Filme do Dia: Pozar (1976), Witold Giersz
Pozar (Polônia, 1976). Direção e Rot. Original:
Witold Giersz. Fotografia: Jan Tkczyk. Música: Jacek Ostaszewski. Montagem:
Hanna Michalewicz.
Praticamente todo curta de Giersz é uma
experiência estética. A beleza da técnica de animação utilizada, dá a impressão do filme ser
construído como pinceladas de um artista plástico, ao mesmo tempo que
ressaltando a trajetória do movimento de
animais e plantas. São as explosões dessas novas cores que, muitas vezes,
representam a chegada de novos elementos na cena retratada na floresta, seja
uma raposa vermelha entre a predominância do azul, ou a verdadeira maré de
fumaça cinza. Embora Giersz cite o Impressionismo como influência constante de
sua obra, nesse curta algumas das técnicas utilizadas por Van Gogh parecem mais
próximas. A música, como no anterior Czerwone
i Czarne (1964) duplica os efeitos, acenando para os ruídos e até mesmo uma
referência evocativa de uma sirene de bombeiros para a floresta já agora em
chamas. Simula um plano ponto de vista ótico a partir do bisão que foge em
desespero das chamas, mas que depois se transforma em um plano convencional, e
observa-se o próprio animal no quadro. Ao cenário desolador, mesmo
apocalíptico, que se segue ao fogo que dá título ao filme, anseia-se por
indícios de renascimento da vida, na esteira das chuvas torrenciais. E é o que
de fato ocorre, reiniciando o ciclo da vida. Studio Miniatur Filmowych. 7
minutos e 40 segundos.
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