Filme do Dia: Gladiador (2000), Ridley Scott
Gladiador (Gladiator, EUA/Reino Unido, 2000). Direção: Ridley Scott. Rot.
Original: David H. Franzoni, John Logan
& William Nicholson. Música: Hans Zimmer. Montagem: Pietro Scalia. Dir. de
arte: Arthur Max, David Allday, Benjamín Fernández, John King,
Keith Pain & Peter Russell. Cenografia:
Jille Azis, Elli Griff, Sonja Klaus &
Crispian Sallis. Figurinos: Janty Yates. Com:
Russell Crowe, Joaquin Phoenix, Connie Nielsen, Oliver Reed, Derek Jacobi,
Richard Harris, John Shrapnel, David Schofield, David Hemmings.
No final da vida, o enfermo imperador
Marcus Aurelius (Harris), comanda sua última operação de guerra, tendo
confiança que seu cargo será transmitido ao seu homem de confiança, o General
Maximus (Crowe) e não para o filho sem
caráter, Commodus (Phoenix). Maximus também despertou a paixão da filha de
Aurelius, Lucilla (Nielsen). Porém Commodus assassina o pai e Maximus é
condenado à morte, conseguindo assassinar seus algozes e fugir. Posteriormente
torna-se cativo de um empresário de lutas, Proximo (Reed) e ganha destaque,
vencendo todas as lutas que participa. Em pouco tempo torna-se o gladiador mais
famoso de Roma e põe em xeque a soberania de Commodus. Irritado, o imperador
também não pensa em matá-lo para que ele não se torne um mártir. Descobre
através do sobrinho Lucius (Clark), que Lucilla planejava contra ele um plano
de morte. Como vingança, toma Lucius para si e afirma que se sua mãe olhar para
ele de uma forma que não goste, ele matará a criança. Após esfaquear
discretamente Maximus, Commodus enfrenta-o ele próprio. Maximus o mata, mas
logo depois morre do ferimento.
Enveredando por
um gênero que viveu seu auge entre o final dos anos 50 e início da década
seguinte em filmes como Ben-Hur
(1959) , Spartacus (1960) e A Queda do Império Romano (1964), o
filme apresenta algumas das mesmas deficiências de seus antecessores,
aproximando-se mais da inocuidade maniqueísta do primeiro, com um roteiro que
peca pela obviedade e diálogos sem maior brilho, que da argúcia dos dois
últimos. Como é comum ao gênero, não faltam cenários extravagantes (muitos
deles criados virtualmente) e uma certa aura kitsch, que a tecnologia de ponta
do momento, a seu modo, menos disfarça que acentua, a exemplo do recente Guerra nas Estrelas – A Ameaça Fantasma
(1999). O mesmo pode ser dito da trilha musical. Também característico do
gênero é o super-elenco, com uma notável equipe de suporte, mas que não pode
fazer muito dentro das limitações do roteiro. Impregnado pela lógica do filme
que deve conquistar a maior parcela de público para poder ser pago, toda e
qualquer tentativa de se construir uma maior densidade dramática se perde e
restam os clichês, que em alguns momentos, chegam a ser francamente irritantes,
como a cena em que o garoto conhece Maximus, que se torna seu ídolo. Último filme de Reed, que morreu em
meio a produção e a quem o filme é dedicado. DreamWorks
SKG/Scott Free Productions/Universal Pictures. 154 minutos.
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