Filme do Dia: La Femme Collante (1906), Alice Guy
La Femme Collante
(França, 1906). Direção: Alice Guy.
Empregada
de uma senhora tem sua língua e saliva utilizadas por sua patroa para colar
selos de cartas em uma agência dos correios. Um homem observa a movimentação e
estimulado pela boca aberta e língua de fora da empregada resolve tascar-lhe um
beijo na boca, ficando com os lábios grudados nos da empregada, provocando o
assombro e diversão de todos os presentes, até que um empregado dos correios
consiga separá-los com uma tesoura.
A diminuta
metragem desse filme, mesmo para os padrões contemporâneos da produção da época
e de sua realizadora, poderia sugerir ter o filme sobrevivido incompleto. O
mais provável, no entanto, é que seu efeito-piada tenha levado a uma condensação que
em pouco mais de dois minutos se conseguisse dar conta do que se queria. A
disposição da encenação neste plano-sequencia é efetuada para que os guichês
sejam mantidos ao fundo e que a senhora e sua empregada se aproximem de um
móvel (e também da câmera) para que se torne mais visível as duas ações realmente
dignas de nota no mesmo, a colagem das cartas e o beijo. Quando o casal se
encontra unido de forma intensa pelo beijo, as reações variam, com os
funcionários dos correios se divertindo, enquanto a patroa da empregada bate
com o guarda-chuva em suas costas e o jovem funcionário dos correios que
consegue separar o casal, antes de fazê-lo, não deixa de se comunicar
diretamente com os espectadores, afirmando o nível de aderência dos lábios dos
dois. E claro, já é esperado que, como resultado, a empregada fique com o
bigode do homem ao final. Société des Établissement L. Gaumont. 2 minutos e 15
segundos.
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