O Dicionário Biográfico de Cinema#153: Tom Stoppard
Tom Stoppard (Tomas Straussler), n. Zlín, Tchecoslováquia, 1937
Aconteceu que escrevi esta peça imediatamente após fazer a entrada sobre Clifford Odets. Não importa qualquer comparação entre os dois, enquanto dramaturgos. Odets parece-me um homem e um escritor que era obcecado com o cinema e encenava o seu próprio papel; Stoppard, não importando seu Oscar de roteiro - por Shakespeare in Love [Shakespeare Apaixonado] (98, John Madden) - tendo dirigido um filme, Rosencrantz and Guildenstern are Dead [Rosencratz & Guildenstern Estão Mortos] (90), e seus diversos roteiros, parecendo-me essencialmente distante da indústria cinematográfica. É profundamente preocupado com a linguagem, os níveis de realidade, e a encenação teatral. Está longe de ser destituído de charme, ainda que não aparente investir um interesse em ser "Tom Stoppard".
Naturalmente as coisas podem mudar. Seu trabalho em Shakespeare Apaixonado foi provavelmente vital para o sucesso do filme, e parece que o escritor ficou ao menos intrigado com o meio. Por outro lado, Stoppard hoje é mais velho que Odets quando morreu. E enquanto muito dos pronunciamentos derradeiros de Odets foram dado a lamentações sobre o que havia perdido, Stoppard é o autor regular de suas próprias peças.
Enquanto roteirista, também trabalhou em The Romantic Englishwoman [A Inglesa Romântica] (75, Joseph Losey); de Nabokov, Despair (78, Rainer Werner Fassbinder); de Graham Greene, The Human Factor [O Fator Humano] (79, Otto Preminger); Brazil (85, Terry Gilliam); de J.G. Ballard, Empire of the Sun [Império do Sol] (87, Steven Spielberg), seu filme mais interessante; The Russia House [A Casa da Rússia] (90, Fred Schepisi); Billy Bathgate [Billy Bathgate, o Mundo a seus Pés] (91, Robert Benton); para a TV, Poodle Springs [Intriga Mortal] (98, Bob Rafelson); Vatel [Vatel, um Banquete para o Rei] (00, Roland Joffé); Enigma (01, Michael Apted). Fez um roteiro para The Golden Compass [A Bússola de Ouro], mas foi rejeitado. Então, no mesmo ano fez uma adaptação terrível de Anna Karenina (12, Joe Wright) e uma sublime para Parade's End (12, Susanna White).
Texto: Thomson, David. The New Biographical Dictionary of Film. N. York: Alfred A. Knopf, 2014, p. 2.548-49.
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