Filme do Dia: Veio do Espaço (1953), Jack Arnold

 


Veio do Espaço (It Came from Outer Space, EUA, 1953). Direção: Jack Arnold. Rot. Adaptado: Harry Essex, baseado no conto de Ray Bradbury. Fotografia: Clifford Stine. Música: Irving Gertz, Henry Mancini & Herman Stein. Montagem: Paul Weatherwax. Dir. de arte: Robert Boyle & Bernard Herzbrun. Cenografia: Russell A.Gaussman & Ruby R. Levitt. Figurinos: Rosemary Odell. Com: Richard Carlson, Barbara Rush, Charles Drake, John Sawyer, Russell Johnson, Kathleen Hughes, Budd Buster.

Numa pacata cidadela americana, o jovem  John Putnan (Carlson) e sua namorada Ellen (Rush)   tornam-se motivo de chacota local, ao afirmarem terem visto um disco voador, que teria sido o motivo de uma imensa cratera. Novamente eles voltam a testemunhar algo de estranho quando encontram a caminhonete de dois empregados da companhia telefônica, George (Johnson) e Frank (Sawyer) abandonada e um deles agindo de modo estranho, ao encarar o sol sem piscar. Quando reencontra-os na cidade e os segue, acaba possuindo a confirmação de que são seres alienígenas transformados em humanos e que sua missão é pacífica, sendo que aqueles que foram abordados por eles se encontram em local seguro. Aos poucos Putnan começa a convencer o xerife local, Matt Warren (Drake), principalmente após o desaparecimento de Ellen. Revoltado, o xerife não acredita no que os alienígenas transmitiram para  Putnan, sobre sua partida iminente e a utilização de eletricidade como combustível para sua nave espacial. Forma-se uma barreira com membros da população local, atingindo e matando um dos seres. Horrorizado,    testemunha a aparência real dos alienígenas e mata a cópia de Ellen que, como os outros, resolveu partir para a violência após ter sido informada da morte de um de seus membros. Enquanto    lidera a ação de soltar os reféns, os alienígenas partem com sua nave.

Um dos clássicos da ficção-científica dos anos 50 que, apesar de sua limitada produção, consegue construir uma atmosfera de paranoia soberba,  projetando em marcianos os temores da sociedade americana com uma invasão russa à época da Guerra Fria. Provavelmente inspirou o ainda mais criativo Vampiros de Almas (1955), de Don Siegel, em que os alienígenas também encarnam nas pessoas de um pequeno vilarejo americano. A precariedade da produção faz-se perceber nos efeitos especiais e na canastrice do elenco principal, com destaque para o galã. Suas produções influenciaram as experiências de cineastas de gerações posteriores, que revitalizariam o gênero, inclusive em termos de efeitos especiais, como Spielberg e Joe Dante. Adaptado de um conto da ficção-científica escrito por Bradbury, também adaptado por Truffaut em Fahrenheit 451 (1966). Universal. 81 minutos.

 

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