Filme do Dia: Scarlet Sails (1961), Aleksandr Ptushko


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Scarlet Sails (Alye Parusa, União Soviética, 1961). Direção: Aleksandr Ptushko. Rot. Adaptado: Aleksei Nagornyi & Aleksandr Yurovski. Fotografia: Gennadi Tsekavyi & Viktor Yakushev. Montagem: I. Moronov. Dir. de arte: Levan Shengeliya. Figurinos: Olga Kruchinina. Com: Anastasiya Vertskaya, Vasili Lanoyov, Yelena Cheremshanova, Aleksandr Lupenko, Ivan Pereverzev, Serguei Martinson, Nikolai Volkov.

Assol (Cheremshanova) é uma garota que cresce sob o estigma dos moradores de ser uma criança diferente das outras e bastante devotada ao seu próprio universo particular, que inclui um Príncipe Encantado que mudará sua vida segundo a profecia de um mago. Arthur (Lupenko) é um garoto que vive em um castelo, que abdica de sua vida como nobre para viver (Lanoyov) sua fantasia da vida no mar, seguindo os sonhos de infância. Certo dia, ele acaba acidentalmente conhecendo Assol.

Essa fantasia escapista, produzida no auge da Guerra Fria, consegue se evadir aparentemente de qualquer referência ao momento concreto de sua produção. Seus travellings virtuosos se tornam um adereço a mais a ressaltar seus valores de produção e sua fotografia de cores irreais, típica da época, algo coerente com o próprio motivo do filme. Pior do que tudo isso, no entanto, é se acompanhar a trajetória dos seus dois protagonistas como se tratasse de dois filmes distintos, já que a trajetória de ambos somente se entrelaçará nos últimos 15 minutos de filme. A determinado momento, simplesmente se esquece Assol e durante um longo tempo se acompanha Arthur. O filme não apresenta o menor esforço de tentar intercalar os fatos vivenciados por ambos. Em vários momentos apresenta a transição entre planos a partir de um ator que se aproxima progressivamente da câmera. Duas outras versões do romance foram produzidas, sendo uma para televisão e outra pelo cinema tcheco. Miniterstvo Kinematografii. 88 minutos.

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