Filme do Dia: Science Friction (1959), Stan Vanderbeek
Science Friction (EUA, 1959).
Direção: Stan Vanderbeek.
Anárquica colagem que se por um
lado se atém de forma obsessiva aos temas que povoavam o imaginário da época
como poucos (hecatombe nuclear, conquista espacial, lideranças universais), por
outro se apresenta como vanguardista em relação a seu uso bem humorado da
movimentação de fotos fixas que transformam, em alguns momentos, quase todos os
motivos (do Empire State a Torre de Pisa) em bólides voadores (naves espaciais
ou mais propriamente mísseis?), numa antecipação ao uso da colagem, que se
tornaria comum, ainda que de uma maneira geral menos inventiva do que a aqui
apresentada, em produções alternativas da década seguinte. Ao início se apela
para clichês do universo da ficção científica, como a pretensa situação de
suspense sobre se tocar o botão que provocará a destruição atômica, que
justificam o título paródico, ainda que esse já se encontrasse justificado pelo
próprio aspecto áspero, de fricção, mais do que simplesmente “engraçadinho”,
com que as imagens se chocam, colidem ou se sobrepõem. 9 minutos e 51 segundos.
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