Filme do Dia: Une Idylle à la ferme (1912), Max Linder
Une Idylle à La Ferme (França, 1912).
Direção e Rot. Original: Max Linder. Com: Max Linder e Suzy Depsy.
A comicidade do filme gira em torno da
contraposição entre o dandismo do personagem de Linder e os modos rústicos que requerem
uma vida voltada para uma fazenda – já que o dândi pretende se engajar com a
filha de um fazendeiro. O estilo de Linder é bem mais discreto do que os
burlescos norte-americanos e talvez uma maior ênfase no caráter desastrado de
seu personagem (com resultados positivos, diga-se de passagem, ao menos para o
olhar contemporâneo) já seja uma rendição a influência do burlesco anglo-saxão
na França, em filmes posteriores como Coiffeur
par Amour (1915). Os planos dos filmes de Linder são incomparavelmente mais
longos do que os norte-americanos realizavam contemporaneamente, demonstrando o
estilo diferenciado de filmagem europeu, onde a encenação ganha ascendência sobre a montagem. Em termos visuais, o resultado é bem
menos sofisticado do que as produções do conterrâneo Feuillade de pouco depois,
tais como Judex (1916). Destaque
para o texto escrito, talvez mais dependente das missivas, presentes em plano
de destaque, do que das habituais cartelas, algo bastante recorrente nos filmes
de Linder. Pathé Frères. 9 minutos e 52 segundos.
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