Filme do Dia: Algie, o Mineiro (1912), Edward Warren
Algie, o Mineiro (Algie, the Miner, EUA, 1912). Direção: Edward Warren, Harry Schenck & Alice Guy. Com: Billy Quirk.
Algie (Quirk) é um
efeminado homossexual que para casar com a filha de Harry Lyon, de importante
família do Leste americano, tem que provar em um ano que é másculo. Parte então
para o Oeste, onde rapidamente perde os trejeitos e se torna não somente um
garimpeiro bem sucedido como um valente homem, defendendo seu parceiro de negócios
e o livrando da bebida. Junto com ele, Algie retorna irreconhecível para o
Leste, onde agora o casamento poderá se concretizar.
Comédia dependente
de sua estigmatização do personagem do homossexual e de sua “conversão” cuja
visão retrospectiva soará (como acentuado no documentário O Celulóide Secreto) por demais perversa, mesmo sendo uma das
primeiras vezes que um personagem abertamente homossexual é representado nas
telas (ao menos até a metade do filme, quando de sua conversão), antes do
primeiro tratamento “sério” dado ao tema com Diferente dos Outros (1919), de Richard
Oswald. Na comédia, o recurso de olhar
para a câmera continuou ainda por bastante tempo, indo nos anos 20 em diante em
certos casos (como em O Gordo e O Magro),
quando já havia sido banido dos dramas há bastante tempo, como é o caso dos
diversos olhares que o protagonista, sobretudo na primeira metade do filme,
histriônica/gay, lança ao público. Essa versão é uma restauração efetivada em
2007. Solax Film Co. para New York Motion Picture Corp. 10 minutos.
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