Filme do Dia: Les Jeux des Anges (1964), Walerian Borowczyk
Les
Jeux des Anges (França, 1964). Direção e Rot. Original: Walerian Borowczyk.
Fotografia: Gérard Cox & Francis Pronier. Música: Bernard Parmegiani.
Montagem: Claude Blondel.
A
aparente evocação do genocídio e sua racionalidade orquestrada parece ressoar
de forma um tanto simbólica, beirando a abstrata, nesse curta do realizador
polonês, que faz uso de cânticos de prisioneiros em campos de concentração na
sua banda sonora, assim como dos sons de um órgão que, a determinado giro de
ângulo, transforma-se em carabinas que disparam, numa provável alusão a uma
civilização que gerou arte e cultura elevadas, mas igualmente a barbárie.
Inicia e finda com imagens bastante escurecidas e uma banda sonora de vagões de
trem em movimento. Há uma secura e impessoalidade em todo o ritual, com paredes
frias e nuas e, há determinado momento, corpos sendo decapitados em série,
embora sua representação seja pouco antropomorfizada. A imagem da asa (de um
anjo como sugere o título?) decepada, aliás, ganha ascendência provavelmente
sobre qualquer outra. Les Cinéastes Asssciés. 12 minutos.
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