Filme do Dia: La Première Nuit (1958), Georges Franju
La Première Nuit (França, 1958).
Direção: Georges Franju. Rot. Original: Georges Franju, Marianne Oswald &
Rémo Forlani, a partir da ideia de Oswald. Fotografia: Eugen Schüfftan. Música:
Georges Delerue. Montagem: Jasmine Chasney & Henri Colpi. Com: Pierre
Devis, Lisbeth Persson.
Garoto consegue escapar do carro
com motorista que o leva e traz da escola e se aventurar pelos subterrâneos de
Paris através do metrô, sendo constantemente perseguido pela visão de uma
garota de sua idade.
A melancolia sobriamente não sentimental com que é descrito o imaginário infantil, em contraposição, por exemplo, a filmes que também lidam com o mesmo e com uma mais aberta fantasia tais como O Balão Vermelho (1956), é o que mais chama a atenção desse também curta francês de Franju. Sem diálogos, sua trilha musical é em grande parte responsável pela criação atmosférica, assim como a escolha de composições que realçam seu tom soturno e o processo de isolamento do garoto diante da “descoberta do mundo”. Se a dose de fantasia exacerbada, inclusive sinalizando para o erótico, encontra-se na garotinha constantemente entrevista, somente em um momento a opção de ter feito abertamente o uso de uma trucagem em que ela se evapora no ar parece demasiado explícito para o que se já percebera como produto da ilusão/desejo do seu jovem protagonista. O título pode ser interpretado tanto como a primeira noite de um sonho de amor do personagem como, de forma mais ampla, a primeira noite de descoberta de um mundo para além daquele ao qual é habitualmente limitado. Essa cópia, exibida na televisão pública argentina, aparentemente não é mais completa do filme, já que algumas fontes fazem menção a uma duração de 23 minutos. Argos Films. 19 minutos e 14 segundos.
A melancolia sobriamente não sentimental com que é descrito o imaginário infantil, em contraposição, por exemplo, a filmes que também lidam com o mesmo e com uma mais aberta fantasia tais como O Balão Vermelho (1956), é o que mais chama a atenção desse também curta francês de Franju. Sem diálogos, sua trilha musical é em grande parte responsável pela criação atmosférica, assim como a escolha de composições que realçam seu tom soturno e o processo de isolamento do garoto diante da “descoberta do mundo”. Se a dose de fantasia exacerbada, inclusive sinalizando para o erótico, encontra-se na garotinha constantemente entrevista, somente em um momento a opção de ter feito abertamente o uso de uma trucagem em que ela se evapora no ar parece demasiado explícito para o que se já percebera como produto da ilusão/desejo do seu jovem protagonista. O título pode ser interpretado tanto como a primeira noite de um sonho de amor do personagem como, de forma mais ampla, a primeira noite de descoberta de um mundo para além daquele ao qual é habitualmente limitado. Essa cópia, exibida na televisão pública argentina, aparentemente não é mais completa do filme, já que algumas fontes fazem menção a uma duração de 23 minutos. Argos Films. 19 minutos e 14 segundos.
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