Filme do Dia: Filmando a Segunda Guerra (2000), Richard Shickel

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Filmando a Segunda Guerra (Shooting War, EUA, 2000). Direção e Rot. Original: Richard Schickel. Fotografia: Nancy Schreiber. Música: Arthur B. Rubinstein. Montagem: Bryan McKenzie & Steven Spielberg. Dir. de arte: Doug J. Meerdink.

Documentário que mescla cenas de guerra com alguns dos realizadores das mesmas. Entre os fotógrafos e cinegrafistas que dão seu depoimento encontram-se o célebre fotógrafo Walter Rosenblum e os cinegrafistas Don Honeyman, Stephen Ambrose, Jim Bates, Arthur Mainzer e Russ Meyer. Também são apresentadas as imagens dos documentários realizados por nomes reconhecidos do universo de ficção como os cineastas John Ford, John Huston (que não se esquivam em fazerem reconstituições para dar maior apelo visual às cenas, no caso do primeiro inclusive utilizando-se de maquetes para reconstituir cenas da batalha de Midway) e Richard Brooks. Entre as mais impressionantes imagens encontram-se a da japonesa que suicida-se após jogar o filho do despenhadeiro, quando percebe o rifle-câmera do cinegrafista em sua direção, a sangrenta batalha de Okinawa, um jovem japonês com o corpo em chamas e os corpos de Mussolini e sua amante após serem chacinados. As raras imagens que sobreviveram do desembarque na Normandia e a polêmica foto da bandeira americana em Iwo Jima reconstituída. As imagens dos campos de concentração e do pesadelo atômico de Hiroxima e Nagasaki ganham pouco espaço nesse documentário que peca apenas pelo excesso de informações em tão reduzido espaço de tempo, assim  como a dispensável narração de Tom Hanks. Produzido para a televisão. 90 minutos.

Comentários

  1. As maquetes foram utilizadas, no caso de Ford, no documentário "December 7th: The Movie" (1943, co-realizado por Gregg Toland. Inclusive porque não havia outro jeito para reconstituir o ataque japonês a Pearl Harbor. As filmagens de "A batalha de Midway" foram em tempo real, durante a própria, ocasião em que Ford foi atingido por estilhaços em um dos olhos.

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  2. Legal esse nível de detalhamento amigo. Só poderia vir de um grande admirador e conhecedor da obra de Ford. Abraço!

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