Filme do Dia: O Labirinto do Fauno (2006), Guillermo del Toro
O
Labirinto do Fauno (El Labirinto del
Fauno, México/Espanha/EUA, 2006). Direção e Rot. Original: Guillermo del
Toro. Fotografia: Guillermo Navarro. Música: Javier Navarrete. Montagem:
Bernart Vilaplana. Dir. de arte: Eugenio Caballero. Figurinos: Lala Huete &
Rocío Redondo. Com: Ivana Baquero, Sergi López, Maribel Verdú, Ariadna Gil,
Doug Jones, Alex Ângulo, Roger Casamajor, César Vea.
No norte da Espanha na época da Guerra Civil, a garota
Ofelia (Baquero) vai morar com sua mãe grávida, Carmen (Gil), na casa do tirano
comandante fascista, Capitão Vidal (López). Desgostosa com a situação e seu
padrasto, Ofelia vive também em um mundo paralelo repleto de fadas e conta com
a ajuda de um Fauno (Jones). Com a morte da mãe no momento do parto e com a
descoberta de que Mercedes (Verdú) e protetora de Ofelia, a cozinheira de
Vidal, era informante da Resistência, a situação se torna crítica para a
garota.
Extravagantemente fotografado e cenografado, o filme de del
Toro ingressa na extensa filmografia que se detém sobre o universo infantil
como perspectiva (O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias) ou metáfora (O Tambor, Cría Cuervos) sobre
regimes totalitários. O resultado final, no entanto, torna-se prejudicado pela disjunção narrativa dos universos
fantástico e realista. Enquanto a narrativa realista é enfraquecida pelo tom
maniqueísta e ligeiro, próprio de um olhar infantil e do tom de fábula, que
torna o vilão em um monstro sem nenhuma concessão, tanto o segmento realista
quanto o fantástico são pouco verossímeis a ponto de provocar um envolvimento
emocional mais profundo com o que é narrado. Verdú se destaca no elenco.
Enquanto crítica política através de alegorias, os filmes realizado por Saura
nos anos 1970, ainda no calor do final do regime franquista, são bem mais
efetivos. Warner Bros./Tequilla
Gang/Esperanto Filmoj/Estudios Picasso/OMM/Sententia Ent./Telecinco. 112
minutos.
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