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Mostrando postagens com o rótulo São Paulo

Meu Caro Diário, 10 minutos para 25/04/04

Sinto que o tempo é curto para tanto coisa que pretendo fazer aqui em São Paulo; ao mesmo tempo, que a dispersão é grande. De qualquer forma, consegui avançar um bocado no texto de Stam calcado no cinema brasileiro que se chama Tropical Multiculturalism , também imprimi e avancei um bocado no texto de Adriano, ex-aluno e amigo, de graduação em sociologia na UECE, que me deixou tanto emocionado quanto cabrero. Emocionado, porque ele escreve bastante bem para seu momento. Cabrero porque como eu, sofre da síndrome da falta de objetividade. Estou fazendo algumas considerações sobre seu texto e também gostaria de enviá-las juntamente com um ou dois textos que podem auxiliá-lo na discussão sobre fotografia. Meia-noite agora. Estou falando ao mesmo tempo no Chat  #England. Josué saiu para a noite, encontrar com seu amigo (amante?) Cristiano. Eu, como sempre, procuro submergir nas atividades culturais para não ter que sofrer tanto com o vazio da falta de amizades/afetos. Mas, ao mesmo tempo,

Meu Caro Diário, 12/08/05

Exatos dez anos atrás... Sexta. Momentos de euforia em Sampa. Ontem, acordei e fui todo cagado mesmo (não havia água para lavar a louça ou o cu e o resto do corpo idem)até à Cinemateca Brasileira, onde finalmente peguei a cópia de Aves sem Ninho . Depois fiquei fazendo hora na biblioteca do CCSP, onde tentei encarar uma tese de mestrado tornado livro sobre Joaquim Canuto Mendes de Almeida, o pensador que influenciou a proposta de um cinema educativo no Brasil, mas achei sacau demais e provavelmente sem grande interesse para minha tese. Acabei foi saciando minha curiosidade mórbida numa biografia sensacionalista que uma pessoa que foi relativamente próxima de Yukio Mishima escreveu sobre ele. (...) Devorei o almoço antes disso feito um animal. Foi quase meio quilo de comida. Lá mesmo no CCSP. Porém, o objetivo, que era fazer hora para assistir a versão de Dom Quixote de Welles, que só foi concluída após sua morte, acabou não se concretizando. A sala já estava lotada pelos maloqueiros

Meu Caro Diário, 27/07/05

Do túnel do tempo....exatos dez anos atras: Acordei com melancolia forte que já vinha de ontem. Ontem estava com um astral normal e disposto a resolver as coisas e achando que teria o suficiente para me entretecer ao longo do dia. Fazia sol e o dia estava agradável. Sônia veio aqui e conheceu meu studiô, deixar as fitas que fiquei de entregar na locadora já que estava disposto de qualquer maneira a sair de casa – talvez já prevendo a melancolia e o vazio que me acometeriam depois. De qualquer forma, fui (sic) deixei as sete fitas e peguei outras sete (a grande loucura dessa locadora é que possui um acervo relativamente extenso e bom e possui a promoção de sete filmes por sete reais durante sete dias). Deixei antes o papel para D. Walkyra, viúva de (sic) Raoul Roulien, assinar me cedendo os direitos de cópia para “Aves sem Ninho”. Achei-a deveras generosa e simpática quando falei com ela por telefone na última sexta. Disse que estava com ameaça de pneumonia e toda as inúmeras vezes q

Meu Caro Diário, 20/07/2006

 Quinta. Estou começando a ficar realmente de saco cheio da diminuta territorialidade que eu possuo aqui no Cortiço. Hoje de manhã, levantei-me no intuito de pôr a roupa para lavar bem cedinho, antes mesmo de sete, mas não consegui porque tinha que ligar a máquina no quarto lá de baixo que está sempre vazio e quando abri a porta havia gente dentro e uma bicicleta segurando a porta que caiu. Devem fazer parte dos argentinos que chegaram ontem e fizeram bastante barulho vizinho ao meu quartito, com crianças e tudo mais – com relação aos últimos, devem ter acordado essa hora que fui por a roupa para lavar, pois havia posto a tv na cama enquanto saía e quando voltei a mesma estava no chão. Não sei nem se ainda vai funcionar. Ontem esqueci o celular no Cinesesc quando fui assitir o belo Samurai do Entardecer . Anteontem a agenda no Violeta. O negócio tá ficando feio. Faltam não mais que quatro dias para minha apresentação em Assis e nada de eu saber onde é a avenida que sairá o ônibus gratu

Meu Caro Diário, 16/10/2006

 Segunda. Muita coisa aconteceu nos últimos dias, mas já não consigo recordar. Tudo passa em velocidade vertiginosa. Lindomar saiu do cortiço, Carmen está ameaçando de sair, mas hoje à noite já veio com um discurso diferente, que vai ter que pensar e que só decidirá depois de viagem ao Rio. Hoje almocei com Orlando e Danielle na ECA. Ismail passou, mas resolvi fingir que não o vi. Não consegui, enfim, fazer a edição de Aves sem Ninho para a apresentação do SOCINE depois de amanhã. Fiz um teste ontem com Orlando e deu cerca de 17 minutos, o que é um tempo bom. Só que tenho que fazer a edição dos momentos que eu quero do filme. A porra da internet está sem prestar e quando dá sinal de vida, acaba logo desaparecendo. (...) Ney e Lia estiveram por aqui esse final de semana. Acabei almoçando com eles no Fazendinha. Tenho que escrever artigo para Alexandre Veras até o final do mês. Ontem foi aniversario de papai e falei com ele por um bom tempo. Perguntei como havia sido de cirurgia de cat

Meu Caro Diário, 16/05/2006

Terça. Manhã de terça para ser mais exato. Estava a pouco me divertindo com o texto da tese. Ontem foi inesquecível e divertido o fato de todo mundo ter sido enxotado da biblioteca da FFLCH pelo clima geral de paranóia com relação à violência aqui em São Paulo, que acabou provocando uma retirada em massa da USP de pedestres e veículos. No meio desse clima “coletivo” acabei encontrando Maíra e Lindomar e viemos juntos aqui para o cortiço, fazendo uma verdadeira peregrinação por todos os comércios que se encontravam abertos para comprarmos pequenas miudezas alimentícias. Ao chegarmos, Carmen se juntou a nos na TV para assistirmos o que saía na televisão sobre a crise que já provocou mais de 80 mortes, sobretudo entre os policiais. No último sábado também teve um momento bem divertido quando fizemos uma micro-festa com Juliana, Lindomar, Carmen, Roberto, eu e Zé Carlos. Dançamos forró e eu consegui relaxar um pouco após uma boa quantidade de vinho. A certo momento fizemos um círculo eu,

Meu Caro Diário, 28/02/2005

segundo dia em São Paulo. Sentado em um banco do Conjunto Nacional. Triste ao ter que me despedir de mil pratas de um fundo de investimento tão arduamente erigido – é bem verdade que metade delas depositada há alguns dias. Bolando estratégias para transportar as coisas para a kit mobiliada na Heitor Penteado ao qual o Orlando dera um toque. E pensando a respeito da USP, (...). Pela primeira vez me parece que irei realmente morar só em minha vida. E logo aqui, em São Paulo. Merda é ter que voltar a trabalhar algum dia. Merda é acabar a bolsa e ter que segurar as pontas novamente. Merda é a necessária reinvenção de si mesmo sempre para poder suportar o rojão que é a vida. No avião vim lendo as memórias de Gore Vidal – adoro memórias, fazer o que? – e constatando que foi-se o tempo que eu tinha realmente medo de avião. Hoje quase surtei de desconfiança com o casal de velhos proprietários da kit decadente onde pretendo descansar minhas chuteiras pelos próximos seis meses.

Meu Caro Diário, 17/04/2004

Prometi a mim mesmo contar cada dia em São Paulo e não me deixar levar...mas é exatamente isso o que deixei de fazer logo, logo. De algum modo, percebo que consigo me adaptar relativamente fácil em qualquer ambiente. Isso será bom ou ruim? O fato é que nunca morei só, isso ainda é para mim um mito. São Paulo hoje me pareceu terrivelmente provinciana. O mesmo provincianismo que pode ser acolhedor e nos fazer menos sofrido em locais que já se conhece, também pode ser o oposto. Uma necessidade de ir além, de transcender esse mundinho. (...)  Assim, o texto para o jornal que havia pensado com tanta ansiedade na manhã de hoje, juntando cacos do que eu havia pensado nos últimos dias, poderia e pode ser grandemente comprometido.   Fui depois a feira do livro e me decepcionei um pouco. Esperava mais. Andei um bocado e comprei apenas dois livros. Um deles mais pelo aspecto plástico da edição que propriamente pelo conteúdo é o que trata das correspondências entre Lygia Clarke (sic) e Hélio Oitic

Meu Caro Diário, 24/06/2005

– acordei hoje profundamente angustiado. Nem tive coragem de ir para aula do Morettin. Eram 8h10 e se tivesse me apressado chegaria não mais que um pouco atrasado como sempre. Mas disse pra mim mesmo: “foda-se”. Uma sensação de vazio que me acompanha (...) e luíza ainda acentuou mais a onda toda ligando para mim anteontem e se dizendo bastante chateada com a saída no domingo comigo e Inês, quando fôramos assistir a orquestra de Wynton Marsalis no Ibirapuera. De qualquer modo o que me deu vontade de fazer pela manhã foi uma pequenina resenha sobre os screen tests de Andy Warhol, que gostei muito, e vi ontem no MAM, no mesmo Ibirapuera. Após a onda de euforia que veio com o comentário de Juju que havia começado a ler meu texto de tese, que havia lido oito páginas e gostado veio essa onda depressiva. Infelizmente tive que pedir para ela parar de ler e enviei ontem o material como se encontra hoje pelo correio – acabou não sendo nada barato. Acho que tudo contribui para esse meu mal-e

Meu Caro Diário, 21/09/2004

(...) . Hoje está entre nuvens e sol. Um sol esmaecido, fraco, cor de peido. Ontem tive no ap. de Ney e fiquei um tempinho com Lulu. Alessandra tava toda simpatia. Saí pouco depois que Ney chegou – estava antes na biblioteca do CCSP, onde antes havia almoçado e depois li mais um capítulo da biografia de Mishima e devolvi o livro sobre Ozu que havia lido apenas pela metade. Depois do Ney fui ao curso da Cinemateca onde o Morettin me deu um fora quando tentei puxar conversa com ele, pois estava interessado em tomar seu café com duas belas moças que o aguardavam na mesa e eu não havia me tocado. Estou com o velho estalo no ombro, provavelmente por ter feito uso em excesso do computador nesses dias. Hoje o que farei? Estava pensando em ir atrás da referência que o Cláudio Aguiar fez em seu livro sobre comentários de Bernardet ao filme de Roulien no Museu Lasar Segall. Ao mesmo tempo tenho ânsias de comprar umas caixinhas de som para poder ouvir música ecoando no ambiente, mas sei que

Meu Caro Diário, 11/01/2007

Ainda sem um tostão na minha conta da porra da bolsa da CAPES. Estou começando a ficar preocupado. Será que não tem a ver com o fato de não ter enviado o último relatório? Realmente não lembro quando enviei o último. Hoje quarta ou quinta. Acho que a última provavelmente. Liguei agora há pouco para Lindomar, mas ele me disse que a bolsa da Flávia é CNPq. A porra do departamento não avisa mais com relação aos relatórios. Vou ter que ir no departamento averiguar isso. Mas não mais hoje, que o calor ta insuportável...fui no BB somente averiguar se tinha chegado a grana e cheguei pingando. Já estou com quase 80 páginas traduzidas do texto da Darlene sobre Nélson Pereira. Morettin mandou um simpático e-mail hoje me convidando para formar uma mesa com Wagner e uma pesquisadora do Rio que estuda melodrama e nação na produção contemporânea. Aproveitei para lhe convidar para a Escola de Audiovisual, para dar palestra e também lembrei de cutucar Tarsila em busca do meu cachê como cutucara dias

Meu Caro Diário, 07/12/2004

Carta a um amigo: nao sei se fiz certo ou se fui idealista além das minhas pernas. o concreto é que passei um ano inteiro aqui em (sic( sao paulo e (sic) nao nego que foi um dos períodos mais produtivos de mi vida e que gosto da cidade, ao menos desse trecho da zona oeste onde moro. porém, (sic) nao sei ainda qual será o resultado concreto de tudo isso. escrevi para caramba mas acho que tá muito mais com cara de cinema que de sociologia minha tese. porém, por enquanto o que me dá um frio na barriga de imediato é a pre-tensão de uma nova mudança. vou deixar minhas coisas com orlando, professor de grego da ufc que também estás a fazer doutorado por aqui e disse que te conhece. quando retornar verei o que fazer. um cara me ofereceu uma vaga nos fundos da casa dele, mas apesar de bastante barato me pareceu meio deprimente. dependendo do que a júlia falar talvez nem me anime a ficar mais tempo aqui por são paulo. o que me fixa aqui antes de tudo (sic) sao os maravilhosos

Meu Caro Diário, 11/09/2005

(...) Foi só me vangloriar de que havia superado essa etapa para o desejo vir não incontrolável, mas necessário. Depois de uma consulta nonsense com um clínico geral onde falei a respeito do formigamento na altura do pulmão e que ele passou uma centena de exames inclusive uma “chapa do peito” acabei (...). Ontem o dia estava belo e intenso, como a própria Alessandra, companheira de moradia de Orlando, afirmara. Chamei-a para assistir um filme japonês comigo no CCSP e fiquei lendo a biografia de Mishima, que leio a conta-gotas toda vez que vou ao mesmo. Quando estava no auge da leitura e do relaxamento, como se estivesse numa praia, um dos momentos que me lembro de ter me sentido mais relaxado aqui em São Paulo, sentado numa cadeira individual na seção de leitura de jornais – a sala do audiovisual estava já completamente ocupada - e com o pano já completamente amarrotado, com água mineral, guia cultural da Folha de São Paulo, livro sobre Ozu (que nem cheguei a folhear) do lado e lendo

Meu Caro Diário, 06/03/2005

Domingo. Finalmente com quase tudo em mãos. Foi cansativo mas valeu e também a ajuda do Ney. Trouxemos todas as coisas dos apartamentos de Josué e Orlando e já redijo – inclusive essas mal traçadas linhas – há algumas horas no computador. Que alívio! Só não retomei a tese, pois a última versão está aguardando ser baixada da Internet e por enquanto ainda não possuo essa regalia. Vou tentar fazer isso amanhã pela USP. É noite. Vou fazer minha primeira bananada agora.

Meu Caro Diário, 20/05/2005

obviamente que a data da última mensagem está equivocada, pois foi terça e hoje é domingo. Ontem, aconteceu um estranho ato de mediunidade. Enquanto esperava um filme no Conjunto Nacional tocou um longo tempo na minha cabeça um tema instrumental do Pink Floyd. Depois, no filme que vi, o tema apareceu pelo menos uma meia-dúzia de vezes ao longo do filme, que se chama Bongiorno Notte , de Bellocchio sobre o sequestro de Aldo Moro. Luíza me acordou hoje cedo, mas fez bem pois já eram quase 10 da manhã. É um belo dia de sol, resta saber se quero fazer algo com ele. Ir visitar Luíza, não a amiga, mas a sobrinha? Ver outro filme? Ficar em casa mofando? Ir caminhar? Sinto-me ainda tão indisposto que é bem capaz que acabe ficando por casa.

Meu Caro Diário, 28/09/2004

ontem tive um dia que mal pisei no chão. Fui no Henri entregar a fita sobre Pelechian que ele havia me emprestado e ele me cobriu de elogios, afirmando que meu trabalho fora o melhor que já lera nos dois anos e meio que se encontra na USP. Como fiquei lisonjeado com tal afirmação. Disse também, melhor de tudo, que me recomendara a ninguém menos que o Ismail Xavier. E também que entregara o texto à montadora de seu filme, que estava por lá no momento que passei para entregar a fita. Desde domingo estou num pique de euforia que tenho até medo que venha notícia ruim essa semana. Desde quando fui caminhar no Parque Villa-Lobos, pensando que ficar em casa seria o mesmo que pedir para que a solidão e a depressão batessem à porta. Curioso, não ter me referido ao passeio no parque no próprio dia. Hoje passei o dia completamente em casa. Acordei super-cedo, me masturbei, tomei um banho,fui ao super-mercado e desde então estou às voltas com esse computador, acabando de confeccionar o trabalho d

Meu Caro Diário, 16/08/2005

16/08/05 – terça. Dia meio catatônico, após a troca de mensagens que aparentemente resultou no meu rompimento de amizade com ela. Sem ela e Firmino voltar para Fortaleza parece um projeto ainda mais desanimador. Mas não posso retroceder se não quiser ferir a mim mesmo. Tenho que ser menos dependente das pessoas, ao final das contas. (...)

Meu Caro Diário, 12/05/2004

 quarta – encontrei Jakson e Dark hoje no terminal rodoviário. Estava me sentindo cansado e meio estressado com o trânsito lesma da USP até a Paulista, onde tinha que devolver um livro na biblioteca da FIESP. Depois peguei um metrô e, pela primeira vez – infelizmente – sem o meu passe gratuito, que tragédia! Foi bom falar com eles, estar com eles. Senti Dark mas desprendida. Eles embarcaram para Bariloche. Fiquei com inveja mais da (sic) viajem em si que propriamente da relação deles. Acho que já vivenciei algo semelhante e não sinto a menor nostalgia, pelo menos no momento. Hoje teve aula de Ismail e ele foi novamente brilhante fazendo uma análise de São Bernardo . No final da aula, no meio do assédio generalizado, fiz uma pergunta e ele me respondeu de forma tão simpática, ele é a simpatia em pessoa. O meu amigo gay, André, estava arrasado, pois seu gato, companheiro de oito anos, teve que ser sacrificado hoje. Consegui me desvencilhar dele hoje com uma certa sinceridade, já que pen

meu caro diário, 30/09/05

Sexta. Manhã com friozinho gostoso e céu azulão. Escutando My Funny Valentine e canções de Sinatra com Tommy Dorsey e respondendo um e-mail amargo a respeito de Fortaleza e suas primeiras experiências após o retorno: cara joceny, acabo de acordar por aqui numa manhã de sol mesclada com um friozinho serrano que tanto me agrada - essa mistura de sol e frio me faz muito lembrar dos dias também de primavera em toronto, só que lá o frio era bem mais brabo. vivo no que duas pessoas que vieram aqui em momentos diferentes compararam a um "studiô" na França, com teto baixo (deve ter sido originalmente um sótão) e um cômodo só onde cohabitam quarto, cozinha e uma área pequena onde degusto minhas refeições e estendo a roupa lavada, assim como a cozinha, esses dois últimos separados apenas por um gigantesco armário de roupas. tentei desesperada e um tanto fantasiosamente me apegar a idéia de uma nova seleção por aqui, mas soube ontem de um amigo da usp que nem mesmo na fantasia

Meu Caro Diário, 06/05/2004

Vi um cartaz no posto próximo do metrô onde estava escrito “encontrei cão preto com coleira marrom” e o número do celular. Fiquei imaginando como o bichano estaria sendo tratado. Com o mesmo desprendimento que são os reféns ricos em casas de pobres? Ou com o mesmo apreço que o cartaz de letras vermelhas sobre fundo amarelo havia sido confeccionado? Qual o interesse de quem pôs o anúncio? Receber uma régia – e o termo me faz lembrar Ismail ontem, afirmando que fora muito bem pago pela Globo para oferecer palestras no Projac, mas não “regiamente”, como reproduzira um aluno – recompensa ou apenas ou apenas fazer o bem ser ver a quem? O bichano teria pose de aristocrata? Agora escuto Chet Baker no CCSP em uma canção que não reconheço. Esta manhã saí de minha letargia afásica quando percebi a complicação no qual me vi envolvido com a babaquice de um termo de contrato da CAPES que não pode reconhecer firma aqui e tive que importunar o povo lá de casa. Tentei Van Carder e Cris, mas eles ficar