Filme do Dia: El Hijo del Crack (1953), Leopoldo Torres Ríos & Leopoldo Torre Nilsson


El Hijo del Crack (Argentina, 1953). Direção: Leopoldo Torres Ríos & Leopoldo Torre Nilsson. Rot. Original: Leopoldo Torres Ríos, Leopoldo Torre Nilsson & Rafael Garcia Ibañez. Fotografia: Enrique Wallifisch. Música: Alberto Gnecco & José Rodríguez Faure. Montagem: Rosalino Caterbeti. Com: Armando Bo, Óscar Rovito, Miriam Sucre, Francisco Pablo Donadio, Pedro Laxalt, Héctor Armendáriz, Alberto Rinaldi, Roland Dumas.
Em vias de se aposentar, o ídolo do futebol Balazo (Bo), acaba sendo demovido da ideia pelo amado filho, Mario (Rovito), que chega a deixar na casa da ex-esposa, Maria del Carmen (Sucre). Seu retorno, no entanto, provoca-lhe a morte.
Essa pérola da pieguice na forma como retrata o amor entre pai e filho apresenta ainda cenas de futebol constrangedoramente amadoras para fazerem crer serem parte de jogos de times de grande destaque no cenário nacional – nas cenas apresentadas em planos mais próximos, de fato, os jogadores parecem vir do nada e se dirigirem para lugar nenhum. Há uma dimensão que beira o homo-erotismo, na forma em que o filme descreve a sociabilidade masculina unida pelo futebol. As crianças espremidas contra o arame farpado bem poderiam remeter, assim como a própria figura do garoto, a clássicos neo-realistas, porém aqui tudo se encontra, em última instância, à mercê dos jogos sentimentais, por vezes sado-masoquistas, entre pai e filho. Idealizado pelo galã Bo, também produtor, esse foi o segundo longa de Torre Nilson, aqui co-dirigindo ao lado do pai. Bo se tornaria figura recorrente na produção erótica argentina dos anos 60 e 70. S.I.F.A. 77 minutos.

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