Filme do Dia: Anna Karenina (1997), Bernard Rose

Anna Karenina (Anna Karenyna,  EUA, 1997) Direção: Bernard Rose. Rot.adaptado: Bernard Rose, baseado em Tolstói. Foto: Daryan Okada. Música: George Solti. Montagem: Victor Dubois. Com: Sophie Marceau, Sean Bean, Alfred Molina, James Fox, Danny Huston, Mia Kirshner, Fiona Shawn, Phillida Law.
           Anna (Merceau) passa dias com o irmão Stiva (Huston), que vive situação de crise conjugal. Ao recepcioná-la na estação com o Conde Vronsky (Bean), seu amigo e por quem a irmã de sua mulher Kitty (Kirschner) se encontra atraída, Anna sente-se estranhamente atraída pelo Conde. Após rodopiar valsando pelos salões com ele, Anna não terá dúvidas quanto a seu desejo. Porém sentirá, ao mesmo tempo, um profundo sentimento de culpa para com o marido Karenyn (Fox), com quem vive uma relação essencialmente de conveniência. Ao mesmo tempo,  o abnegado cientista Levin (Molina) tem seus sonhos de casar-se com Kitty freados, pelo interessa desta pelo Conde Vronsky. Com esse mantendo uma relação ilícita com Karenyna e renegados por toda a sociedade, e Kitty recuperando-se da tuberculose de que fora acometida, casam-se. A relação de Karenyna, pelo contrário, torna-se um inferno após sua mudança para a Itália com o amante - em que teve que escolhê-lo em detrimento do filho. Tem agravado seu vício no ópio, acrescido das adversidades que lhe perseguem - a marginalização pela sociedade local e a impossibilidade de voltar a relacionar-se com o filho (é escorraçada de sua antiga casa pelo marido, quando pretende visitá-lo). Decide se jogar frente a um trem.
       Versão burocrática do romance de Tólstoi, em que o aparato de superprodução e o cuidado com o visual apenas reforçam a falta de originalidade e de colorido à adaptação. Com um fraco roteiro e direção de atores (que compromete, inclusive, qualquer pretensão maior de verossimilhança ao filme) e previsíveis utilizações dos mais diversos recursos, da banda sonora (seja a trilha de ruídos ou a pouco atraente utilização de Tchaikovsky na trilha sonora) à câmera lenta, passando pelo chamado efeito de predestinação ( quando chega para visitar o irmão, logo no início, acaba presenciando uma morte acidental nos trilhos). Para uma perversa comparação, basta lembrar a utilização do mesmo efeito, de forma bem mais sutil e elaborada por Visconti em outra adaptação de clássico da literatura, Morte em Veneza. Icon Productions. 108 minutos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Filme do Dia: Der Traum des Bildhauers (1907), Johann Schwarzer

Filme do Dia: El Despojo (1960), Antonio Reynoso

Filme do Dia: Quem é a Bruxa? (1949), Friz Freleng