Filme do Dia: Sublime Obsessão (1935), John M. Stahl


Sublime Obsessão Poster


Sublime Obsessão (Magnificent Obsession, EUA, 1935). Direção: John M. Sthal. Rot. Adaptado: Sarah Y. Mason, Victor Heerman & George O’Neil, baseado no romance de Lloyd C. Douglas. Fotografia: John J. Mescall. Música: Franz Waxman. Montagem: Milton Carruth. Dir. de arte: Charles D.Hall. figurinos: Vera West. Com: Robert Taylor, Irene Dunne, Charles Butterworth, Betty Furness, Sara Haden, Ralph Morgan, Henry Armetta, Gilbert Emery.
       Robert Merrick (Taylor) é um playboy aparentemente incorrigível. Após sofrer um acidente, utiliza um respiradouro que o ilustre Dr. Hudson também precisara, na mesma hora. Hudson morre e Merrick é internado no hospital pertencente ao falecido, onde é tratado com desprezo. Em uma de suas bebedeiras, após sair do hospital, conhece Randolph (Morgan), amigo pessoal de Hudson, que lhe ensina sua filosofia de vida: fazer o bem secretamente. Ao tentar ajudar a viúva de Hudson, Helen (Dunne), por quem encontra-se apaixonado, esta sofre um acidente que lhe faz perder a visão. Completamente transtornado com o fato, Merrick passa a levar outra vida. Passa a ajudá-la, sem identificar-se, ao mesmo tempo que estuda e torna-se um médico célebre. Em Paris, Helen sente-se deprimida com o fato de não ter conseguido notícias muito positivas de seu caso, por uma junta de médicos. Merrick se identifica, mas Helen some, acreditando que ele estava apenas com pena. Seis anos depois retorna aos EUA e volta a encontrar Helen, agonizante, na Vírginia, em decorrência do coágulo que lhe tirara a visão. Mesmo nervoso, comanda a operação, que não só é bem sucedida, como faz com que Helen perceba um pouco de luz ao acordar.
         Stahl foi uma figura seminal para o gênero melodrama, através de filmes como esse e Imitação da Vida (1934), ambos refilmados por Douglas Sirk (no último caso, com Barbara Stanwyck e Rock Hudson como protagonistas). Ao contrário da produção do ano anterior, aqui também existe espaço para uma certa veia cômica, pelo menos até o acidente de Helen. A partir daí, no entanto, pode-se dizer que se aproxime mais de elementos típicos do melodrama tradicional que Imitação da Vida. Embora provoque um envolvimento emocional garantido, o filme parece menos sofisticado, tanto em termos técnicos, como uso da iluminação, quanto na complexidade   e ambiguidades desenvolvidos pela narrativa que apresenta uma outra produção similar contemporânea, Intermezzo (1936), dirigida por outro mestre no gênero, o sueco Gostav Molander. Universal. 112 minutos.

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