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Filme do Dia: Aplausos (1929), Rouben Mamoulian

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A plausos ( Applause , EUA, 1929). Direção: Rouben Mamoulian. Rot. Adaptado: Garret Fort, baseado no romance de Beth Brown. Fotografia: George J. Folsey. Montagem: John Bassler. Com: Helen Morgan, Joan Peers, Fuller Mellish Jr., Jack Cameron, Harry Wadsworth, Roy Hargrave, Doroth Cumming, Mack Gray, Jack Singer. Kitty Darling (Morgan) é uma artista de vaudeville que decide enviar a filha, April (Peers) para longe do mundo do entretenimento. Porém, a saída da mesma do colégio católico a leva ao contato conflituoso com a cidade grande, o mundo da boemia e um padrasto abusivo. Numa incursão solitária, Kitty encontra o marinheiro Tony (Wadsworth), por quem se apaixona e promete casar. Com a decadência da carreira da mãe, no entanto, Kitty se sente obrigada em assumir as obrigações com o mundo do vaudeville, o qual detesta, e rompe relações com o noivo Tony. A mãe, sem saber do ocorrido e recusada por outros empresários do meio, decide se suicidar. Helen estréia no palco e, para sua s

The Film Handbook#198: Bob Rafelson

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Bob Rafelson Nascimento: 21/02/1933 Carreira  (como diretor): 1968-2003 Um dos mais eloquentes talentos cinematográficos trabalhando os temas da desilusão e alienação tão em voga nos idos dos anos 70, Bob Rafelson tem recentemente sucumbido em rasas e pretensiosas variações sobre os motivos dos thrillers tradicionais. Sua obra inicial, no entanto, é digna de nota por seu humor lacunar e abordagem oblíqua para com a narrativa. Rafelson passou a maior parte de sua juventude viajando nos Estados Unidos e na Europa antes de iniciar um curso de filosofia. Desistindo do mesmo, conseguiu trabalho como roteirista para a televisão, onde se tornou famoso como criador (juntamente com Bert Schneider) do grupo pop The Monkees. Após co-produzir e escrever uma série de enorme sucesso estrelado pela banda, realizaria sua estreia na direção com eles em Os Monkees Estão de Volta / Head , um mistura de música, comédia e imagens de arquivo tipicamente psicodélica e tola, talvez mais lembrada por

Filme do Dia: O Grande Ditador (1940), Charles Chaplin

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O Grande Ditador (EUA, 1940). Direção e Rot.Original: Charles Chaplin.  Fotografia: Karl Struss & Roland Totheroh. Música: Meredith Wilson & Charles Chaplin. Montagem: Willard Nico.  Dir. de arte: J. Russell Spencer. Cenografia: Edward G. Boyle.  Figurinos: Ted Tetrick. Com: Charles Chaplin, Paulette Godard, Jack Oakie, Reginald Gardiner, Henry Daniel, Billy Gilbert, Grace Hayle, Maurice Moscovitch. Um barbeiro judeu na Tomânia (Chaplin), amnésico desde a queda de um avião em combate na I Guerra Mundial entra em conflito com soldados judeus, sendo salvo no último minuto pelo oficial tomanês (Gardiner)que ajudou a salvar a vida e despertando a simpatia de outra moradora do gueto, Hannah (Godard). Enquanto isso, o ditador da Tomânia Adenoid Hynkel (Chaplin) promete uma trégua aos judeus se conseguir obter financiamento de um grande banqueiro judeu. Como não consegue, a repressão continua. Hynkel é preso, confundido com o barbeiro, enquanto o barbeiro é recebido com hon

Filme do Dia: Pão e Tulipas (2000), Silvio Soldini

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P ão e Tulipas ( Pane e Tulipane , Itália, 2000). Direção: Silvio Soldini. Rot. Original: Doriana Leondeff & Silvio Soldini. Fotografia: Luca Bigazzi. Música: Giovanni Venosta. Montagem: Carlotta Cristiani. Dir. de arte: Paola Bizzarri. Figurinos: Silvia Nebiolo. Com: Licia Maglietta, Bruno Ganz, Marina Masironi, Guiseppe Batiston, Felice Andreaci, Antonio Catania, Tiziano Cuchiarelli.          Rosalba Barletta (Maglietta) é uma típica dona de casa de classe média italiana que segue em excursão com a família, composta pelo marido Mimmo (Catania) e os dois filhos. Porém o ônibus parte e Rosalba decide fazer uma viagem por sua conta e risco, indo parar em Veneza. Depois de perder o trem do dia seguinte e conseguir alojamento com o garçom de um pequeno restaurante local que pensa em suicidar-se, Fernando Girasoli (Ganz), ela consegue emprego na floricultura de um velho rabugento, Fermo (Andreasi). O marido resolve contratar um atrapalhado detetive, Constantino (Batiston) para en

Agnès Varda (1928-2019)

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Triste demais com essa perda para poder esboçar qualquer coisa. Os filmes dessa cineasta nascida na Bélgica falam por si. Vi apenas alguns. Uma porção ainda menor chegou a ter resenhas postadas aqui no blog. São de períodos distintos da realizadora: Cléo de 5 às 7 , de 1962, foi sua estréia no longa-metragem, já apresentando sua sensibilidade no trato de protagonistas femininas e também no uso da própria imagem, tributário de sua formação enquanto fotógrafa; As Duas Faces da Felicidade , de 1965, chama a atenção pela honestidade com a qual aborda os temas amorosos, com bem dosada ironia; Jacquot de Nantes , de 1991, foi um comovente tributo ao seu marido morto, o também cineasta Jacques Demy  e o tema da memória, que ocupa uma parcela importante do documentarismo da realizadora dos anos 90 em diante, com Os Respigadores e a Respigadora , de 2000. Vi-a em Fortaleza, assim como esse último filme, anos atrás (sou péssimo com datas), bastante agitada com uma projeção que iniciara em form

Filme do Dia: Eles Não Usam Black-Tie (1981), Leon Hirzsman

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E les Não Usam Black-Tie (Brasil, 1981). Direção: Leon Hirzsman. Rot. Adaptado: Leon Hirzsman, baseado em peça de Gianfrancesco Guarnieri. Fotografia: Lauro Escorel. Música: Adoniram Barbosa, Chico Buarque & Gianfrancesco Guarnieri. Montagem: Eduardo Escorel. Dir. de arte: Jefferson Albuquerque, Francisco Osório & Marcos Weinstock. Figurinos: Yurika Yamasaki. Com: Carlos Alberto Ricelli, Bete Mendes, Gianfrancesco Guarnieri, Fernanda Montenegro, Milton Gonçalves, Lélia Abramo, Rafael de Carvalho, Fernando Ramos da Silva. Tião (Ricelli) possui planos de se casar e constituir família com a também operária Maria (Mendes). Ele é filho do veterano líder sindical Otávio (Guarnieri) e da dona de casa Romana (Montenegro). Maria se encontra grávida e o noivado deles se encontra planejado para dentro de duas semanas. Durante esse período, no entanto, os sonhos dos dois são atropleados pela realidade. O pai de Maria, alcoólatra, é assassinado quando retornava para casa, o que a to

Filme do Dia: Noites Longas, Manhãs Breves (1978), William Klein

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N oites Longas, Manhãs Breves ( Grand Soirs, Petit Martins , França, 1978). Direção e Rot. Original: William Klein. Fazendo uso de estratégias tipicamente observacionais, esse documentário, realizado na celebração da primeira década do movimento de Maio de 1968, tornar-se-ia uma referência inescapável a já extensa filmografia sobre o movimento. Impressiona a quantidade (e qualidade) do frenético dialogismo que parece ter tocado a todos no momento, mesmo se levando em conta o evidente recorte de um realizador que buscava grupos a conversar nas ruas ou debates intelectuais na academia. Tão sorrateiramente quanto chega também se evade – em umas poucas vezes com intromissão de alguém que está sendo filmado, seja através de uma mão direcionada à lente que filma ou a indagação se há autorização para ele se encontrar filmando. Os donos da palavra são predominantemente homens e jovens (alguns senhores também detém a palavra) como alertara Moreira Salles em sua revisão algo melancólica

Filme do Dia: Trumbo: Lista Negra (2015), Jay Roach

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T rumbo: Lista Negra ( Trumbo , EUA, 2015). Direção: Jay Roach. Rot. Adaptado: John McNamara, a partir do livro de Bruce Cook. Fotografia: Jim Denault. Música: Theodore Shapiro. Montagem: Alan Baumgarten. Dir. de arte: Mark Ricker, Lisa Marinaccio & Jesse Rosenthal. Cenografia: Cindy Carr. Figurinos: Daniel Orlandi. Com: Bryan Cranston, Diane Lane, Louis C.K., David Maldonado, Helen Mirren, Michael Stuhlbarg, Elle Fanning, John Goodman, Roger Bartm Dean O’Gorman, Christian Berkel, David James Elliot, Madison Wolfe, John Getz, James DuMont, Alan Tudyk, Richard Portnow, Adewale Akinnuoye-Agbaje. Dalton Trumbo (Cranston), então roteirista mais bem pago de Hollywood, após o final da Segunda Guerra Mundial, rapidamente cai em desgraça junto aos estúdios por ser filiado ao Partido Comunista. A pressão de nomes dentro da própria indústria como o da colunista Hedda Hopper (Mirren) e do ator John Wayne (Elliot), somado a investigação empreendida pelo senador J. Parnell Tomas (DuMon

Filme do Dia: Happiness (2017), Steve Cutts

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H appiness (Reino Unido, 2017). Direção: Steve Cutts. Em um mundo entupido de ratos, a fórmula da felicidade é vendida como um dardo viciado que entope todos os poros e cega qualquer pretensão de se ir além do ciclo interminável que envolve trabalho e consumo, em megalópoles atoladas de gente e dominadas pelos anúncios publicitários. Talvez o que exista de longe mais interessante nesse curta de animação (acompanhado, à exceção do delírio de um mundo roséo da fantasia, em que o próprio personagem ganha uma composição física completamente distinta, em que se escuta o tema de Grieg, da música de Bizet) sejam os próprios traços de seu desenho, além do que, evocativos do próprio mundo dos anúncios publicitários que pretende criticar. E de onde o próprio realizador é proveniente, diga-se de passagem. Já do roteiro e da forma que encaminha a tentativa de seu herói de fugir do “pesadelo contemporâneo”, encarnado por uma evidente alusão ao filme de Vidor A Turba (1928) não se pode es

Filme do Dia: Japanicky (1928), Otto Mesmer

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J apanicky (EUA, 1928). Direção: Otto Mesmer. Félix se empolga com duelos de jiu-jitsi que espia clandestinamente. Após aparentemente ter se tornado um adepto da arte marcial, ele põe à prova seus novos conhecimentos, não se saindo bem apenas com um bode que o chifra até o Japão. Lá ele inova ao tornar do conhecimento dos japoneses a cadeira ocidental. Suas licenças ao universo da fantasia, nada incomuns na série, incluem a chifrada de um bode que leva Félix ao Japão. E um Japão ainda sem vislumbre de ocidentalização, que Félix evidentemente traz, como quando transforma o 4 de um calendário em uma cadeira para uma senhora japonesa, que acha-a de imediato mais confortável e o recompensa. Fazendo o mesmo coletivamente a partir de sua risada, logo a cadeira se tornando a coqueluche local. Destaque para o fato que Félix foi expulso do curso de jiu-jitsu de forma similar a do cinema em Flim Flam Films , agregando uma situação marginal ao personagem não distante da vivenciada pelos n

The Film Handbook#197: Charles Laughton

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Charles Laughton Nascimento: 01/07/1899, Scarborough, Inglaterra, Reino Unido Morte : 15/12/1962, Hollywood, Califórnia, EUA Famoso como ator de teatro e cinema, Charles Laughton dirigiu somente um filme, O Mensageiro do Diabo / Night of the Hunter > 1 . Penosamente para Laughton, foi um fracasso de público e crítica à época de seu lançamento; com o passar dos anos, no entanto, tem sido considerado como um dos melhores, além de um dos mais excêntricos, filmes que jamais emergiu de Hollywood. O enorme talento de Laughton, aparência única (que ele próprio se referia com asco) e frequente estilo extravagante asseguraram seu sucesso inicial no teatro e no cinema: suas mais impressionantes interpretações para o cinema incluem seus trabalhos em A Casa Sinistra / The Old Dark House , de Whale , Os Amores de Henrique VIII  e Rembrandt  de Korda, seu Bligh em O Grande Motim / Mutiny on the Bounty , Quasímodo em O Corcunda de Notre-Dame / The Hunchback of Notre Dame de Dieterle , Esta

Filme do Dia: Feira de Amostras (1933), Henry King

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Feira de Amostras ( State Fair , EUA, 1933). Direção: Henry King . Rot. Adaptado: Paul Green & Sonya Levien, baseado no romance de Philip Stong. Fotografia: Hal Mohr. Música: Val Burton, Louis De Francesco, Ray Flynn & Will Jason. Montagem: Robert Bischoff. Dir. de arte: Duncan Cramer. Figurinos: Rita Kaufman. Com: Janet Gaynor, Will Rogers , Lew Ayres, Sally Eilers, Norman Foster, Louise Dresser, Frank Craven, Victor Jory. Família de fazendeiros tem sua monótona rotina transformada com os preparativos para a feira em um lugarejo próximo. Enquanto Abel Frake (Rogers), o pai, preocupa-se com o porco Blue Boy mais que com qualquer membro da família, a mãe, Melissa (Dresser), ocupa-se com o concurso de picles e compotas. Os filhos Margy (Gaynor) e Wayne (Foster) encontram novos amores na feira. Margy se encanta pelo repórter Pat Gilbert (Ayres). Wayne pela trapezista Emily Joyce (Eilers). Para Margy, tal situação não deixa de lhe perturbar pois além dela possuir um

Filme do Dia: Poulet au Vinaigre (1985), Claude Chabrol

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P oulet au vinaigre (França, 1985). Direção: Claude Chabrol. Rot. Adaptado: Dominique Roulet   &   Claude Chabrol, baseado no romance Une mort en trop, de Dominique Roulet. Fotografia: Jean Rabier. Música: Matthieu Chabrol. Montagem: Monique Fardoulis. Dir. de arte: Françoise Benoît-Fresco. Figurinos: Magali Fustier-Dray & Georges Memmi. Com: Jean Poiret, Stéphane Audran, Michel Bouquet, Jean Topart, Lucas Belvaux, Pauline Lafont, Jean-Claude Bouillaud, Andrée Tainsy, Caroline Cellier, Josephine Chaplin.              Um grupo de inescrupulosos empresários, Lavoisier (Bouquet), Philippe Morasseau (Topart) e Filiol (Bouillaud), pretende a todo custo forçar a Sra. Cuno (Audran), renitente viúva inválida, que vive em uma mansão decadente com o filho Louis (Belvaux), a vender sua propriedade. A situação torna-se mais complexa com o desaparecimento da mulher de Philippe, Delphine (Chaplin) e o assassinato de Anna Foscarie (Cellier). Por sua vez, o detetive designado para o ca

Filme do Dia: No Intenso Agora (2017), João Moreira Salles

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N o Intenso Agora (Brasil, 2017). Direção e Rot. Original: João Moreira Salles. Música: Rodrigo Leão. Montagem: Eduardo Escorel & Lais Lifschitz. Salles efetua uma leitura pessoal das imagens vinculadas ao maio de 68 francês a partir de fontes iconográficas do evento, assim como de balizas que possuem paralelos temporais (e também um valor afetivo no caso da recorrente imagem-punctum da mãe) como são as imagens domésticas de uma viagem à China vivida pela mãe, da Primavera de Praga e da morte do estudante Edson Luís no Brasil em 1968. No caso do último, trata-se de um bloco do documentário que avalia como foram tratadas vítimas dos eventos sociais na França, Tchecoslováquia e Brasil. Como Santiago , seu filme anterior, de dez anos antes, é um ensaio que se beneficia da passagem do tempo para efetivar uma reflexão sobre imagens produzidas em um momento outro – no caso de seu filme prévio, uma década de distância, aqui meio século, e igualmente com uma voz over propiciada p

Filme do Dia: Curtain Razor (1949), Friz Freleng

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C urtain Razor (EUA, 1949). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Tedd Pierce. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Gaguinho é um empresário que não se abala com os supostos dotes artísticos de seus candidatos, dentre eles uma astuta raposa que irrompe ocasionalmente em seu escritório, dizendo-lhe que possui um número que somente pode ser executado uma única vez. Gaguinho finalmente acede ao desejo da raposa e essa acaba por ingerir vários venenos e explosivos, acendendo um fósforo em seguida. Torna-se mais interessante pela sucessão de gags que apresenta partindo de uma situação única, algo longe de incomum na animação contemporânea, diga-se de passagem, do que propriamente pela elaboração de uma linha narrativa mais convencional. Destaque para o momento em que uma tartaruga apresenta o dom de imitar inúmeras vozes, incluindo a de Pernalonga. O ápice da radicalidade da busca de convencimento através do sensacional, aqui referente ao próprio suicídio do artista, seria

Filme do Dia: Nostalgia da Luz (2010), Patricio Guzmán

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N ostalgia de Luz ( Nostalgia de la  Luz ,   Chile, 2010). Direção e Rot.Original: Patricio Guzmán. Fotografia:  Katell Djian. Música: Miguel Miranda & José Miguel Tobar. Montagem: Patricio Guzman & Emmanuelle Joly. Documentário que faz uma original correlação entre astrônomos que observam os corpos celestes e as parentes de desaparecidos que escavam no árido solo, também do deserto do Atacama, em busca de outros corpos, o de seus irmãos, pais, etc. A licença poética da astronomia, por mais interessante que seja, inclusive incluindo a “memoriografia” do próprio Guzmán a respeito do seu interesse, assim como nacional, ainda que amador, pela astronomia, e de fato o é e acaba sendo, em grande parte responsável pelo que torna esse documentário diferenciado de qualquer aproximação mais habitual do que seria um abordagem convencional,   servindo mais como pretexto para que o filme se centre efetivamente no seu retorno a um tema espinhoso da história recente do país; a determi

Filme do Dia: Frances Ha (2012), Noah Baumbach

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F rances Ha (EUA, 2012). Direção: Noah Baumbach. Rot. Original: Noah Baumbach & Greta Gerwig. Fotografia: Sam Levy. Montagem: Jennifer Lame. Dir. de arte: Sam Lisenco. Cenografia: Hannah Rothfield. Com: Greta Gerwig, Mickey Summer, Michael Esper, Adam Driver, Michael Zegen, Charlotte d’Ambroise, Grace Gummer, Daiva Deupree. Frances (Gerwig), 27 anos, mora em Nova York e, ao contrário da maior parte das pessoas que conhece ou seus amigos, parece ainda bastante incerta sobre que rumo seguir na vida. Ela divide o apartamento com a amiga Sophie (Summer), de quem possui dependência emocional. Frances não consegue ir além de estudante na companhia de dança que se encontra engajada. Emocionalmente instável, rompe com o namorado ao decidir não morar com ele. E, a partir de um impulso ocasional, em meio a uma situação social de pessoas com mais posses, viaja para um final de semana em Paris. Na segunda tem uma entrevista com a diretora do ballet Colleen (d’Ambroise), que lhe oferece

Filme do Dia: Ladrões de Bicicleta (1948), Vittorio De Sica

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Ladrões de Bicicletas ( Ladri di Biciclette , Itália, 1948). Direção: Vittorio De Sica. Rot. Adaptado: Oreste Biancoli, Suso Cecchi  D´Amico, Vittorio De Sica, Adolfo Franci, Gherardo Gerardi, Gerardo Guerrieri & Cesare Zavattini, baseado no romance de Luigi Bartolini. Fotografia: Carlo Montuori. Música: Alessandro Cicognini. Montagem: Eraldo Da Roma. Dir. de arte: Antonio Traverso. Com: Lamberto Maggiorani, Enzo Staiola, Lianella Carell, Gino Saltamerenda, Vittorio Antonucci, Giulio Chiari, Elena Altieri, Carlo Jachino. Em plena crise econômica que atinge a Itália após a Segunda Guerra Mundial, o desempregado Antonio Ricci (Maggiorani), por sugestão da esposa Maria (Carell) vende o enxoval de casa para comprar a bicicleta que lhe servirá como instrumento de trabalho, colando cartazes de filmes nos muros da cidade. Porém, no primeiro dia de trabalho sua bicicleta é roubada. Com ajuda do filho pequeno Bruno (Staiola), ele inicia uma longa peregrinação atrás do ladrão. Vai até