Filme do Dia: California Suite (1978), Herbert Ross
California
Suite (EUA, 1978). Direção Herbert Ross. Rot. Original: Neil Simon. Fotografia:
David M. Walsh. Música: Claude Bolling.
Montagem: Michael A. Stevenson. Dir. de arte: Albert Brenner. Cenografia:
Marvin March. Figurinos: Patricia Norris. Com: Jane Fonda, Alan Alda, Maggie
Smith, Michael Caine, Walter Matthau, Elaine May, Richard Pryor, Bill Cosby,
Gloria Gilford, Sheila Frazier.
Um grupo de visitantes se hospeda no Hotel Beverly
Hills. De Nova York, chega Hannah Warren
(Fonda), divorciada a nove anos do marido Bill, com quem possui uma filha
adolescente de quem terá que se separar por alguns meses, e vivendo um momento
de vulnerabilidade. De Londres chegam para a noite do Oscar a favorita Diana
Barrie (Smith) e seu marido bissexual Sidney (Caine). Da Filadélfia, Marvin (Matthau)
tenta se livrar da garota de programa que o irmão lhe enviou com a chegada da
mulher, MIllie (May). De Chicago Gump (Pryor) e sua esposa Lola (Gilford) vem
para umas férias com Willis (Cosby) e sua esposa Bettina.
Canhestra comédia que se apóia sobretudo no seu elenco
estelar, típico da década, comum sobretudo em filmes-catástrofe e nos diálogos
eminentemente teatrais que fazem com que o filme se torne completamente refém
desses, abdicando de qualquer qualidade cinematográfica. Tampouco Simon ou Ross
fazem qualquer esforço de interação nas suas histórias paralelas, sendo de
longe a menos desenvolvida e mais sofrível – inclusive por sua evidente carga
de preconceito social e racial - a dos dois casais negros que pretende buscar
alguma hilaridade em suas infantis trapalhadas. Maggie Smith, interpretando uma
derrotada na noite do Oscar acabaria ganhando um na vida real pelo mesmo papel.
Fonda e Alda, no eixo dramático, são a pior expressão da carga de teatralidade
grotesca que acomete o filme. Ao tentar remeter ao gênero do filme de várias
tramas ao redor de um mesmo espaço, no caso em questão um hotel, o filme
demonstra a sua evidente inferioridade, inclusive em termos de produto
audiovisual, para não falar da moda extremamente kitsch, que impregna figurinos, direção de arte, trilha sonora e
tudo o mais, com relação a um dos primeiros exemplares do gênero, Grande Hotel (1932), de Edmund Goulding.
De resto uma arrastada ausência de criatividade, presente inclusive na sua
referência pouco sutil A Um Passo da Eternidade,
onde como se não bastasse a locação
senão a mesma, muito semelhante a do filme original, onde acontece o fervoroso
beijo de Lancaster e Kerr, Fonda ainda
faz questão de se referir ao filme. Rastar Films. 103 minutos.
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