Filme do Dia: Invisible Ink (1921), Dave Fleischer

 


Invisible Ink (EUA, 1921). Direção: Dave Fleischer.

Max Fleischer busca trabalhar em sua prancheta mas é impedido pela súbita aparição do Palhaço Koko, que não o deixa se concentrar para fazer nada que não seja persegui-lo. O mais curioso nessa série de filmes realizados com o personagem é que ela sempre trabalha com um apurado conceito de interação entre animador e animação, fazendo uso de uma técnica bem sucedida de mesclar ação ao vivo e animação. No caso em questão, Fleischer após tentar diversas formas se livrar de Koko como uma porta desenhada ou tentando fazê-lo retornar para a tinta ou utilizar a tinta invisível que nomeia o filme, ao qual Koko acaba dando uma resposta inusitada em um dos trechos mais interessantes. Fleischer sofrrerá os reveses que Koko praticará no “mundo real”, fazendo com que o animador siga por um inusitado traçado no qual encontrará dezenas de personificações de Koko. Talvez o que se torna mais interessante, para além da técnica bem aplicada e das trucagens também com Fleischer (seu rosto rodopiando como o de um boneco a uma velocidade espantosa como em certas comédias da época) seja sua tematização sobre a recorrência obsessiva do personagem diante da possibilidade de outros temas e personagens (também presente no ainda mais divertido A Trip to Mars). Out of the Inkwell Films para Margaret J. Winkler. 7 minutos.

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