Filme do Dia: Poulet au Vinaigre (1985), Claude Chabrol


Poulet au vinaigre Poster

Poulet au vinaigre (França, 1985). Direção: Claude Chabrol. Rot. Adaptado: Dominique Roulet  &  Claude Chabrol, baseado no romance Une mort en trop, de Dominique Roulet. Fotografia: Jean Rabier. Música: Matthieu Chabrol. Montagem: Monique Fardoulis. Dir. de arte: Françoise Benoît-Fresco. Figurinos: Magali Fustier-Dray & Georges Memmi. Com: Jean Poiret, Stéphane Audran, Michel Bouquet, Jean Topart, Lucas Belvaux, Pauline Lafont, Jean-Claude Bouillaud, Andrée Tainsy, Caroline Cellier, Josephine Chaplin.
             Um grupo de inescrupulosos empresários, Lavoisier (Bouquet), Philippe Morasseau (Topart) e Filiol (Bouillaud), pretende a todo custo forçar a Sra. Cuno (Audran), renitente viúva inválida, que vive em uma mansão decadente com o filho Louis (Belvaux), a vender sua propriedade. A situação torna-se mais complexa com o desaparecimento da mulher de Philippe, Delphine (Chaplin) e o assassinato de Anna Foscarie (Cellier). Por sua vez, o detetive designado para o caso, Lavardin (Poiret), utiliza métodos pouco ortodoxos para obter confissões de seus suspeitos. Preso a mãe possessiva, Louis, que trabalha nos correios, liberta-se desse fantasma (ou, pelo menos o transfere) quando passa a se relacionar com sua companheira de trabalho, Henriette (Lafont), que o seduz. Nem mesmo a tentativa frustrada de atear fogo a casa, faz com que Louis mude de idéia.
Mesmo que o filme  mais significativo realizado por Chabrol na década de 80, não se encontra ao patamar de originalidade, na criação de uma atmosfera e narrativa peculiares de  filmes realizados pelo cineasta na década de 60, como Mulher Infiel (1969) e O Açougueiro (1969). Além de menos conciso que as produções anteriores, o que em grande parte certamente se deve ao fato de tratar-se de uma adaptação, também se ressente de um desnecessário tributo a um dos ídolos de Chabrol, Hitchcock. A relação entre o filho submisso e a mãe inválida de Psicose é óbvia, e Chabrol ainda a deixa mais explícita na seqüência que o filho leva a mãe para o porão e desce as escadas, repetindo um plano do célebre filme do cineasta inglês. Pior que isso, no entanto, é a própria clicherização tipicamente hitchockiana que representam esses dois personagens. Por outro lado, alguns dos trunfos do filme são a presença de Lavardin (que reapareceria em dois filmes posteriores do cineasta), um inspetor que não se esquiva de exercer seus ímpetos sádicos, seja esmurrando ou asfixiando seus investigados e o nível de sobriedade com que toda a história é descrita. MK2 Productions . 110 minutos                      

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Filme do Dia: Der Traum des Bildhauers (1907), Johann Schwarzer

Filme do Dia: El Despojo (1960), Antonio Reynoso

Filme do Dia: Quem é a Bruxa? (1949), Friz Freleng