Filme do Dia: A Dama do Lago (1947), Robert Montgomery
A Dama do Lago (Lady in the Lake, EUA, 1947). Direção:
Robert Montgomery. Rot. Adaptado: Steve Fisher, baseado no romance de Raymond
Chandler. Fotografia: Paul Vogel. Música: David Snell. Montagem: Gene Ruggiero.
E. Preston Ames & Cedric Gibbons. Cenografia: Edwin B. Willis. Figurinos:
Irene. Com: Robert Montgomery, Audrey Totter, Lloyd Nolan,
Tom Tully, Leon Ames, Jayne Meadows, Dick Simmons, Morris Ankrum.
O detetive Philip
Marlowe (Montgomery) é contratado para investigar o desaparecimento da mulher
do empresário Derace Kingsby (Ames). Seu contato é sua misteriosa secretária
Adrianne Fromsett (Totter), que Marlowe não descarta esteja envolvida no
episódio, já que ela pretende casar com o patrão. Porém, Marlowe descobre o
envolvimento do tenente da polícia DeGarmot (Nolan) e de Mildred Haveland
(Meadows) no caso.
Esse filme de
Montgomery, mais conhecido por aparentemente ter sido completamente filmado a
partir da perspective focal do protagonista, o que nao chega a ser verdade de
todo, talvez mereça mais atenção menos por sua inusitada estratégia – num
momento em que a cinematografia hollywoodiana buscava os limites da invenção
dentro dos padrões da indústria com seus filmes psicanalíticos ou inovações
formais tais como Festim Diabólico –
que por uma narrativa que ocasionalmente surge com o próprio Montgomery/Marlowe
se dirigindo diretamente ao público. No mais não se foge dos padrões de um noir mediano, com algumas licenças
poéticas como a garota com cara de anjo (Meadows) ser a malvada em oposição a femme fatale, que esconde um coração de
ouro (Totter), o que não chega exatamente a ser uma transgressão em um gênero
conhecido por suas armadilhas narrativas. Destaque para a sua aberta misoginia,
outra característica bastante enfática do gênero, a exemplo do momento em que um
jornalista amigo de Marlowe indaga ao telefone se ele quer de favor o
empréstimo de seu carro ou de sua namorada. MGM. 105 minutos.
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