Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Peter Bogdanovich

Sidney Poitier (1927-2022)/Peter Bogdanovich (1939-2022)

Imagem
  Nesta semana,  o cinema perdeu dois talentos marcantes. O ator Sidney Poitier, vencedor do primeiro Oscar para um ator negro por um filme distante dos mais interessante que fez, Uma Voz nas Sombras . O tema racial esteve quase inexpugnavelmente colado à carreira do ator que embora iniciada em 1950, com o filme O Ódio é Cego , somente teria o ápice da popularidade em meados dos anos 60, e mais particularmente em 1967, quando três de seus maiores sucessos estrearam: No Calor da Noite , seu filme de maior impacto, Adivinhe Quem Vem para Jantar  e o ainda clássico nas sessões da tarde de década e meia após, o sentimental Ao Mestre, com Carinho . Espécie de tipo ideal para que os realizadores liberais norte-americanos plasmassem suas mensagens, e a encarnação quase caricata seria Stanley Kramer , com quem além de Adivinhe , estrelou Acorrentados , assim como protótipo para a sondagem acanhada de temas como relações interraciais ( Quando Só o Coração Vê ), apoio para os inseguros, sendo pa

The Film Handbook#115: Peter Bogdanovich

Imagem
Peter Bogdanovich Nascimento: 30/07/1939, Kingston, Nova York Carreira (como diretor): 1967- E m seu entusiasmo pelo cinema clássico americano, Peter Bogdanovich foi um dos primeiros jovens diretores cinéfilos a tomarem Hollywood de forma visceral nos anos 70. Ele difere de seus sucessores, no entanto, tanto em sua falta de interesse em técnicas extravagantes, assim como na sua crescente inabilidade em conquistar um grande público. Filho de um pintor iuguslavo, o interesse inicial de Bogdanovich pelo cinema e pelo teatro o levou a carreira de ator, diretor de teatro off-Broadway e crítico de cinema. Tendo escrito livros sobre Welles ,   Hawks , Hitchcock , Lang , Ford e Dwan , passou então a trabalhar para Corman  na American International Pictures. Uma chance para dirigir surgiu quando Corman ofereceu  Boris Karloff, um cronograma de filmagem de duas semanas e película proveniente de seu filme Sombras do Terror / The Terror . O resultado, Na Mira da Morte / Targets > 1  f

Filme do Dia: Muito Riso e Muita Alegria (1981), Peter Bogdanovich

Imagem
Muito Riso e Muita Alegria ( They All Laughed , EUA, 1981). Direção: Peter Bogdanovich.  Rot. Original: Peter Bogdanovich & Blaine Novak. Fotografia: Robby Müller. Música: Douglas Dilge. Montagem: William C. Carruth & Scott Vickrey. Dir. de arte: Kert Lundell. Cenografia: Joe Bird. Figurinos: Peggy Farrell. Com: Ben Gazzarra, John Ritter, Patti Hansen, Audrey Hepburn, Dorothy Stratten, Blaine Novak, Linda MacEwen, George Morfogen. John Russo (Gazarra), Charles Rutledge(Ritter) e Arthur Brodsky (Novak) são um trio de detetives que se apaixonam pelas mulheres que devem seguir. Sobretudo Russo por Angela Niotes (Hepburn) e Rutledge por Dolores Martin (Stratten). Se Daisy Miller (1974) demarcou uma virada na até então bem sucedida carreira de Bogdanovich , esse filme representou sua bancarrota financeira. Prejudicado pelo assassinato de Dorothy Stratten, que então vivenciava um relacionamento com o realizador (tema de Star 80 , de Bob Fosse), afastando o interesse de qualqu

Filme do Dia: Daisy Miller (1974), Peter Bogdanovich

Imagem
Daisy Miller (EUA, 1974). Direção: Peter Bogdanovich. Rot. Adaptado: Frederic Raphael, a partir do conto de Henry James. Fotografia: Alberto Spagnoli. Montagem: Verna Fields. Dir. de arte: Ferdinando Scarfiotti. Figurinos: Mariolina Bono & John Furniss. Com: Cybil Shepherd, Barry Brown, Cloris Leachman, Mildred Natwick, Eileen Brennen, Duilio Del Prete, James McMurtry, Nicholas Jones.      O culto e refinado jovem norte-americano expatriado na Europa, Frederick Winterbourne (Brown) se apaixona pela jovem norte-americana em visita a Europa, Daisy Miller (Shepherd), considerada por todos como o cúmulo da vulgaridade, passeando e conversando com homens indiscriminadamente em todos os lugares e horas consideradas socialmente impróprias. Daisy se encontra próxima sobretudo do italiano, o Sr. Giovanelli (Del Prete), com quem canta no hotel e cuja mãe (Leachman), afirma que se divertem muitíssimo. Enciumado e quase paranoico, Winterbourne segue os passos de Daisy e finda por conside

Filme do Dia: Na Mira da Morte (1968), Peter Bogdanovich

Imagem
Na Mira da Morte ( Targets , EUA, 1968). Direção: Peter Bogdanovich. Rot. Original: Peter Bogdanovich & Polly Platt sob argumento de ambos. Fotografia: Lázslo Kovács. Montagem: Peter Bogdanovich. Dir. de arte e Figurinos: Polly Platt. Com: Tim O`Kelly, Boris Karloff, Peter Bogdanovich, Nancy Hsueh, James Brown, Mary Jackson, Tanya Morgan, Sandy Baron. Byron Orlock (Karloff), astro veterano do cinema de terror, decide abandonar o cinema para o terror do roteirista-diretor Sammy Michaels (Bogdanovich). Enquanto isso, um jovem que vem se armando e treinando tiro a muito tempo, Bobby Thompson ( O´ Kelly) mata seus pais e sua esposa, sobe em um tanque de gasolina e atinge várias pessoas que passavam em seus carros e se dirige para o drive-in onde um filme com Orlock será exibido e o ator se encontra presente, onde faz novas vítimas. Bogdanovich faz questão de ressaltar uma Los Angeles horrenda repleta de carros e de um feio e impessoal concreto pelos olhos de um veterano  eviden

Playing John Wayne Scott Eyman’s ‘John Wayne: The Life and Legend’

Imagem
By  PETER BOGDANOVICH MARCH 28, 2014 Photo John Wayne as a gunfighter for hire in “El Dorado,” released in 1966. Credit Photograph from Paramount Pictures Continue reading the main story Share This Page The first time I met John Wayne was in 1965 in Old Tucson, Ariz.,  where he was shooting Howard Hawks’s “El Dorado.”  They were doing a night scene so the lighting took a long time  and, happily, gave me a solid two hours to sit on the set,  not in his trailer, and to speak with the Duke about  nothing except pictures. I hadn’t directed a movie yet,  but I had been approved as a journalist by John Ford  and endorsed by Hawks — the two most important directors  in Wayne’s career — so he quickly became outgoing and pretty  candid. When he was finally called away, he said to me,  enthusiastically: “Geez, it was great talkin’ about . . . pictures!  Nobody ever talks to me about anything but politics and cancer!” Of course, he wasn’t