Filme do Dia: Thugs with Dirty Mugs (1939), Tex Avery

 

Thugs  with Dirty Mugs (EUA, 1939). Direção: Tex Avery. Rot. Original: Jack Miller. Música: Carl W. Stelling. Montagem: Treg Brown.

Edward G. Robemsome vive Killer, um assaltante implacável que resolve assaltar todos os bancos da cidade na sequência dos números de suas agências, saltando a de número 13 e completando a célere marca de 86 unidades assaltadas num único dia.

Mesmo que longe dos melhores exemplares de seu talento, Avery já aponta aqui para algumas características que se tornarão sua marca registrada, dentre elas a forte alusão (direta ou indiretamente) ao universo do cinema de ação ao vivo de sua época, assim como a auto-referencialidade, ambas já postas nas primeiras imagens pós-creditos iniciais esse curta de animação. De fato, o filme apresenta algo como um equivalente dos próprios créditos da história que acompanhamos, e não apenas isso como tirando troça, desde o seu título (uma referência explícita ao então recente Anjos de Cara Suja, de Michael Curtiz) dos filmes de gângster. A auto-referencialidade  voltará a ser ressaltada no momento em que o delegado fala com um agente a seu serviço e, indignado, consegue atravessar o efeito de tela dividida que flagra os dois ao telefone e, por fim, na figura de um espectador na plateia que interfere em alguns momentos da trama. A relação com o cinema de ação ao vivo também se dá indiretamente através de uma evidente sátira que exagera ao ponto do caricato os exageros já presentes naquele – a estupidez dos policiais aqui é flagrante pois o grupo assalta os bancos em sequencia do número das agências, sendo esses por sua vez uma sátira, inclusive ao incorporar elementos arquitetônicos, do First Nacional Bank aqui rebatizado como Worst National Bank. Leon Schlesinger Studios para Warner Bros. 7 minutos e 35 segundos.

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