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Mostrando postagens com o rótulo 1968

Filme do Dia: Copacabana Me Engana (1968), Antônio Carlos Fontoura

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C opacabana me Engana (Brasil, 1968). Direção: Antônio Carlos Fontoura. Rot. Original: Antônio Carlos Fontoura, Armando Costa & Leopoldo Serran. Fotografia: Affonso Beatto & Jorge Bodanzky. Montagem: Mário Carneiro. Com: Odete Lara, Carlo Mossy, Paulo Gracindo, Lícia Magna, Ênio Santos, Joel Barcellos, Cláudio Marzo, Yolanda Cardoso, Maria Gladys, Luiz Marinho. Marquinhos (Mossy) é um jovem sem maiores perspectivas de vida que passa o tempo a se divertir com amigos igualmente inconsequentes. Apaixona-se pela vizinha do apartamento da frente, que já havia sido observada por ele e seus amigos, Irene (Lara). Certo dia, andando pelas ruas do centro com a mãe (Magna), flagra o pai (Santos) com outra mulher, e sua mãe faz um verdadeiro escândalo. O romance com Irene fica abalado quando ele conhece um ex-amante seu mais maduro, sofisticado e rico (Gracindo), que lhe leva para almoçar, demonstra não se encontrar nenhum pouco preocupado com Marquinhos enquanto rival e lhe deixa n

Filme do Dia: Bebel, Garota Propaganda (1968), Maurice Capovila

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B ebel, Garota Propaganda (Brasil, 1968). Direção: Maurice Capovilla. Rot. Adaptado: Maurice Capovilla, Afonso Carlos Coaracy & Roberto Santos, baseado no romance Bebel, Que a Cidade Comeu , de Ignácio de Loyola Brandão. Fotografia: Waldemar Lima. Música: Carlos Imperial. Montagem: Sylvio Reinoldi. Cenografia: Juarez Magno. Com: Rossana Ghessa, John Herbert, Paulo José, Geraldo Del Rey, Joana Fomm, Fernando Peixoto, Maurício do Valle, Washigton Fernandes, Adonis de Barros, Fernando de Barros.              Bebel (Ghessa) é uma aspirante a modelo suburbuna que subitamente é guindada ao estrelato com uma campanha nacional do sabonete Love realizada por um ambicioso publicitário, Marcos (Herbert). Porém, logo a empresa, saturada com o rosto de Bebel, deixa-a de lado e não a chama para outros projetos. Inicia-se, então, para Bebel, uma longa via crucis em que inevitavelmente se envolve com tipos inescrupolosos (José, do Valle), que apenas pretendem, de uma forma ou de outra, ex

Título do Filme: Enforcamento (1968), Nagisa Oshima

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E nforcamento ( Koshikei , Japão, 1968). Direção: Nagisa Oshima. Rot. Original: Michinori Fukao, Nagisa Oshima, Mamoru Sasaki & Tsutomu Tamura. Fotografia: Yasuhiro Yashioka. Música: Hikaru Hayashi. Montagem: Keiichi Uraoka. Dir. de arte: Jusho Toda. Com: Do Yun-yu, Kei Sato, Fumio Watanabe, Toshirô Ishido, Masao Adashi, Rokko Toura, Hosei Komatsu, Masao Matsuda, Akiko Koyama. Condenado à morte, um jovem coreano (Yun-yu) de 22 anos, sobrevive à execução. O que será feito de seu destino é o que ficam se perguntando as mais diversas autoridades jurídicas, eclesiásticas e prisionais. Esse filme-ensaio, produzido no auge da verve liberal-progressista e formalmente não naturalista de Oshima , apesar de mais que ocasionalmente arrastado e aborrecido, consegue colher muitos dos louros que planta ao final. O que há de pior nele, que já inicia com cartelas que questionam sobre a pena de morte, é o tom meio colegial com o qual pretende analisar, de modo pretensioso, diversas face

Filme do Dia: Sirene (1968), Raoul Servais

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S irene (Bélgica, 1968). Direção e Rot. Original: Raoul Servais. Música: Lucien Goethals. Montagem: Jef Bruyninckx. Talvez em seu curta mais inspirado, Servais, notável pela variedade de temas e de técnicas de animação que faz uso – aqui se trata de animação convencional – aborda a história fantástica de atração entre uma sereia e um velho pescador, testemunhada por um jovem flautista, num ambiente decrépito de um porto, repleto de guindastes literalmente monstruosos e aves pré-históricas. A habilidade com que Servais consecutivamente organiza sua sucessão de efeitos surrealistas chega a ser quase de tirar o fôlego, algo que aliado a criatividade dos desenhos e, mais que tudo, a mudança de “iluminação”, através de efeitos de mutação de cores arrebatadores, transforma esse desenho em algo à parte na carreira do realizador. Pode-se até afirmar que existe excesso de possibilidades na história, indo do amor fantástico impossível a uma percepção irônica de como a morte vem a ser “adm

Filme do Dia: Caixeiro-Viajante (1969), Albert Maysles, David Maysles & Charlotte Zwerin

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C aixeiro-Viajante ( Salesman , EUA, 1969). Direção: Albert Maysles, David Maysles & Charlotte Zwerin. Fotografia: Albert Maysles. Montagem: Charlotte Zwerin & David Maysles. Esse documentário, um dos marcos do Cinema Direto norte-americano, acompanha 5 vendedores de bíblia em suas duras jornadas de trabalho, sob o sol ou sob a neve. Ao contrário de outros luminares associados ao movimento, como Wiseman , que se especializou em efetivar panoramas críticos de instituições como hospitais psiquiátricos, hospitais, escolas ou o sistema penal, aqui se depara sobretudo com situações e personagens peculiares. Há uma evidente tensão e melancolia que vão em extrema oposição ao que é recitado nas reuniões de vendedores, uma mescla entre um discurso de  auto-ajuda pré-fabricado, tentativa de impor um otimismo inexistente e prédicas que mal conseguem disfarçar sua dimensão puramente econômica e liberal através de um discurso moral e até religioso – como é o caso de um dos vendedore

Filme do Dia: O Homem Nu (1968), Roberto Santos

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O  Homem Nu (Brasil, 1968). Direção: Roberto Santos. Rot. Adaptado: Roberto Santos & Fernando Sabino, baseado no conto de Sabino. Fotografia: Hélio Silva. Música: Rogério Duprat. Montagem: Silvio Reinoldi. Dir. de arte: Romeu Camargo. Com: Paulo José, Leila Diniz, Esmeralda Barros, Irma Alvarez, Ana Maria Nabuco, Osvaldo Loureiro, Íris Bruzzi, Ruth de Souza, Jofre Soares, Milton Gonçalves.          Conhecedor do folclore brasileiro, o professor Sílvio Proença (José) decide ir a São Paulo, participar de um congresso sobre o tema, deixando a esposa, Mariana (Diniz), no Rio. Porém, impossibilitado de partir, vai dormir com um grupo de boêmios que casualmente encontra no aeroporto, na residência de Marialva (Barros). No dia seguinte, a porta bate quando vai pegar o pão no corredor e ele fica completamente nu. A partir daí começa uma longa e cansativa tentativa de voltar a se vestir que passa por um armário, uma sauna, moradias improvisadas de miseráveis, oficina mecânica e a pra

Filme do Dia: Lucía (1968), Humberto Solás

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L ucía (Cuba, 1968). Direção: Humberto Solás. Rot. Original: Julio García Espinosa, Nelson Rodríguez & Humberto Solás. Fotografia: Jorge Herrero. Música: Leo Breuwer. Montagem: Nelson Rodríguez. Figurinos: Maria Elena Molinet. Com: Raquel Revuelta, Eslinda Nuñez, Adela Legrá, Eduardo Moure, Ramón Brito, Adolfo Llaurado, Idalia Anreus, Silvia Planas. Nos tempos da Guerra pela independência contra a Espanha, Lucía (Revueltas), filha de família tradicional, parece descobrir que sua sorte será de se tornar uma velha tia solteirona quando o charmoso Rafael (Moure), que possui livre trânsito entre a Espanha e Cuba se enamora dela. Logo descobre que ele possui um filho com outra mulher na Espanha, o que gera grande escândalo na sociedade local. Lucía não ressiste ao seus encantos, no entanto, fugindo de casa com a promesse de viver com ele nos cafezais da família. Porém, Rafael, a abandona em meio ao conflito entre cubanos e espanhóis. Para piorar tudo, encontra o outro homem que m

Filme do Dia: Inocência Desprotegida (1968), Dusan Makavejev

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I nocência Desprotegida ( Nevinost bez Zastite , Iuguslávia, 1968). Direção: Dusan Makavejev . Rot. Original: Dusan Makavejev & Bruno Vucicevic. Fotografia: Stevan Miskovic & Branko Perak. Música: Vojislav Kotic. Montagem: Ivanka Vukasovic. Esse documentário, realizado pelo iconoclasta Makavejev, no período mais fértil e criativo de sua carreira, consegue ser mais interessando que o mais famoso W.R. – Mistérios do Organismo (1971). Ao abordar uma produção que é tida como o primeiro filme sonoro da Iuguslávia, de mesmo nome, realizado em um país ocupado pelos alemães, em 1942, Makavejev consegue efetuar uma colagem em que convivem imagens do filme original (um melodrama tão amador que mais parece uma sátira produzida pelo próprio Makavejev a princípio), imagens originais (filmadas pela própria produção com parte do elenco – inclusive o já idoso Dragoljub Aleksic, celebridade nacional como acrobata que dirigiu o filme e foi seu protagonista, mostrando todos os seus ta

Filme do Dia: Faces (1968), John Cassavetes

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Faces (EUA, 1968). Direção e Rot. Original: John Cassavetes. Fotografia: Al Ruban & Maurice McEndree. Montagem: Al Ruban, Maurice McEndree & John Cassavetes. Dir. de arte:  Phedon Papamichael. Cenografia: Lady Rowlands. Com: John Marley, Gena Rowlands, Lynn Carlin, Fred Draper, Seymour Cassel, Val Avery, Dorothy Gulliver, Joanne Moore Jordan. Richard Frost (Marley), homem de meia-idade, abandona sua esposa, Maria (Carlin) pela mais jovem Jeannie (Rowlands). Maria sai para a noite com amigas e conhece o jovem Chet (Cassel), por quem se sente atraída. Após uma tentativa de suicídio de Maria, a dupla é supreendida pelo repentino retorno de Richard e Chet foge pela janela da casa. Quando se compara o filme de Cassavetes com filmes convencionais que abordavam um tema que incluía elementos da então recente revolução sexual (tais como Bob&Carol&Ted&Alice  e Shampoo ou mesmo dramas como Sweet November , do mesmo ano) dá para ter uma idéia do lugar especial que é

Filme do Dia: Capitu (1968), Paulo César Saraceni

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Capitu (Brasil, 1968). Direção: Paulo César Saraceni. Rot. Adaptado: Paulo César Saraceni, sobre o argumento de Lygia Fagundes Telles & Paulo Emílio Salles Gomes e romance Dom Casmurro , de Machado de Assis. Fotografia: Mário Carneiro. Música: Marlos Nobre. Montagem: Nello Melli. Dir. de arte: Anísio Medeiros. Figurinos: Ana Mendonça. Com: Isabela, Othon Bastos, Raul Cortez, Rodolfo Arena, Nélson Dantas, Marília Carneiro, Maria Morais, Wagner Lancetta. Namorados desde a infância, o casamento de Bentinho (Bastos) com Capitulina (Isabela) transcorre no mais absoluto padrão de normalidade para a elite econômica de então. Entre os poucos amigos mais chegados se encontram Ezequiel Escobar (Cortez) e sua esposa, Sancha (Carneiro). Gradativamente, no entanto, Bentinho começa a ter sérias desconfianças sobre a infidelidade de sua amada Capitu com o amigo Escobar. Ainda assim, quando o filho nasce lhe dá o nome de Ezequiel (Lancetta). Certa noite, ao retornar do teatro, ida que sua es

Filme do Dia: As Corças (1968), Claude Chabrol

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As Corças ( Les Biches , França, 1968). Direção: Claude Chabrol. Rot. Original: Paul Gégauff & Claude Chabrol. Fotografia: Jean Rabier. Música: Pierre Jansen. Montagem: Jacques Gaillard. Cenografia: Marc Berthier. Figurinos: Michel Albray. Com: Jean-Louis Trintignant, Jacqueline Sassard, Stéphane Audran, Nane Germon, Henri Attal, Dominique Zardi, Serge Bento, Henri Frances. A endinheirada Frédérique (Audran), enamorada de uma garota que conheceu na rua e que se auto-denominou como Why (Sassard) vai para uma casa de praia no Mediterrâneo, onde moram os histriônicos Robèque (Attal) e Riais (Zardi). Why, insatisfeita e entediada, sai e se envolve com um dos jogadores com os quais Frédérique jogara, Paul Thomas (Trintignant). Frédérique vai até a casa de Paul e eles estabelecem uma relação, sendo Why posta de lado. Após certo tempo, Paul é convidado a morar na mansão e a dupla Robèque e Riais é expulsa. As constantes viagens e a sensação de se encontrar à margem do casal, aproxima

Filme do Dia: A Hora do Lobo (1968), Ingmar Bergman

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A Hora do Lobo ( Vargtimmen , Suécia, 1968). Direção e Rot. Original: Ingmar Bergman. Fotografia: Sven Nykvist. Música: Lars Johan Werle. Montagem: Ulla Ryghe. Dir. de arte: Marik Vos-Lundh. Figurinos: Mago. Com: Max von Sydow , Liv Ulmann, Gertrude Fridh, Georg Rydeberg, Erland Josephson, Naima Wifstrand, Ulf Johansson, Gudrun Brost, Bertil Anderberg, Ingrid Thulin . Alma (Ulmann) relembra a época que viveu com o pintor Johan Borg (Sydow), quando  passam a morar em uma ilha isolada. Inicialmente vivendo em harmonia,  após sete anos de união, a situação conjugal passa a ser cada vez mais desintegradora. Certo dia, uma mulher avisa a Alma que ela procure pelos diários de Johan. Essa passa a ler seu diário, enquanto ele se encotra ausente, descobrindo, entre outras coisas, seu envolvimento com uma amante, Veronica Vogler (Thulin). Certo dia, Johann é convidado ao castelo do Barão Von Merkens (Josephsson), onde encontrará um grupo de decadentes aristocratas de meia-idade atolados em

Filme do Dia: Barbarella (1968), Roger Vadim

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Barbarella (Itália/França/EUA, 1968). Direção: Roger Vadim. Rot. Adaptado:  Vittorio Bonicelli, Claude Brulé, Brian Degas,  Jean-Claude Forest,  Tudor Gates,   Terry Southern,  Roger Vadim &  Clement Biddle Wood. Fotografia: Claude Renoir. Música: Bob Crewe, Charles Fox &  Michel Magne. Montagem: Victoria Mercanton. Dir. de arte: Mario Garbuglia. Figurinos: Jacques Fonteray & Paco Rabanne. Com: Jane Fonda, John Phillip Law, Anita Pallenberg, Milo O'Shea, David Hemmings, Ugo Tognazzi, Marcel Marceau, Claude Dauphin, Véronique Vendell.              Barbarella (Fonda) é designada pelo presidente da Terra (Dauphin) para deter os planos de conquista do planeta pelo gênio do mal Duran Duran (O’Shea). Contando com o auxílio do anjo Pygar (Law), ela tem que se safar de todas as armadilhas que lhe são preparadas por Duran Duran e pela Grande Tirana (Pallenberg), que governa o planeta de SoGo. Conhece um líder rebelde Dildano (Hemmings), que pretende libertar o planeta da

Filme do Dia: O Bebê de Rosemary (1968), Roman Polanski

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O Bebê de Rosemary ( Rosemary´s Baby , EUA, 1968). Direção: Roman Polanski. Rot. Adaptado: Roman Polanski baseado no romance de Ira Levin. Fotografia: William A. Fraker. Música: Cristopher Komeda. Montagem: Sam O´Steen & Bob Wyman. Dir. de arte: Richard Sylbert. Cenografia: Robert Nelson. Figurinos: Anthea Sylbert. Com: Mia Farrow, John Cassavetes, Ruth Gordon, Sidney Blackmer, Maurice Evans, Ralph Bellamy, Victoria Vetri, Patsy Kelly, Elisha Cook Jr. O casal recém-casado Rosemary (Farrow) e Guy (Cassavetes) decide alugar um apartamento em Nova York. O amigo do casal Edward Hutchins (Evans), alerta para a má fama do edifício, que Rosemary não acredita. Aos poucos, uma série de eventos estranhos passam a acontecer ao redor deles como o suicídio de Terry Gionofrio (Vetri), que se tornara próxima de Rosemary e era afilhada do casal de velhos Minnie (Gordon) e Roman Castevet (Blackmer) e um dos atores que havia sido selecionado para atuar no lugar de Guy perde a visão, fazendo com

Filme do Dia: Memórias do Subdesenvolvimento (1968), Tomás Gutiérrez Aléa

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Memórias do Subdesenvolvimento ( Memorias del Subdesarollo , Cuba, 1968). Direção: Tomás Gutiérrez Aléa. Rot. Adaptado: Tomás Gutiérrez Aléa, baseado no romance Edmundo Desnoes. Fotografia: Ramón F. Suárez. Montagem: Nelson Rodríguez. Dir. de arte: Julio Matilla. Figurinos: Elba Pérez. Com: Sergio Corrieri, Daisy Granados, Eslinda Nuñez, Omar Valdés, Renée de la Cruz, Yolanda Farr, Ofelia González, Jose Gil Abad. Havana, 1962. Sergio Carmona (Corrieri) decide permanecer em Cuba, enquanto todos os seus familiares e sua esposa partem para os Estados Unidos. Aos 38 anos, escritor frustrado, vive dos aluguéis da família. Envolve-se com a jovem de classe média baixa de 16 anos, Elena (Granados) que, rejeitada por ele, acaba-o acusando de estupro. Enquanto isso, vive-se em cuba a tensão da crise dos mísseis e da invasão da Baía dos Porcos. Talvez o mais interessante desse filme seja a – ainda que involuntária – ambiguidade com que descreve toda a sua narrativa. Com um protagonista que

Filme do Dia: Beijos Roubados (1968), François Truffaut

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Beijos Roubados ( Baisers Volés , França, 1968). Direção:  François Truffaut. Rot. Original: François Truffaut, Claude de Givray &  Bernard Revon. Fotografia: Denys Clerval. Música: Antoine Duhamel. Montagem: Agnès Guillemot. Dir. de arte: Claude Pignot. Com: Jean-Pierre Léaud ,  Claude Jade, Daniel Ceccaldi,  Claire Duhamel, Delphine Seyrig ,  Michel Lonsdale,  Serge Rousseau,  Harry-Max,  André Falcon,  Catherine Lutz,  Jacques Rispal,  Martine Brochard.        Dispensado do serviço do Exército, por instabilidade emocional, Antoine Doinel (Léaud) vai diretamente a um prostíbulo. Depois  vai procurar a família protetora, os Darbon. Enquanto a mãe lhe conta que Christine (Jade), sua filha e objeto do amor de Doinel se encontra viajando com amigos, Lucien Darbon (Ceccaldi), liga para um amigo afim de que encontrem uma vaga como porteiro para o jovem. Doinel, acaba não se mantendo durante muito tempo no hotel, já que permite que a Sra. Colin (Brochard) seja pega em adultério p

Filme do Dia: Na Mira da Morte (1968), Peter Bogdanovich

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Na Mira da Morte ( Targets , EUA, 1968). Direção: Peter Bogdanovich. Rot. Original: Peter Bogdanovich & Polly Platt sob argumento de ambos. Fotografia: Lázslo Kovács. Montagem: Peter Bogdanovich. Dir. de arte e Figurinos: Polly Platt. Com: Tim O`Kelly, Boris Karloff, Peter Bogdanovich, Nancy Hsueh, James Brown, Mary Jackson, Tanya Morgan, Sandy Baron. Byron Orlock (Karloff), astro veterano do cinema de terror, decide abandonar o cinema para o terror do roteirista-diretor Sammy Michaels (Bogdanovich). Enquanto isso, um jovem que vem se armando e treinando tiro a muito tempo, Bobby Thompson ( O´ Kelly) mata seus pais e sua esposa, sobe em um tanque de gasolina e atinge várias pessoas que passavam em seus carros e se dirige para o drive-in onde um filme com Orlock será exibido e o ator se encontra presente, onde faz novas vítimas. Bogdanovich faz questão de ressaltar uma Los Angeles horrenda repleta de carros e de um feio e impessoal concreto pelos olhos de um veterano  eviden

Filme do Dia: Os Artistas no Centro do Picadeiro: Perplexos (1968), Alexander Klüge

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Os Artistas no Centro do Picadeiro: Perplexos (Die Artisten in der Zirkuskuppel : Ratlos, Alemanha, 1968). Direção e Rot. Original: Alexander Klüge. Fotografia: Guenter Hoerman & Thomas Mauch. Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus. Com Hannelore Hoger, Sigi Graue, Alfred Edel, Bernd Höltz, Eva Oertel, Kurt Jürgens, Gilbert Houcke, Wanda Promska-Pampuch. Leni Peickert (Hoger) é uma mulher fascinada pelo circo. Após observar e entrar em contato com vários artistas, ela consegue montar o seu, mas não dura muito tempo. Por sua inabilidade prática, os credores acabam levando os animais. Essa complexa metáfora política de uma Alemanha no pós-guerra e o papel da arte que a ela cabe, bastante pessimista em relação a sua completa sujeição ao circuito do capitalismo, no sentido mais amplo, é prejudicada por seu excessivo hermetismo formal e cerebralismo. É evidente que tal metáfora leva em conta o próprio meio do qual Klüge se utiliza, o cinema. Após todas as idéias próprias que a prota

Filme do Dia: Sympathy for the Devil (1968), Jean-Luc Godard

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Sympathy for the Devil (Reino Unido, 1968). Direção: Jean-Luc Godard. Fotografia: Colin Corby & Anthony B. Richmond. Montagem: Agnés  Guillemot & Kenneth F. Rowles. Com: The Rolling Stones, Anne Wiazemski, Marianne Faithfull, Anita Pallenberg, Iain Quarrin, Clifton Jones, Danny Daniels, Frankie Dymon. No auge de sua fase “desconstrucionista” e politizada do final da década de 60 e início da seguinte, Godard realizou esse pseudo-documentário com os Rolling Stones. Longe de qualquer outra referência cinematográfica usual a uma banda de rock, nem se acompanha uma turnê (como o pioneiro Don´t Look Now , de Pennebaker) nem propriamente aos bastidores da gravação de um álbum, tal como Let it Be (1970), dos Beatles (que, aliás, foram contactados por Godard e rejeitaram o projeto). Trata-se antes de um ensaio reflexivo sobre o momento político contemporâneo em que flagrantes da gravação e criação de uma única canção dos Stones – a canção-título – são entremeados seja com o dis

Filme do Dia: Panorama do Cinema Brasileiro (1968), Jurandyr Noronha

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Panorama do Cinema Brasileiro (Brasil, 1968). Direção e Rot. Original: Jurandyr Noronha. Música: Francisco Mignone. Montagem: Júlio Heilborn. Essa rara antologia do cinema brasileiro realizada no próprio suporte do meio que pretende apresentar – outras produções semelhantes se restringiram a um ciclo específico como Assim Era a Atlântida , que se deteve sobre as chanchadas – por si só já representa um louvável interesse historiográfico. Acompanha a trajetória desde os Irmãos Segreto, os Lumière do cinema brasileiro, dos quais não restaram mais que fotos deles próprios e dos equipamentos que utilizavam até as produções mais recentes do Cinema Novo como A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1965), de Roberto Santos e O Padre e a Moça (1966), de Joaquim Pedro de Andrade . Dito isso, convém ressaltar que o viés sobre o qual aborda a filmografia brasileira é grandemente herdeiro dos próprios colaboradores do filme como Rubem Biáfora (que tem seu Ravina longamente incensado) e Adhemar