Filme do Dia: The Wizard of Oz (1933), Ted Eshbaugh
The Wizard of Oz (Canadá, 1933). Direção: Ted Eshbaugh. Rot. Adaptado: Frank Joslym Baum, baseado no
romance de L. Frank Baum. Música: Carl W. Stalling.
Mesmo que
os traços do desenho, seus movimentos e cores (para não falar a música do mesmo
Stalling que teria lugar cativo nas produções da Warner, após ter trabalhado
com Disney na década anterior) certamente não se diferenciem muito das
produções americanas contemporâneas, sobretudo as realizadas para os estúdios
da Paramount, essa animação canadense parece trazer um toque próprio na sua
leitura peculiar do célebre romance de fantasia de Baum, que já havia sido
adaptado para as telas algumas vezes como em The Wonderful Wizard of Oz (1910) e The Magic Cloak of Oz (1914), e até mesmo um longa, The Wizard of Oz (1925). Aqui no entanto,
princípios narrativos ou qualquer noção mais sequencial de conflito são
secundarizados por uma divertida sucessão de eventos que, mesmo quando parecem
ameaçadores - caso do ovo gigante ao final - não passam de motivo para
divertimento. E é justamente nesse encantamento mágico que não pretende se
expressar de forma mais tradicional que consiste o atrativo ingênuo dessa
produção que ultrapassa seus similares americanos já por demais afeitos a
fórmulas mais fechadas – mesmo que isso não queira significar aqui colorações
autorais, longe disso. Provavelmente inspirou a famosa adaptação de Fleming do
final da década ao apresentar o universo de Dorothy em Kansas em p&b,
transformando-se em cores após a passada do tornado, quando ela adentra de fato
no reino da fantasia. Trata-se do único filme produzido por Stalling, que
musicou mais de 500, como é o caso também aqui. Film Laboratories of Canada. 9
minutos.
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