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DIANE ARBUS Portrait of a Photographer By Arthur Lubow

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Arbus in 1971, the year of her suicide.   Credit Eva Rubinstein DIANE ARBUS Portrait of a Photographer By Arthur Lubow Illustrated. 734 pp. Ecco/HarperCollins Publishers. $35. The poet Paul Valéry wrote that anyone preparing to venture into the interior of the psyche had better go armed. It’s a warning to be heeded by the biographer, especially when his subject is as difficult as the photographer Diane Arbus (1923-71). Arthur Lubow, a journalist, confronted a figure heaped in myth, an artist-­suicide whose work cannot be disentangled from the tragedy of her ­depression and death. In his 700-page investigation, he labored in the moonlight penumbra of those other fatal female luminaries: Virginia Woolf, Sylvia Plath, Anne Sexton and Francesca Woodman. Lubow never mentions this “tradition,” but it forms the climate of critical and, above all, popular perception of the work. Likewise the sensational appeal of the subject matter: the sideshow characters, sword swallowers, dwarves,

Filme do Dia: Labirinto de Paixões (1982), Pedro Almodóvar

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Labirinto de Paixões ( Laberinto de pasiones , Espanha, 1982). Direção: Pedro Almodóvar. Rot. Adaptado:  Pedro Almodóvar & Terry Lennox, baseado no conto do último. Fotografia: Ángel Luis Fernández. Música: Pedro Almodóvar,  Bernardo Bonezzi &  Fany McNamara. Montagem: Miguel Fernández,  Pablo Mínguez &  José Salcedo. Dir. de arte: Pedro Almodóvar & Andrés Santana. Figurinos: Alfredo Caral &   Marina Rodríguez. Com: Cecilia Roth,  Imanol Arias, Helga Liné, Marta Fernández Muro,  Fernando Vivanco,  Ofelia Angélica,  Ángel Alcázar,  Concha Grégori, Antonio Banderas, Agustín Almodóvar, Teresa Tomás, Eva Carrero, Pedro Almodóvar.              Sexília (Roth) tem traumas com sol, além de ser ninfômana. A psicológa Susana (Angélica), atraída pelo pai  (Vivanco) de Sexília, médico de reconhecimento internacional por suas pesquisas no campo da fecundidade animal e humana, promete que a curará. O pai de Sexília tem entre suas clientes a ex-imperatriz do Tiran, Toraya
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Filme do Dia: Chuva de Pedras (1993), Ken Loach

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Chuva de Pedras ( Raining Stones , Reino Unido, 1993). Direção: Ken Loach . Rot. Original: Jim Allen. Fotografia: Barry Ackroyd. Música: Stewart Copeland. Montagem: Jonathan Morris. Dir. de arte: Martin Johnson & Fergus Clegg. Figurinos: Anne Sinclair. Com: Bruce Jones, Julie Brown, Gemma Phoenix, Ricky Tomlinson, Tom Hickey, Mike Fallon, Ronnie Ravey, Lee Brennan, Jonathan James. Bob (Jones), luta para sobreviver fazendo pequenos bicos, como roubar ovelhas para vender a carne em Londres, arrancar a grama de um clube da elite conservadora ou limpar esgotos. Tendo tido seu furgão roubado, principal instrumento de trabalho, ele agora se desespera, sobretudo, com a forma de levantar dinheiro para a primeira comunhão da filha Coleen (Phoenix). Pede dinheiro emprestado a uma financeira, enquanto passa a trabalhar como segurança em uma boate e a mulher, Anne (Brown) procura um emprego como costureira. Bob é despedido na primeira noite, ao envolver-se em uma briga e Anne sequer é
Vergo a cabeça sobre o peito Concentro os olhos sobre o umbigo E um coração que me hão desfeito Chora de achar-se só comigo

The Film Handbook#82: Roman Polanski

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Roman Polanski Nascimento: 18/08/1933, Paris, França Carreira (como diretor): 1955 - É discutível que a violência, crueldade e senso de deslocamento prevalecente nos filmes de Roman Polanski seja diretamente derivado dos dramáticos, e mesmo horrendos, pormenores de sua vida. De todo modo, o seu talento é tal que sua obra consegue transcender meras considerações autobiográficas. firmando-se por si própria como uma visão pessimista, mas atraente, da existência contemporânea. Os pais de Polanski retornaram à Polônia dois anos antes da Segunda Guerra eclodir; ambos foram posteriormente levados a campos de concentração (sua mãe morreu em Auschwitz), enquanto a estratégia de sobrevivência do rapaz no gueto incluía frequentes idas ao cinema. Nos anos 50 ele passou a atuar, aparecendo em Geração / Mundek de Wajda , dentre outros filmes, antes de ingressar na Escola de Cinema de Lodz. Suas primeiras obras - curtas tais como Dois Homens e um Guarda-Roupa / Dwaj Ludzie z Szafa , Le Grois

Filme do Dia: Panelkapcsolat (1982), Béla Tarr

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Panelkapcsolat (Hungria, 1982). Direção e Rot. Original: Béla Tarr. Fotografia: Barna Mihóc & Ferenc Pap. Montagem: Agnes Hrinatzky. Figurinos: Tamás Breier. Com: Judit Pogány, Róbert Koltai, Kyri Ambrus, Gabus P. Koltai, Józsefné Sothó, András Udvarhelyi, Làszlo Varga, Istvanne Szabó. A dificuldade na relação entre uma mulher, Feléseg (Pogány) e um homem, Férj (Koltai), ele técnico qualificado, ela dona de casa, para manter sua união. Enquanto Feléseg busca exaustivamente uma postura mais participativa do marido na criação dos filhos esse tem rompantes ocasionais de abandonar a família, seja para trabalhar em outro país e ascender profissional e socialmente, seja simplesmente por não aguentar tamanha pressão. Esse primeiro filme de Tarr realizado com elenco profissional, ainda assim guarda fortemente uma perspectiva quase documental em que o realizador se deterá sobre o drama do casal. Com uma produção extremamente ascética e não fazendo uso de qualquer trilha sonora, T

Filme do Dia: Pai Patrão (1977), Paolo e Vittorio Taviani

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Pai Patrão ( Padre Padrone , Itália, 1977). Direção: Paolo e Vittorio Taviani. Rot. Adaptado: Paolo e Vittorio Taviani, baseado em livro de Gavino Ledda. Fotografia: Mario Masini. Música: Egisto Macchi. Montagem: Roberto Perpignani. Dir. de arte: Gianni Sbara. Figurinos: Lina Nerli Taviani. Com: Omero Antunutti, Saverio Marconi, Marcella Michelangeli, Fabrizio Forte, Marina Cenna, Stanko Molnar, Nanni Moretti. Desde a mais tenra idade, Gavino (Forte), filho de um rude campônio sardenho, sofre com os rigores de um pai que o retira dos bancos escolares para lhe ajudar no campo. Quando se torna um jovem adulto (Marconi) o pai lhe quer no exército. Gsvino, após uma tentativa malsucedida de emigrar para a Alemanha, vê essa como sua chance de abandonar o ambiente opressivo e patriarcal familiar. No exército é discriminado por não falar italiano e proibido de se manifestar em seu dialeto. Ele não pretende seguir carreira militar, no entanto, entrando para universidade e se tornando l

Filme do Dia: Neighbors (1920), Edward F.Cline & Buster Keaton

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Neighbors (EUA, 1920). Direção: Edward F. Cline & Buster Keaton. Rot. Original: Edward F. Cline & Buster Keaton, a partir do argumento de Keaton. Fotografia: Elgin Lessley. Com: Buster Keaton, Virginia Fox, Joe Roberts, Joe Keaton, Edward F. Cline, Jack Duffy. Dois jovens enamorados (Buster Keaton e Fox) que vivem em cortiços vizinhos decidem se casar mesmo com a oposição de seus pais. Mais do que a maior parte dos filmes curtos com Keaton produzidos no período, esse atesta a facilidade e graça que parece impregnar os movimentos do personagem em um varal de roupas transformado em cordão de equilibrismo ou vice-versa. Notadamente no momento em que o rapaz tenta fugir da agressividade de seu futuro sogro e escapole pelo varal apenas para voltar novamente pelo mesmo, após uma travessia que o havia levado até sua casa. Ou ainda, e tão surpreendentemente quanto, sobe sobre dois outros homens (do grupo acrobático Flying Escalantes) para fugir com sua amada, indo contra o canc

Filme do Dia: A Wild Hare (1940), Tex Avery

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A Wild Hare (EUA, 1940). Direção: Tex Avery. Rot. Original: Rich Hogan. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Nessa primeira incursão do personagem de Pernalonga, em sua forma que se tornou convencional (ainda que de traços levemente distintos de produções posteriores), também surge o personagem de Hortelino, deliciosamente dirigindo-se para a câmera e sendo tripudiado por Pernalonga. Talvez um dos traços que o diferencie da produção posterior do estúdio, seja a dos planos bem mais longos, investindo fortemente no efeito da dilatação do tempo para a construção da gag, de modo ainda mais demorado. Assim como para a ausência da utilização de efeitos fáceis ou excessivamente inverossímeis ao estilo das bombas e explosões habituais.  Destaque para os dois beijos na boca de Hortelino pelo malandro coelho e por também ter sido a primeira vez que surgiu a célebre expressão “what´s up, doc?” (traduzida para o português, como “o que é que há, velhinho?”), que acabaria se tornand

Filme do Dia: Morro dos Prazeres (2013), Maria Augusta Ramos

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Morro dos Prazeres (Brasil/Holanda, 2013). Direção: Maria Augusta Ramos. Fotografia: Leo Bittencourt & Guy Gonçalves. Montagem: Karen Akerman. Fechando a trilogia iniciada com Justiça (2003) e Juízo (2007), o filme traça um intenso retrato das tensões subterrâneas (e não tão subterrâneas) da relação entre moradores e a polícia no morro que dá nome ao título, onde foi instalada uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). De forma pouco usual, o documentário consegue se aproximar tanto de um núcleo quanto de outro, trazendo “personagens” ricos de ambos os lados e momentos bastante interessantes que se sobrepõe ao que é flagrado mais ao cotidiano e tampouco deixa de revelar muito do que há de humano, desde a jovem traficante falando sobre quando havia sido flagrada pela polícia em um jorro interminável de palavras até o chefe do comando das UPPs que faz um discurso em que associa a virilidade dos policiais ao armamento que carregam consigo “como uma extensão do próprio pêni

Filme do Dia: A Cicatriz (1976), Krzysztof Kieslowski

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A Cicatriz ( Blizna , Polônia,  1976). Direção: Krzysztof  Kieslowski. Rot. Adaptado: Romuald Karas & Krzysztof  Kieslowski, baseado no conto do primeiro. Fotografia: Slavomir Idziak. Música: Stanislaw Radwan. Montagem: Krystyna Górnicka. Dir. de arte: Andrzej Plocki. Cenografia: Ewa Kowalska. Figurinos: Izabella Konarzewska. Com: Franciszek Pieczka, Mariusz Dmochowski, Jerzy Stuhr, Stanislaw Michalski, Michal Tarkowski, Halina Winiarska, Joanna Orzechowska.             Bednarz (Pieczka) é chamado para dirigir o projeto de instalação da indústria para a qual trabalha em sua cidade natal. Para tanto, tem que se afastar da esposa (Winiarska), que não pretende voltar ao local onde vivenciou um atrito profissional com um morador local, pelo qual sente-se hoje culpada. Também se afasta da filha  (Orzechowska) , que seguindo a tendência de sua geração, vive aparentemente descompromissada e realizando abortos. A tensão só aumentará quando afasta-se de vez da esposa e filha , ao m

Filme do Dia: Moloch (1999), Aleksandr Sokurov

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Moloch ( Molokh , Alemanha/Rússia/Japão/Itália/França, 1999). Direção: Aleksandr Sokurov. Rot. Original: Yuri Arabov & Marina Koreneva. Fotografia: Aleksei Fyodorov & Anatoli Rodionov. Montagem: Leda Semyonova. Dir. de arte: Serguei Kokovkin. Figurinos: Lidiya Kryukova. Com: Yelena Rufanova, Leonid Mozgovoy, Leonid Sokol, Yelena Spiridonova, Vladimir Bogdanov, Anatoli Shvedersky.           Em 1942, no auge da Segunda Guerra, Hitler (Mozgovoy), seus homens de segurança e respectivas esposas se reúnem em um casarão na montanha e a palavra proibida para o fuhrer é justamente guerra. Sua companheira, Eva Braun (Rufanova), no convívio íntimo, é a única que tem coragem de enfrenta-lo e até mesmo intimida-lo. Enquanto Goebbels (Sokol) e Bormann (Bogdanov) se digladiam para ganhar as graças do líder, à refeição, Hitler dá voz a seus pensamentos sobre o clima  como fundamentais para a idiotia do povo finlandês e dos nórdicos em geral ou a torpeza moral dos tchecos e seus bigode

Mote:

Menina não seja vacia Recolha o seu pensamento Que beijos são impostura Palavras leva-as o vento!... (primeira cartela do filme português Mulheres da Beira )

The Film Handbook#81: Lindsay Anderson

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Lindsay Anderson Nascimento : 17/04/1923, Bangalore, Índia Morte : 30/08/1994, Angoulême, Charente, França Carreira  (como diretor): 1948-1993 Um progressivo enfraquecimento, tanto em termos de qualidade quanto de quantidade, na obra de Lindsay Gordon Anderson, desmente o fato de que de todos os realizadores associados com o  movimento do Free Cinema britânico no final dos anos 50 ele tenha sido o mais habilidoso. Desde então, o compromisso parece ter se petrificado numa postura hipócrita, a paixão em bile. Como montador do cinejornal Sequence , Anderson vociferou uma crítica polêmica da indústria de cinema britânica (por sua confiança em temas burgueses e sóbrios). Ele endossou essa visão realizando curtas documentais sobre temas tão variados quanto operários fabris, uma escola para surdos e o mercado de Covent Garden. Em 1963 dirigiria seu primeiro longa, O Pranto de um Ídolo / This Sporting Life > 1  baseado em um romance de David Storey sobre o condenado amor de um joga

Filme do Dia: Flechas de Fogo (1950), Delmer Daves

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Flechas de Fogo ( Broken Arrow , EUA, 1950). Direção: Delmer Daves. Rot. Adaptado: Albert Maltz & Michael Blankfort, a partir do romance Blood Brother , de Eliott Arnold. Fotografia: Ernest Palmer. Música: Hugo Friedhofer. Montagem: J. Watson Webb Jr. Dir. de arte: Albert Hogsett & Lyle R. Wheeler. Cenografia: Thomas Little & Fred J. Rode. Figurinos: René Hubert. Com: James Stewart, Jeff Chandler, Debra Paget, Basil Ruysdael, Will Geer, Joyce Mackenzie, Arthur Hunnicutt, Chris Willow Bird, Jay Silverheels. Tom Jeffords (Stewart) desde um encontro com um jovem índio ferido, de quem cuidou e recebeu uma oferenda, torna-se cada vez mais próximo dos índios apaches, incluindo seu líder, Conchise (Chandler) e apaixonando-se pela bela Sonseeahray (Paget).  Com muita dificuldade, e desconfiança de ambos os lados, Conchise, Jeffords e o General Oliver Howard (Ruysdael) firmam um acordo de paz, ainda que os índios “renegados” por Conchise, e cuja liderança passa a ser Geroni

Filme do Dia: Tintin e Eu (2003), Anders Ostergaard

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Tintin e Eu ( Tintin og Mig , Dinamarca/Finlândia, 2003). Direção e Rot. Original: Anders Ostergaard. Fotografia: Simon Plum. Música: Halfdan E & Joachim Holbek. Montagem: Anders Villadsen. Este sensível e criativo documentário tem como base uma gravação em áudio de uma entrevista realizada no início da década de 1970 com Hergé, o criador do famoso personagem dos quadrinhos Tintin, por Numa Sadoul (aliás o filme faz o entrecruzamento, em vários momentos, entre a fala de Hergé e o comentário a posteriori de Sadoul). A educação católica de Hergé associada a sua experiência no escotismo foram fundamentais para sua visão de mundo, mesmo quando tentasse se livrar de muitos dos efeitos colaterais – principalmente com relação à influência católica – provocaram em sua vida. O próprio Hergé faz questão de identificar muitos dos personagens e situações dos quadrinhos que ilustravam suas próprias dificuldades pessoais, como a dificuldade que foi para ele se separar de sua esposa e a

Filme do Dia: O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus (2009), Terry Gilliam

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O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus ( The Imaginarium of Doctor Parnasssus ,   Reino Unido/França, 2009). Direção: Terry Gilliam. Rot. Original: Terry Gilliam & Charles McKeown. Fotografia: Nicola Perrini. Música: Jeff Danna & Michael Danna. Montagem: Mick Audsley. Dir. de arte: Terry Gilliam, Anastasia Masaro & David Warren. Figurinos: Monique Prudhomme. Com: Christopher Plummer, Andrew Garfield, Lily Cole, Verne Troyer, Heath Leadger, Tom Waits, Johnny Depp, Jude Law, Colin Farrell. Dr. Parnassus (Plummer) se livrou de sua imortalidade fazendo um pacto com o Diabo (Waits) de que lhe legaria sua filha, Valentina (Cole), quando ela completasse dezesseis anos. Quando a data se aproxima, ele e sua trupe, formada pelo anão, Percy (Troyer) e o namorado da filha, Anton (Garfield), salvam um rapaz da morte, Tony (Ledger), que também passa a fazer parte do grupo e o Dr. Parnassus faz um outro pacto com o demônio, para salvar a pele da filha. Mesmo que os mundos imagi

Filme do Dia: As Damas do Bosque de Boulogne (1945), Robert Bresson

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As Damas do Bosque de Boulogne ( Les Dames du Bois de Boulogne , França, 1945). Direção: Robert Bresson. Rot. Adaptado: Robert Bresson &  Jean Cocteau, baseado no romance Jacques le Fataliste et Son Maitre , de Denis Diderot. Fotografia: Philippe Agostini. Música: Jean-Jacques Grünenwald. Montagem: Jean Feyte. Dir. de arte: Robert Lavallée, Robert Clavel & Max Douy. Com: Maria Casarès , Elina Labourdette, Jean Marchat, Lucienne Bogaert, Paul Bernard,  Yvette Étiévant.        Agnes (Labourdette), jovem estrela de cabaré, consegue trocar os atrativos da vida mundana que a insatisfazem por uma vida digna com a mãe (Bogaert), aos cuidados da aristocrata Helene (Casarés). Vivendo agora reclusas em sua nova moradia, junto ao Bosque de Boulogne, encontram no mesmo dia Helene e o amigo Jacques (Marchat), que se apaixona perdidamente, a primeira vista, por Agnes. Disposto a conquistá-la a todo custo, sofre recusas seguidas, que apenas abrasam ainda mais o seu desejo, ao ponto d

Filme do Dia: O Bebê Santo de Mâcon (1993), Peter Greenaway

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O Bebê Santo de Mâcon ( The Baby of Macon , Reino Unido/França/Bélgica/Alemanha, 1993) Direção: Peter Greenaway. Rot.Original: Peter Greenaway. Fotografia: Sacha Vierny. Montagem: Chris Wyatt. Com: Julia Ormond, Ralph Fiennes, Philip Stone, Jonathan Lacey, Frank Egerton, Diana Van Koick, Nils Dorando.            Em uma sociedade em 1659, Macon,  em que a esterilidade é a regra e todos sentem-se culpados acreditando que o abandono da catedral é o verdadeiro motivo para a maldição, uma peça apresenta o nascimento incomum de um bebê de uma mulher de idade (Koick) avançada provoca uma verdadeira histeria coletiva - já que ele nasce realmente no meio da encenação. Uma irmã do bebê (Ormond), estimando o quanto pode lucrar com a situação, já que são provenientes de uma família pobre, afirma que na verdade ela é a mãe, encarcerando sua mãe - a verdadeira mãe do bebê - em casa. Para tornar o fato ainda mais fantástico, ela é virgem, logo sua gravidez assumindo proporções místicas que a

Filme do Dia: Hollywood on Trial (1976), David Helpern

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H ollywood on Trial (EUA, 1976). Direção: David Helpern. Rot. Original: Arnie Raisman. Fotografia: Barry Abrams. Montage: Frank Galvin. Documentário que traça todo o percurso que vai das primeiras investidas anti-comunistas em reação aos direitos trabalhistas com relação a exploração dos trabalhadores durante a Grande Depressão (tema do contemporâneo Union Maids ) até a paranoica e pouco democrática (apenas havia direito de resposta como “sim” ou “não”) ação empreendida inicialmente por J. Parnell Thomas – ele próprio preso pouco tempo depois – contra a indústria cinematográfica. Fazendo extenso uso de material da época (que o filme Trumbo , assim como o documentário homônimo, de 1997, décadas depois fariam grande uso, inclusive reconstituindo dramaticamente a entrevista aqui incluída quando da polêmica sobre o anonimato do vencedor da  categoria de roteiro original e que Trumbo assume a autoria, iniciando o processo de desmoralização da Lista Negra, no caso do primeiro). Sobret

Filme do Dia: No Quarto da Vanda (2000), Pedro Costa

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No Quarto da Vanda (Portugal/Alemanha/Suíça/Itália, 2000). Direção e Fotografia: Pedro Costa. Montagem: Dominique Auvray & Patricia Saramago. Com: Lena Duarte, Vanda Duarte, Zita Duarte, Pedro Lanban, António Moreno, Paulo Nunes, Fernando Paixão. Experiência particularmente interessante de Costa, filmada nos subúrbios miseráveis de Lisboa, acompanha dois grupos de jovens viciados que procuram encontrar algum sentido em suas vidas. É quase inédito em sua peculiaridade, o modo intensamente ficcional que Costa se “apropria” de pessoas, situações e ambientes reais, através do ritmo cíclico em que as ações voltam a acontecer. Muito além de um caráter de pretensa denúncia social, apresentando um Portugal miserável que chega a ser achincalhado pela protagonista, o que é mais interessante no filme, e parece ser o interesse maior do realizador, é justamente essa intensidade ficcional que empresta às suas cenas pseudo-documentais. Nesse sentido, ainda que pudesse ser evocado o cin