Peter Fonda (1940-2019)

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O que posso afirmar de Peter Fonda? Ator limitado, mas um tanto icônico da New Hollywood, provavelmente devido a sua participação em um único filme, "Sem Destino/Easy Rider" (1969). Proveniente de um dos clãs mais bem sucedidos da indústria do cinema norte-americano, filho de Henry Fonda, irmão de Jane Fonda e pai de Bridget Fonda, Peter já tinha tido participações menores em filmes relevantes como “Os Vitoriosos/The Victors” (1963), de Carl Foreman e o excelente “Lilith” (1964), de Robert Rossen, antes mesmo que embarcasse na onda dos filmes jovens cujo protagonismo maior talvez fosse da cultura da motocicleta – cultura essa ironizada em um dos clássicos da vanguarda do período que os antecede, inclusive, “Scorpio Rising” (1964), de Kenneth Anger – e que renderia filmes baratos produzidos por Corman como “Anjos Selvagens/The Wild Angels”  (1966) e “Viagem ao Mundo da Alucinação/The Trip” (1967). Jonathan Rosenbaum credita o rompimento com uma estrutura dramática mais convencional  de “Sem Destino” menos talvez a influência da vanguarda norte-americana (Anger, incluso) e aos cinemas modernistas europeus que a uma herança da precária roteirização desses filmes anteriores, evidentemente que filtrada pelo talento bastante autoconsciente de Dennis Hopper. O estrelato e a fama súbita com o primeiro filme lançado por um grande estúdio que compartilhava da contracultura norte-americana, de pequeno orçamento e enorme bilheteria, torná-lo-ia por um breve período em um queridinho da indústria, e lhe possibilitou o lançamento como diretor, pouco após, do interessante “Pistoleiro sem Destino/The Hired Hand”, também protagonizado por Fonda, e cujo título brasileiro tenta pegar carona na celebridade do filme anterior. Descanse em paz.

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