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Filme do Dia: Fireman, Save My Child (1918), Alfred J. Goulding

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F ireman Save My Child (EUA, 1918). Direção: Alfred J. Goulding. Rot. Original: H.M.Walker. Com: Harold Lloyd, “Snub” Pollard, Bebe Daniels, Sammy Brooks, Alma Maxim, James Parrott, Billy Fay, Harry Burns. Harold (Lloyd) é um jovem que consegue um fraque para entrar como penetra numa festa dos bombeiros, interessado que está pela garota (Daniels) que já foi prometida ao chefe dos bombeiros. Um incêndio ocorre e, na falta de alguns bombeiros, Harold dirige a viatura. Ao chegar no prédio em chamas, a garota se encontra entre os que corre risco de vida. Ele indaga de seus pais se terá a mão dela se a salvar e o faz. Pastelão curto de antes do momento que Lloyd de fato se torna uma estrela de renome internacional. As situações são dramaticamente precárias e o pretenso humor busca ser extraído de situações rotineiras que envolvem objetos voando pelos ares e caindo na cabeça de algum personagem. A única exceção, por si só demasiado curta para tornar o filme menos desinteressante, é

Filme do Dia: Marty (1955), Delbert Mann

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M arty (EUA, 1955). Direção: Delbert Mann. Rot. Original: Paddy Chayefsky baseado em seu próprio argumento. Fotografia: Joseph LaShelle. Música: Roy Webb. Dir. de arte: Ted Haworth & Walter M. Simonds. Cenografia: Robert Priestley. Figurinos: Norma Koch. Com: Ernest Borgnine, Betsy Blair, Esther Minciotti, Augusta Ciolli, Joe Mantell, Karen Steele, Jerry Paris. Marty (Borgnine) é um açougueiro de 34 anos que vê sem maiores expectativas o seu estado de solteiro. Vivendo no Bronx em Nova York com sua mãe (Minciotti), ele se vê pressionado por todos, inclusive ela, para vir a se casar. Sua situação parece mudar de figura quando ele conhece Clara (Blair), tão acanhada e desprezada nos bailes quanto ele próprio. Porém, tanto sua mãe quanto seu círculo de amizades, homens solteiros que gastam suas noites indo atrás de locais onde potencialmente poderão encontrar garotas que aplaquem suas solidões, não parecem simpatizar com Clara. Marty, decide, no entanto, que esse círculo vicio

Filme do Dia: The Flower with Seven Colors (1948), Mikhail Tsekhanovsky & Viktor Grumov.

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T he Flower with Seven Colours ( Tsevetik-semitsvetik , União Soviética, 1948). Direção: Mikhail Tsekhanovsky & Viktor Grumov. Rot. Original: Valentin Kataev & Mikhail Volpin. Fotografia: Mikhail Druyan. Música: Yuri Levitin. Montagem: Lidiya Kyaksht. Dir. de arte: Lev Milchin & Vera Rodzhero. Zhenya, garota chorosa por ter perdido o que a mãe havia pedido para ela comprar, por desatenção, para um cachorro, encontra uma velha senhora a quem chama de avó e que lhe concede uma flor mágica com sete pétalas de cores diversas, que atenderá a sete desejos seus. Após gastar os seis primeiros desejos com futilidades, encontra um garoto, Vitya, infeliz por não poder acompanha-la em suas brincadeiras, por conta de uma deficiência física. Zhenya faz uso da última pétala para transforma-lo em um garoto saudável, porém eles ficam perdidos e reencontram a velha senhora, que volta a conceder a ambos uma pétala, a que foi utilizada em seu último desejo, para que plante e venha a nasc

Filme do Dia: Diferente dos Outros (1919), Richard Oswald

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D iferente dos Outros ( Anders als die Andern , Alemanha, 1919). Direção: Richard Oswald. Rot. Original: Magnus Hirschfeld & Richard Oswald. Fotografia: Max Fassbender. Dir. de arte: Emil Linke. Com: Conrad Veidt, Fritz Schulz, Reinhold Schünzel, Leo Connard, Alexandra Willegh, Anita Berber, Wihelm Diegelmann, Clementine Plessner. Paul Körner (Veidt) é um pianista famoso que se apaixona pelo jovem violinista Kurt Sivers (Schulz) e se torna vítima de chantagem do inescrupuloso Franz Bollek (Scünzel), que um dia levara para sua casa. Após uma invasão a sua casa por parte de Bollek, Körner e Kurt se engalfinham com o invasor, porém a ironia de Bollek sobre o fato de Körner sustentar a ambos, provoca a partida de Kurt. Körner processa Bollek por chantagem, porém a publicização em torno de seu caso o transforma em um pária social e põe um fim em sua carreira artística. Sozinho no mundo, ele se suicida. Esse, que é tido como o primeiro filme da história do cinema a retratar um

The Film Handbook#173: John Brahm

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John Brahm Nascimento: 17/08/1893, Hamburgo, Alemanha Morte : 11/10/1982, Malibu, Califórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1936-1957 Apesar de nunca um diretor maior, durante os anos 40 o subestimado John (nascido Hans) Brahm realizou diversos suspenses cuja criatividade visual, personagens vívidos e rica atmosfera permanecem efetivos até hoje. Filho de um diretor de teatro,  dirigiu  nos teatros vienense e berlinense até 1934, quando a ascensão dos nazistas levou-o a emigrar para a Inglaterra. Após trabalhar brevemente como roteirista e supervisor de produção, realizaria sua estreia na direção cinematográfica com uma refilmagem de Lírio Partido  de Griffith , notável principalmente por sua evocação da decadente região de Limehouse em Londres. Em 1937 ele abandonou a Inglaterra por Hollywood e uma carreira de filmes-B rotineiros tais como O Segredo do Monstro / The Undying Monster  (um suspense sobre um lobisomem) e A Hipócrita / Guest in the House  que ganharam classe atravé

Filme do Dia: The Connection (1961), Shirley Clarke

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T he Connection (EUA, 1961). Direção: Shirley Clarke. Rot. Adaptado: Jack Gelber, baseado em sua própria peça. Fotografia: Arthur J. Ornitz. Música: Freddie Redd. Montagem: Shirley Clarke. Dir. de arte: Richard Sylbert & Albert Brenner. Figurinos: Ruth Morley. Com: Warren Finnerty, Jerome Raphael, Garry Goodrow, Jim Anderson, Carl Lee, Barbara Winchester, Harry Proach, Roscoe Lee Browne, Freddie Redd. Detendo-se em um grupo de viciados em um apartamento, Clarke envereda pela estratégia do “falso documentário” – ao início uma voz em off afirma sobre a autoria e responsabilidade das imagens – em resultado completamente diverso e mais mal sucedido que seu posterior The Cool World (1963). Ainda que, a guisa de se tornar verossímil   junto a sua pretensão de ilustrar as filmagens improvisadas de um documentário talvez contenha alguns elementos mais críveis do que outro filme que articula proposta semelhante, A Bruxa de Blair , como as interrupções nos planos de filmagem e a

Filme do Dia: Além da Vida (2010), Clint Eastwood

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A lém da Vida ( Hereafter , EUA, 2010). Direção: Clint Eastwood. Rot. Original: Peter Morgan. Fotografia: Tom Stern. Música: Clint Eastwood. Montagem: Joel Cox & Gary Roach. Dir. de arte: James J. Murakami & Patrick M. Sullivan Jr. Cenografia: Gary Fettis. Figurinos: Deborah Hopper. Com: Matt Damon, Cécile De France, Frankie McLaren, George McLaren, Bryce Dallas Howard, Richard Kind, Jay Mohr, Thierry Neuvic. Marie Lelay (De France) é uma jornalista francesa em férias com o amante e chefe que se torna vítima de uma tsunami e sofrendo uma concussão cerebral. George Lonegan (Damon) é um americano solitário que sonha em vivenciar um amor e é pressionado pelo irmão (Mohr) a voltar a ganhar dinheiro com a mediunidade que conquistou após uma experiência limítrofe com a morte. Os gêmeos britânicos Marcus (Frankie McLaren/George McLaren) e Jason (Frankie McLaren/George McLaren) sofrem o cotidiano de conviverem com uma mãe viciada (Howard). Marie é afastada do emprego e aceita e

Filme do Dia: Corra! (2017), Jordan Peele

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C orra! ( Get Out! , EUA, 2017). Direção e Rot. Original: Jordan Peele. Fotografia: Toby Oliver. Música: Michael Abels. Montagem: Gregory Plotkin. Dir. de arte: Rusty Smith &  Chris Craine. Cenografia: Leonard R. Spers. Figurinos: Nadine Haders. Com: Daniel Kaluuya, Alisson Williams, Catherine Keener, Bradley Whitford, Caleb Landry Jones, Marcus Henderson, Betty Gabriel, Lakeith Stanfield, LIlhel Howery. O fotógrafo negro Chris Washington (Kaluuya) aceita o convite de sua namorada branca Rose Armitage (Williams) para conhecer sua família. Seus pais, Missy (Keener) e Dean (Whitford), de tendência progressista e que, aparentemente, pouco se importam com o fato da filha namorar um negro. Porém o que era para ser um final de semana convencional se transforma progressivamente em um terrível pesadelo, com Chris percebendo inicialmente o comportamento estranho dos criados negros da casa, Georgina (Gabriel) e Walter (Henderson), assim como do irmão de Chris, Jeremy (Jones), dos seu

Filme do Dia: Giornale Luce #346 (1943)

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G iornale Luce #346 (Itália, 1943). Com sua banda sonora – e, em menor escala – visual bastante comprometida, esse cinejornal apresenta em sua primeira metade sobretudo uma exibição, extremamente fálica, dos dispositivos de guerra nacionais, sobretudo canhões em rotação ou se erguendo após um segmento dedicado aos submarinos – alguns dos planos envolvendo canhões são bastante próximos do que é observado em produções que buscavam um novo realismo a partir de situações não muito distante das vivenciadas cotidianamente por seus não-atores como La Nave Bianca , de Rossellini e De Robertis. Sua segunda metade destaca sobretudo ações navais e aéreas italianas na frente russa ou na costa da Sicília. Na exibição do grandiloquente máquinas, os homens adqirem coadjuvância, no máximo polindo ou observados na construção do suporte aos mesmos. LUCE. 8 minutos e 49 segundos.

Filme do Dia: Dentro (2014), Bruno Autran

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D entro (Brasil, 2014). Direção e Rot. Original: Bruno Autran. Com: Bruno Autran, Bruno Guida, Antonio Haddad  Aguerre. Fotografia: Kaue Zilli. Dir. de arte: Paulo Maia. Figurinos: Daniel Infantini. Amigos (Guida e Autran) desde a infância se reencontram e uma tensão que remete a vários ressentimentos do passado busca ser desconstruída por um deles. É o aniversário do que hoje se encontra  casado e com filho. Poético e belamente estruturado em um único plano-sequencia (com câmera fixa a maior parte do tempo), caso sejam descontados os créditos, mesmo que não sendo igualmente feliz em termos de diálogos, demasiado banais e lugares-comum do que se adivinha, de fato, ser uma relação mais que de amizade, mais de amor sexuado que, no entanto, desconstrói-se quando o filho do aniversariante o chama para o parabéns. O amargor desse também é demasiado pesado não por parecer inverossímil, mas por se tornar involuntariamente ridículo. O plano-sequencia tira partido de um píer amador e um

Filme do Dia: Reci, reci, reci... (1991), Michaela Pavlátová

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R eci, reci, reci... (Tchecoslováquia, 1991). Direção: Michaela Pavlátová. Animação no qual o estilo peculiar de Pavlátová (realizadora de, entre outros, Repete ) demonstra um dos pontos altos de sua criatividade: em traços básicos, o filme descreve diferentes modos de comunicação em um café lotado. É aí que entra a criatividade da realizadora, que utiliza de diferentes símbolos para representar o amor, o desejo e os conflitos humanos. Existe um pouco de tudo. De um cão alcoólatra até dois velhos que comentam a respeito de mulheres até serem bruscamente interrompidos pela mulher de um deles, ainda que se torne mais relevante a situação de uma mulher que vivencia todas as etapas do enamoramento até a desilusão final em uma única noite e acaba se completando ao escutar   a declaração de um velho garçom ao final. Como em Repete , tampouco aqui Pavlátová necessita de diálogos para construir sua narrativa. 10 minutos.

Filme do Dia: Le Noël de Monsieur le Curé (1906), Alice Guy

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L e Noël de  Monsieur Le Curé (França, 1906). Direção: Alice Guy. Padre descobre se encontrar sem dinheiro para comprar uma pequena imagem de Jesus para a missa de natal.   Oportunisticamente, visita paroquianos mais pobres, sendo muito bem recebido pelo casal. Quando percebe que não conseguirá nenhum dinheiro com eles, resolve partir. Vai então visitar um escultor de posses.   Esse tenta vender uma escultura para o padre, que não possuindo dinheiro suficiente, chama a mulher da casa anterior, que traz uma galinha e ovos, que não são aceitos pelo escultor. Bastante tenso, começa a ministrar a missa de natal, mesmo sem a representação do Jesus bebê. Quando ele e os fiéis começam a orar, no entanto, uma aparição de anjos lhe traz uma pequena imagem, algo que é louvado posteriormente por eles em uma prece de agradecimento. Embora o filme já almeje apresentar o conteúdo que o cura lê ao início – relativo ao natal que faz menção o título – seu plano de detalhe soa um tanto solto dia

Filme do Dia: Onde a Terra Acaba (2001), Sérgio Machado

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O nde a Terra Acaba (Brasil, 2001). Direção e Rot. Original: Sérgio Machado. Fotografia: Antônio Luiz Mendes. Música: Ed Cortês & Antônio Pinto. Montagem: Isabelle Rathery. Dir. de arte: Cássio Amarante & Mônica Costa. Admirável documentário sobre Mário Peixoto (1908-92), realizador de um dos maiores clássicos do cinema brasileiro, Limite (1930). A força do filme advém de sua união de uma bem documentada incorporação de material fotográfico e de arquivo (inclusive, raras cenas do original Onde a Terra Acaba , que seria o segundo filme de Peixoto, jamais concluído e flagrantes da produção de Limite ) a uma sensibilidade que consegue se apropriar de elementos do universo estético do biografado na sua própria forma, no caso em questão a delicadeza e o vagar com que tudo é narrado. Além, é claro, da incorporação na trilha sonora da mesma peça de Satie pensada para Limite e uma evidente pesquisa na utilização da fotografia em p&b. Contando com depoimentos do próprio Pe

Filme do Dia: Bonitinha, mas Ordinária (1963), J.P. de Carvalho

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B onitinha, mas Ordinária (Brasil, 1963). Direção: J.P. de Carvalho. Rot. Adaptado: Jorge Dória, baseado na peça de Nélson Rodrigues. Fotografia: Amleto Daissé. Música: Carlos Lyra. Montagem: Rafael Justo Valverde. Cenografia: José Cajado Filho. Com: Jece Valadão, Odete Lara, Lia Rossi, Marlene Blanco, André Villon, Fregolente, Monah Delacy, Roberto Bataglin, Ida Gomes, Maria Gladys, Milton Carneiro. Edgar (Valadão), rapaz de origem humilde, é “contratado” pelo patrão inescrupuloso Werneck (Fregolente), através de seu intermediário, Peixoto (Villon), para casar sua filha Maria Cecília (Rossi), vítima de estupro coletivo. Porém, Edgar vacila, já que tanto está apaixonado pela vizinha professora, Ritinha (Lara), como teme se transformar em cópia do crápula desesperançado que é Peixoto, também genro de Werneck. A aparência de pureza de Ritinha é desmentida por sua declaração que bancava as irmãs e a mãe inválida se prostituindo, após ter sido violada pelo patrão. Ritinha entra em

Filme do Dia: Férias de Amor (1955), Joshua Logan

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F éri as de Amor ( Picnic , EUA, 1955). Direção: Joshua Logan. Rot. Adaptado: Daniel Taradash, a partir da peça de William Inge. Fotografia: James Wong Howe. Música: George Duning. Montagem: William A. Lyon & Charles Nelson. Dir. de arte: William Flannery & Jo Mielziner. Cenografia: Robert Priestley. Figurinos: Jean Louis. Com: William Holden, Kim Novak, Betty Field, Susan Strasberg, Cliff Robertson , Rosalind Russell, Arthur O’Connell, Verna Felton. Após muitos anos ausente da sua pequena cidade, Hal Carter (Holden) retorna e se   apaixona por Madge Owens (Novak), a mais bela garota da cidade e prometida para seu único amigo de juventude, Alan Benson (Robertson), cujo pai arranja um emprego para ele. A tensão se torna insuportável a partir de um piquenique, no qual Madge não apenas dança com Hal e deixa de lado a irmã menos atraente e jovem, Millie (Strasberg), como sai com ele em seu carro. Alan aciona a polícia, tendo como subterfúgio o fato de Hal ter saído em seu car

Filme do Dia: A Última Ceia (1976), Tomás Gutiérrez Aléa

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A  Última Ceia ( La Última Cena , Cuba, 1976). Direção: Tomás Gutiérrez Aléa. Rot. Adaptado: Tomás Gutiérrez Aléa & Constante Diego, baseado no romance de Moreno Fraginals. Fotografia: Mario García Joya. Música: Leo Brouwer. Montagem: Nelson Rodríguez. Dir. de arte: Carlos Arditi. Figurinos: Lidia Lavallet & Jesús Ruiz. Com: Nelson Villagra, Samuel Claxton, Luiz Alberto Garcia, Jose Antonio Rodriguez, Mario Balmaseda, Idelfonso Tamayo, Julio Hernandez. Em um engenho cubano no século XVIII, um senhor de engenho, apiedado da condição de seus escravos e influenciado pela moral cristã, decide oferecer um lauto banquete para doze deles na noite que antecede a sexta-feira santa, após uma cerimônia do lava-pés em que ele próprio, o Conde (Villagra) já fizera questão de beijar os pés dos escravos.   Durante o banquete, o Conde se embriaga e consegue atender a alguns apelos dos escravos, demonstrando certa resignação e auto-controle até mesmo quando o escravo mais rebelde entre

Filme do Dia: O Tambor (1979), Volker Schlöndorff

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O   Tambor ( Die Blechtrommel , Al. Ocidental/França/Polônia/Iuguslávia, 1979). Direção: Volker Schlöndorff. Rot. Adaptado: Jean-Claude Carriére, Volker Schlöndorff & Frank Seitz, a partir do romance de Günter Grass. Fotografia: Igor Luther. Música: Maurice Jarre. Montagem: Suzanne Baron. Dir. de arte: Piotr Dudzinsk, Zeljko Senecic & Nicos Perakis. Cenografia: Marijan Marcius, Edouard Pezzolli & Paul Weber. Figurinos: Inge Heer, Dagmar Niefind & Yoshio Yabara. Com: David Bennent, Mario Adorf, Angela Winkler, Katharina Thalbach, Daniel Olbrychski, Charles Aznavour, Tina Engel, Berta Drews, Roland Teubner, Mariella Oliveri. Dantzig. Oskar Matzerath (Bennent) é uma criança que decide, aos três anos, por sua livre decisão, parar de crescer após se jogar da escadaria da adega de sua família. Além de não mais crescer, Oskar consegue lançar um grito tão agudo que estilhaça vidros. Sua mãe, Agnes (Winkler), divide-se entre o marido comerciante e bonachão, Alfred (Adorf

Filme do Dia: Make Mine Freedom (1948), William Hanna & Joseph Barbera

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M ake Mine Freedon (EUA, 1948). Direção: William Hanna & Joseph Barbera. Essa peça de propaganda da Guerra Fria contrapõe sem a menor sutileza uma América com liberdade de expressão e livre iniciativa que culminou na nação mais economicamente avançada do mundo e os “ismos” que não chegam a ser citados pelo nome, mas no qual evidentemente se encontram o socialismo, comunismo e anarquismo. Tudo isso é apresentado através, basicamente, de um confronto em um parque onde o Dr. Utopia pretende vender suas loções “ismos” para um punhado de homens que representam tipos bem definidos como o empresário, o agricultor, etc. Porém, um homem que se encontrava deitado em um banco acaba pregando tudo o que há de magnífico no país e para completar pede que eles tomem a beberagem. Logo eles se virão esmagados enquanto indivíduos pelo enorme braço do estado que sufoca qualquer tipo de poder diferenciado como o sindicato, a posse individual de bens e o livre discurso. Ironicamente, a reação a es

Filme do Dia: Mary Poppins (1964), Robert Stevenson

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M ary Poppins (EUA, 1964). Direção: Robert Stevenson. Rot. Adaptado: Bill Walsh & Don DaGradi, a partir dos livros Mary Poppins , de P.L. Travers. Fotografia: Edward Colman. Música: Irwin Kostal. Montagem: Cotton Warburton. Dir. de arte: Carroll Clark & William H. Tunkte. Cenografia: Hal Gausman & Emile Kuri. Figurinos: Tony Walton. Com: Julie Andrews, Dick Van Dyke, David Tomlinson, Karen Dotrice, Matthew Garber, Glynis Johns, Hermione Baddeley, Reta Shaw, Elsa Lanchester, Reginald Owen, Jane Darwell, Ed Wynn. Na Inglaterra da virada do século, na   família Banks, mais uma babá pede as contas por conta das travessuras dos garotos Jane (Dotrice) e Michael (Garber). Seu pai, o pouco afetuoso e calculado banqueiro George (Tomlinson) culpa a mãe, a sufragista Winnifred (Johns) por não ter se disposto com afinco na escolha e promete ele mesmo cuidar do caso, pondo um anúncio no Times . Porém uma ventania dispersa todas as inumeráveis candidatas e leva a carta escrita pe

The Film Handbook#172: Ridley Scott

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Ridley Scott Nascimento: 30/11/1937, South Shields, Inglaterra Carreira  (como diretor): 1977- Ainda que os filmes que Ridley Scott escolheu realizar sugiram um diretor de considerável ambição, não é certo que se possa levá-lo muito a sério até que supere sua inabilidade para contar uma história com clareza ou criar personagens críveis e intensas. Demasiado preocupado com o visual das coisas, sua obra é frequentemente previsível, mesmo incoerente. Scott já havia se estabelecido como diretor de espalhafatosos comerciais quando realizou sua estreia em longa-metragem com Os Duelists / The Duelists , uma bombástica, ainda que visualmente suntuosa, adaptação de um conto de Joseph Conrad, sobre uma disputa obsessiva entre dois oficiais durante as Guerras Napoleônicas. Porém foi a sanguinolenta e nada prazerosa ficção-científica de horror Alien - O Oitavo Passageiro / Alien > 1  o primeiro a sugerir o seu potencial de bilheteria: infundindo o banal enredo no estilo  da Velha Casa S