Filme do Dia: Senza Mostra (2011), Jean-Claude Rousseau
Senza Mostra (França, 2011). Direção:
Jean-Claude Rousseau.
Veneza enevoada. Turistas e moradores
trafegam por ruas de calçada estreita. Postam-se ao redor de um monumento.
Esperam, não sem certa ansiedade, o barco. Um barco apita várias vezes.
Gôndolas estacionadas e vazias. Feito aparentemente com os ruídos que captou do
ambiente filmado, mesmo que retrabalhados posteriormente, o curta de Rousseau
evoca talvez as filmagens dos pioneiros Lumière, ainda destituídos do afã de
registrar algo “digno de nota”. E, é claro, através de vários planos, porém
todos, como na maior parte daquelas produções, fixos. É a poética do cotidiano,
do momento que se sente, provavelmente mais intensamente que naqueles – talvez
devido ao distanciamento temporal daqueles? A subjetividade também estará mais
presente que nas imagens dos irmãos franceses de mais de um século antes desse?
Quase certamente, mesmo que não ao ponto das intenções (aparentemente obscuras)
de seu realizador. 11 minutos.
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