. Montagem: William Butler. Com: Malcolm Macdowell, Patrick Mcgee, Michael Bates, Carl Duering, James Marcus, Sheyla Reynor, Philip Stone, Anthony Sharp. Alex (Macdowell) é um jovem delinqüente que tem como passatempos prediletos, ouvir Beethoven e sair a noite com seu grupo de amigos, desviando carros da beira da estrada e estuprando mulheres. Após a morte de uma de suas vítimas, o grupo abandona-o quando a polícia se aproxima. Preso e julgado para uma sentença de 14 anos, acaba ganhando as boas graças de um padre ao comportar-se disciplinadamente e, quando da visita do Ministro do Interior (Sharp), seu comportamento indisciplinado, leva-o a ser escolhido como cobaia para o tratamento Ludovico, uma espécie de lavagem cerebral que o torna impotente perante à violência e ao sexo. Posto rapidamente em liberdade,

Filme do Dia: Behind the Lines (1971), Margaret Dickinson

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  B ehind the Lines (Reino Unido, 1971). Direção: Margaret Dickinson. Fotografia: John Fletcher. Montagem: Margaret Dickinson & Ellen Adams. Documentário que, apesar de em suas cartelas iniciais afirmar ter sido filmado integralmente em Moçambique, o que não necessariamente é desmentido pelo que se segue inicia, na verdade, com uma contextualização das lutas de libertação dos países subjugados por Portugal, cujo presidente Marcelo Caetano afirma que Portugal somente se torna “poderoso” com seu império africano, que evidentemente são imagens de arquivo. Desde os créditos iniciais seu engajamento – a realizadora foi envolvida com a luta armada da FRELIMO -   já se faz perceber, ao apresentar artesanato de material tradicional adequado aos motivos contemporâneos de guerra (guerrilheiros armados, representações do colonialismo tradicional como um grupo de africanos a transportar um bebê branco, etc.). Apresenta soldados cantando e se motivando em grupo e logo sendo recebidos com aleg

Filme do Dia: Corrida Sem Fim (1971), Monte Hellman

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  C orrida Sem Fim ( Two-Lane Blacktop , EUA, 1971). Direção: Monte Hellman. Rot. Original: Rudy Wurlitzer, Will Corry & Floyd Mutrux, a partir do argumento de Corry. Fotografia: Jack Dearson & Gregory Sandor. Montagem: Monte Hellman. Figurinos: Richard Bruno. Com: James Taylor, Warren Oates, Laurie Bird, Dennis Wilson, Harry Dean Stanton, Jacklyn Hellman. Dois homens viajam pelas estradas americanas em busca de dinheiro e diversão. Dinheiro e diversão com corridas. Um deles dirige (Taylor) e o outro é mecânico (Wilson). Junta-se a eles uma caronista insatisfeita (Bird). No meio da estrada topam com um homem turrão (Oates), que os provoca para uma aposta   sobre quem chegará primeiro até Washington. Esse, talvez acertadamente o mais cultuado filme do cineasta, despoja-se de qualquer firula sentimental ou composição psicológica. Para tanto, o fato de lidar em boa parte com não atores praticamente em   “não desempenhos” (Taylor em seu único filme, assim como Wilson) ou atores

Filme do Dia: Brincando com Fogo (1971), Yasuzô Masumura

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  B rincando com Fogo ( Asobi , Japão, 1971). Direção: Yasuzô Masumura. Rot. Adaptado: Masayoshi Imako, Masaharo Ito & Yasuzô Masumura, a partir do romance de Akiyuki Nosaka. Fotografia: Setsuo Kobayashi. Montagem: Tatsuji Nakashizu. Dir. de arte: Shigeo Mano. Com: Keiko Takahashi, Masaaki Daimon, Akemi Negishi, Tokuko Sugiyama, Asao Uchida, Keizô Kani’e. Jovem operária (Takahashi), que vive em um ambiente familiar opressivo, com o pai alcóolatra e inválido para o trabalho, uma mãe fazendo pequenos bicos e uma irmã tuberculosa acaba se apaixonando por um jovem (Daimon), envolvido com gangues. O jovem ganha uma boa quantia em dinheiro para levar a garota a ter o mesmo destino que outras – ser estuprada pela gangue. Porém, com o dinheiro ele a leva para um hotel de luxo, como combinado, usufrui dos serviços e depois abandona o local. Na manhã seguinte o casal se encontra em um milharal e o jovem faz com que a moça o siga numa difícil e talvez mortal aventura de cruzar um rio. Apa

Filme do Dia: Whity (1971), Rainer Werner Fassbinder

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  W hity (Al. Ocidental, 1971). Direção e Rot. Original: R.W. Fassbinder . Fotografia: Michael Ballhauss. Música: Peer Raben. Montagem: Théa Eimèsz & Rainer Werner Fassbinder. Dir. de arte: Kurt Raab. Com: Günther Kaufman, Ron Randell, Hanna Schygulla, Katrin Schaake, Harry Baer, Ulli Lommel, Tomás Martin Bianco, Stefano Capriati, Elaine Baker. Em 1878, no sudoeste Americano, Whity (Kaufman) é o criado da família Nicholson. Chicoteado pelo pai (Randell), amante da mãe (Schaake) e de um dos filhos, Davy (Baer), assim como da prostituta do saloon local, Hanna (Schygulla).   A mãe e o perverso filho mais velho, Frank (Lommel), anseiam pela chegada da morte do pai, que sofre de câncer e queriam, inclusive, que Whity o matasse. Whity, porém, é fiel ao patrão, despertando a ira de Hanna, que afirma que ele goza com o sofrimento imposto pelo patrão e não pretende ser um ser humano. Consciente da situação, o pai inventa que não mais se encontra doente, deixando a maior parte da sua fortu

Filme do Dia: Onde os Homens São Homens (1971), Robert Altman

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  O nde os Homens São Homens ( McCabe & Mrs. Miller , EUA, 1971). Direção: Robert Altman. Rot. Adaptado: Robert Altman & Brian McKay, a partir do romance de Edmund Naughton. Fotografia: Vilmos Zsigmond. Montagem: Lou Lombardo. Dir. de arte: Leon Ericksen, Al Locatelli & Philip Thomas. Figurinos: Leon Ericksen. Com: Warren Beatty , Julie Christie, René Auberjonois, William Devane, John Schuck, Corey Fischer, Bert Remsen, Shelley Duvall, Keith Carradine, Michael Murphy, Antony Holland, Hugh Millais. John McCabe (Beatty) é um forasteiro que chega em uma cidade mineira, com o prestígio de ter abatido um perigoso valentão. O que McCabe se interessa, no entanto, é em criar um prostíbulo barato para os mineiros. Pouco depois chega a Sra. Miller (Christie), que pretende profissionalizar o negócio, tornando-se sua sócia e fazendo com que invista na melhoria das instalações   e do que será oferecido à clientela. Os negócios vão bem, e o prostíbulo se torna referência local, até o m

Filme do Dia: Precauções Diante de uma Prostituta Santa (1971), Rainer Werner Fassbinder

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  P recauções Diante de uma Prostituta Santa ( Warnung vor Einer Heiligen Nutte , Alemanha, 1971). Direção e Rot. Original: Rainer Werner Fassbinder . Fotografia: Michael Ballhaus. Música: Peer Raben. Montagem: Thea Eymész & Rainer Werner Fassbinder. Dir. de arte: Kurt Raab. Figurinos: Molly von Fürstenberg. Com: Lou Castel, Eddie Constantine, Marquard Bohm, Hanna Schygulla, Rainer Werner Fassbinder, Margareth von Trotta, Hannes Fuchs, Marcella Michelangeli, Karl Scheydt, Ulli Lommel, Kurt Raab. Uma trupe de atores se hospeda num hotel espanhol, onde a mescla de suas confusas vidas afetivas com a ansiedade gerada por um trabalho que não possui financiamento adequado, nem material para a filmagem, acaba sendo explosivo para o temperamental Jeff (Castel), diretor do filme, que grita com tudo e todos e mantém um poder e atração (inclusive sexual) sobre o grupo. Gera-se uma verdadeira babel no qual promiscuidade, arrivismo e egocentrismo são alguns dos elementos que compõem a cena.

Filme do Dia: Erection (1971), John Lennon & Yoko Ono

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  E rection (Reino Unido, 1971). Direção: John Lennon & Yoko Ono. Fotografia: Iain Macmillan. Música: Joe Jones & Yoko Ono. Montagem: John Hackney & Tony Fish. Curta que foi uma das poucas realizações de Lennon como dublê de cineasta de vanguarda. O título em questão faz trocadilho ao termo construção ou edificação de um prédio, exatamente o único motivo representado pelo filme, acompanhando através de planos fixos a “ereção” de um hotel londrino,   sugerindo igualmente a referência fálica (tema de um outro curta de Lennon, Self Portrait , que acompanha uma ereção de seu próprio pênis) também comumente associada aos arranha-céus, e já tema de outros filmes de vanguarda do período, como é o caso do curta metragem dirigido por Hélio Oiticica em Nova York, Agripina é Roma Manhattan . Porém, o projeto acompanhado aqui é mais voltado para a horizontal que vertical. Uma das questões que pode suscitar diz respeito a dimensão com que trabalha o espaço e o tempo, esse igualmente r

Filme do Dia: A Casa Assassinada (1971), Paulo César Saraceni

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  A   Casa Assassinada (Brasil, 1971). Direção: Paulo César Saraceni. Rot. Adaptado: Paulo César Saraceni, baseado em romance de Lúcio Cardoso. Fotografia e Montagem: Mário Carneiro. Música: Antônio Carlos Jobim.  Dir. de arte e Figurinos: Fredy Carneiro. Com: Rubens Araújo, Norma Bengell, Nélson Dantas, Joseph Guerreiro, Leina Krespi, Carlos Kroeber, Tetê Medina, Nuno Veloso. Após casar com Valdo, Nina (Bengell), mulher atraente e de modos liberais, passa a morar na provinciana mansão dos Menezes, no interior de Minas, decadente família que já não possui sequer rendas para mantê-la. Enreda-se na complexa teia familiar que envolve a hostilidade do irmão mais velho Demétrio (Dantas), sua reprimida mulher Ana (Medina), o delírio do irmão rejeitado homossexual Timóteo (Kroeber) e o desejo de Nina pelo jardineiro da casa (Veloso). Os boatos de seu envolvimento com o jardineiro provocam uma tentativa frustrada de suicídio do marido. O jardineiro, no entanto, é quem se suicida.  Nina parte

Filme do Dia: O Gato (1971), Pierre Granier-Deferre

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O   Gato ( Le Chat , França/Itália, 1971). Direção: Pierre Granier-Deferre. Rot. Adaptado: Pierre Granier-Deferre & Pascal Jardin, a partir do romance homônimo de Georges Simenon. Fotografia: Walter Wottitz. Música: Philippe Sarde. Montagem: Nino Baragli & Jean Ravel. Dir. de arte: Jacques Saulnier. Figurinos: Jo Ranzatto. Com: Jean Gabin , Simone Signoret, Annie Cordy, Jacques Rispal, Nicoles Desailly, Harry-Max, André Rouyer, Carlo Nell. Casados há 25 anos, Julien (Gabin) e Clémence Bouin (Signoret), mal se falam. Eles vivem em um velho casarão rodeado por ruínas de um bairro em transformação. Sua convivência consiste basicamente em bilhetes jogados um ao outro e enquanto Julien regularmente visita o bordel comandado por Nelly (Cordy), Clémence, ex-trapezista de um circo, afoga suas mágoas na bebida. Ela nutre ciúmes pelo gato que Julien adotara da rua, e por quem direciona todo seu carinho e atenção. Certo dia Clémence simula que o gato havia rasgado boa parte da coleç

Filme do Dia: O Mercador das Quatro Estações (1971), Rainer Werner Fassbinder

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O   Mercador das Quatro Estações (Al. Ocidental, 1971). Direção e Rot. Original: Rainer Werner Fassbinder . Fotografia: Dietrich Lohmann. Montagem: Thea Eymész. Dir. de arte: Kurt Raab. Figurinos: Kurt Raab & Utal Wilhelm. Com: Hans Hirschmüller, Irm Hermann, Hanna Schygulla, Andrea Schober, Gusti Kreissl, Klaus Löwitsch, Ingrid Caven, Kurt Raab, Peter Chatel, Lilo Pempeit, El Hedi ben Salem, Rainer Werner Fassbinder, Harry Baer. Hans Epp (Hirschmüller), marcado pela desqualificação que lhe pesou, principalmente por conta da mãe (Kreissl). Vendedor de frutas, para a vergonha da mãe, alcoolatra e casado com uma mulher que agride, Irmgard (Hermann) e uma filha que não presta atenção, Renate (Schober), Hans possui a chance de ascender financeiramente após sofrer um mal que lhe compromete o coração e exige que abandone o álcool.  Ele reencontra um ex-amigo e combatente que lhe salvara a vida na época da Legião Estrangeira, Harry (Löwitsch) e o contrata para trabalhar, após descobrir qu

Filme do Dia: O Caçador de Dotes (1971), Elaine May

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O   Caçador de Dotes ( A New Leaf , EUA, 1971). Direção: Elaine May. Rot. Adaptado: Elaine May, a partir do conto The Green Heart , de Jack Ritchie. Fotografia: Gayne Rescher. Montagem: Don Guidice & Fredric Steinkamp. Dir. de arte: Warren Clymer & Richard Fryed. Figurinos: Anthea Sylbert. Com: Walter Matthau, Elaine May, Jack Weston, George Rose, James Coco, Doris Roberts, Renée Taylor, William Redfield, Graham Jarvis. O playboy falido Henry “Harry” Graham (Matthau), sem nenhuma habilidade ou talento específico, vê-se na sinuca de, em plena meia-idade, não saber o que fazer para sobreviver e manter o seu elegante padrão de vida. A saída é soprada por seu camareiro fiel (mas nem tanto, já que deixa claro que partirá na mesma hora em que não for pago) Harold (Rose): ele deve buscar uma mulher. Após algumas tentativas, Harry escolhe como vítima a desastrada e rica herdeira Henrietta Lowell (May), que convence de casar antes que o trato que havia feito com seu rico tio,