Filme do Dia: O Morcego (1930), Yasuji Murata
O Morcego (Manga: Komori, Japão, 1930). Direção:
Yasuji Murata. Rot. Original: Chuzo Aoji, a partir de seu próprio argumento.
Houve um tempo em que os pássaros
guerrearam com as bestas. Os morcegos ficaram do lado dos pássaros, porém
quando esses deram mostras de perderem para as bestas, aproximaram-se das
últimas. Com um acordo de paz firmado, as estratégias espúrias dos morcegos
vieram à tona e tais animais, de tão envergonhados que ficaram, resolveram sair
somente à noite.
Talvez o que seja mais curioso nessa
fábula moral, infelizmente com cartelas destituídas de tradução e virtualmente
impossível de se compreender a trama sem o auxílio de sinopses externas à
imagem, seja a ausência de personagens principais, função que aparentemente
flerta com um outro personagem – tal como é o caso do rato que faz do gato seu
cavalo – mas sem se deter nele. Além da presença de imagens incomuns na
animação ocidental, tal como um guerreiro cortado em dois, por mais que
posteriormente seu corpo volte a se unir, rendendo-se às convenções da animação
ocidental mais que a iconografia da época dos samurais que esse curta de
animação pretende emular. Curiosamente, Murata trabalha aqui com um universo
integralmente antropomorfizado, ao contrário de O Caroço Roubado, realizado
no ano anterior. Yokohama Cinema Shokai. 10 minutos e 31 segundos.
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