Filme do Dia: The Life and Times of Count Luchino Visconti (2002), Adam Low
The Life and Times of Count Luchino Vsconti (Reino
Unido, 2002). Direção: Adam Low. Fotografia: Dewald Aukema. Montagem: Sean
Mackenzie & Michael Sanders.
Documentário que
apresenta numa trajetória panorâmica o habitual recorte biográfico que
entrelaça vida pessoal e obra artística. No caso em questão de Don Luchino
Visconti (1906-1976), um dos mestres do cinema mundial. Que não se espere uma
postura crítico-reflexiva diante da obra do realizador. Ou de uma compreensão
dela em cotejo com o cinema italiano de seu tempo. Sem tom é laudatório e se
cerca de um número impressionante de depoentes que inclui desde familiares até
técnicos, roteiristas e membros do elenco de suas produções, além,
evidentemente, de alguns trechos de entrevistas do próprio realizador. Nascido
de uma família aristocrática e das mais ricas de Milão, Visconti se destacaria
inicialmente como jóquei nos anos 1920 – há imagens suas vencendo um prêmio de
relevância nacional. Depois, surge seu interesse pelas artes, pela ópera e pelo
cinema. Nesse, inicia pelas mãos de Jean Renoir, de quem foi assistente, e de
quem ouvimos o quanto fora importante a colaboração de seus assistentes de
direção, todos tornados célebres posteriormente (além de Visconti,
Cartier-Bresson se encontrava entre os assistentes). Sua passagem para a
própria direção, com Obsessão (1942)
e subsequente carreira, passando por clássicos como Rocco e Seus Irmãos (1960) e O
Leopardo (1963), com imagens de Visconti recebendo a Palma de Ouro pelo
filme, chegando-se a sua fase final e decadentista – inclusive fisicamente,
após o sofrimento das temperaturas baixas que representou a filmagem de Ludwig – A Paixão de um Rei (1972), que
segundo um dos depoentes, selou o declínio físico do realizador. É da cadeira
de rodas que irá dirigir o seu inconcluso O
Inocente.| BBC Arena/Illumination Films. 106 minutos.
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