Filme do Dia: Tarântula! (1955), Jack Arnold
Tarântula! (Tarantula, EUA, 1955). Direção: Jack
Arnold. Rot. Original: Jack Arnold, Robert M. Fresco & Martin Berkeley,
baseado no argumento de Fresco. Fotografia: George Robinson. Música: Henri
Mancini & Herman Stein. Montagem: William Morgan. Dir. de arte: Alexander
Golitzen & Alfred Sweeney. Cenografia: Russell A. Gausman & Ruby R.
Levitt. Com: John Agar,
Mara Corday, Leo G. Carroll, Nestor Paiva, Ross Eliott, Edwin Rand, Raymond
Bailey, Eddie Parker.
O
Dr. Matt Hastings (Agar) é convocado pelo xerife de uma cidadezinha do Arizona,
Jack Andrews (Paiva) para investigar a morte de Eric Jacobs (Parker), assistente
do professor Gerald Deemer (Carroll), cientista que realiza experimentos com
animais, multiplicando seu tamanho. Hastings põe em dúvida a explicação do
professor. Sua futura aliada será a recém-chegada estudante de biologia
Stephanie Clayton (Corday), conhecida pelo apelido de Steve. Aos poucos, todos
ficam sabendo das experiências de Deemer, que se torna vítima de suas próprias
ideias, tendo suas feições desfiguradas. Enquanto isso, várias mortes de
animais e pessoas ocorrem na região, provocadas pela tarântula gigante que
fugiu do laboratório do professor. O monstro ataca a casa-laboratório de
Deemer. Enquanto Steve escapa, Deemer morre. Ameaçando destruir a cidade, o
aracnídeo é detido somente pela força aérea americana.
Essa
ficção-B típica da época, embora tenha gerado inúmeras cópias ainda de pior
categoria, não se encontra entre os melhores trabalhos de Arnold, um mestre do
gênero. Mesmo que elementos como o crescimento ou diminuição exagerada de
animais ou seres humanos seja recorrente na obra de Arnold, falta uma certa
atmosfera metafísica, presente em seus melhores trabalhos como Veio do Espaço (1953), aqui vulgarizada
excessivamente na sua crítica subliminar dos experimentos científicos que
acabam fugindo ao controle da humanidade. Também existe uma veia erótica,
percebida sobretudo na seqüência que o monstro observa o quarto da
protagonista, que evoca King Kong
(1933), e que pode ser percebido como um comentário de como o sexo possuía uma
dimensão um tanto quanto ameaçadora para a sociedade americana da época. No
mais, o mesmo baixo nível das interpretações típico das produções do gênero e
outras limitações decorrentes do baixo orçamento, embora os efeitos especiais,
hoje em dia considerados primários, persistem em certos momentos extremamente
convincentes, como na cena em que o professor observa no laboratório seu
porquinho-da-índia tamanho gigante ou na aproximação da tarântula da janela da
heroína citada. Universal. 80 minutos.
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