Filme do Dia: Houve Uma Vez Dois Verões (2002), Jorge Furtado



 Houve uma Vez Dois Verões (Brasil, 2002). Direção e Rot. Original: Jorge Furtado. Fotografia: Alex Sernambi. Montagem: Giba Assis Brasil. Dir. de arte: Ana Luiza Azevedo. Cenografia: Fiapo Barth. Figurinos: Rosangela Cortinhas. Com: André Arteche, Ana Maria Maineri, Pedro Furtado, Júlia Barth, Victória Mazzini, Marcelo Aquino, Janaína Kraemer Mota,  Yuri Ferreira. 

Chico (Arteche) e Juca (Furtado), são dois adolescentes dispostos a quase tudo para perderem a virgindade. A ocasião parece mais próxima do que nunca, quando viajam sem os respectivos pais para uma cidade de veraneio. Chico apaixona-se por Roza (Maineri), que lhe procura tempos depois, atrás de dinheiro, pois se encontra grávida e necessita fazer um aborto. Com um certo esforço ele consegue juntar a quantia necessária, porém a garota desaparece. Só então ele percebe que foi vítima de um golpe. Reencontra Roza tempos depois e vem novamente a ser enganado por ela. Na terceira tentativa, no entanto, os dois formam um casal.

 O filme acaba, de certa forma,  sendo vítima de si próprio, no sentido de que a força visual e rítmica que imprime ao início da narrativa (próxima a do cinema mexicano contemporâneo, em filmes como Amores Brutos e E Tua Mãe Também), auxiliado pela dinâmica montagem e por uma fotografia de cartão postal, não se concretiza. Ao reduzir seu foco narrativo para a história de amor do jovem ingênuo pela garota esperta, no entanto, o filme perde o viço inicial e seu senso de ritmo e tem o  inverossímil final feliz como catarse. De qualquer forma, dentro do cenário dos filmes sobre jovens brasileiros é bem mais interessante que produções como toda uma série que se inicia com Menino do Rio, embora não corresponda as pretensões – como filme “sobre adolescentes” e não necessariamente “para adolescentes” - de maturidade defendidas por Furtado. O título é uma alusão explícita a versão brasileira do filme de Robert Mulligan, Summer of ´42, Houve uma Vez um Verão (1971). Canções com Pato Fu, Cássia Eller e outros grupos menos conhecidos fazem parte da trilha. Casa de Cinema de Porto Alegre. 75 minutos.


Postado oringalmente em 30/05/2016

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