Filme do Dia: Terror que Mata (1955), Val Guest
Terror que Mata (The Quatermass Xperiment, Reino Unido, 1955). Direção: Val Guest.
Rot. Adaptado: Richard H. Landau & Val Guest, a partir de uma peça para
televisão de Nigel Kneale. Fotografia:
Walter J. Harvey. Música: James Bernard. Montagem: James Needs. Dir. de arte: J. Elder Wills. Com: Brian Donlevy, Jack
Warner, Margia Dean, Thora Hird, Gordon Jackson, David King-Wood, Lionel
Jeffries, Richard Wordsworth.
Uma nave tripulada
que havia sido parte dos experimentos do Dr. Bernard Quatermass (Donlevy) cai
no quintal de Rosie (Wrighley). Dos três tripulantes, apenas um, Victor Carroon
(Wordsworth) permanece vivo, porém com estranhas escamações no corpo e sem
conseguir se comunicar com ninguém. O inspetor Lomax (Jackson) toma o caso a
sua frente. A esposa de Carroon, Judith (Dean), contrata um detetive que
consegue retirar Carroon incógnito do hospital onde se encontra. Porém, as
suspeitas de que um organismo alienígena se apoderou de seu corpo se comprovam
quando o detetive é encontrado morto com sua pele ressecada e as órbitas do
olho vazadas, característica que persistirá em outras vítimas futuras.
Essa contraparte
britânica às ficções científicas que assolavam a indústria norte-americana (e o
mundo) é tão mendicante quanto suas congêneres. Lidando com um clima de
paranoia à contaminação reminiscente da Guerra Fria, da qual chega a fazer
alusão direta, as escoriações e mutações de seu protagonista podem ser
igualmente diretamente vinculadas à questão atômica, antecipando, no quesito
hospedeiro no corpo humano filmes de ficção-horror de décadas após como Alien – O Oitavo Passageiro, já que as
mudanças ocorrem somente em termos “comportamentais” em produções
contemporâneas como Vampiros de Almas
(1956), de Don Siegel. Todos os clichês possíveis e imagináveis se encontram
aqui discriminados, assim como referências potencialmente vagas a clássicos do
gênero como O Dia em que a Terra Parou
(1951), de Robert Wise ou – e principalmente – Frankenstein (1931), de James Whale, com cena de criança próxima da
água (vivida por uma não creditada Jane Asher) que não tem outra função que
sugerir uma possível agressão do monstro. O filme ganhou maior notoriedade,
quando de seu lançamento, pelo fato de uma criança ter tido um ataque cardíaco
assistindo-o. Exclusive/Hammer Film Prod. para United Artists. 82 minutos.
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