Filme do Dia: The Little Princess (1917), Marshall Neillan


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The Little Princess (EUA, 1917). Direçao: Marshall Neillan. Rot. Adaptado: Frances Marion, a partir do romance de Frances Hodgson Burnett. Fotografia: Charles Rosher & Walter Stradling. Dir. de arte: Wilfred Buckland. Com: Mary Pickford, Norman Kerry, Zasu Pitts, Katherine Griffith, Anne Schaefer, W. E. Lawrence, Theodore Roberts, Gertrud Short.
Sara Crewe (Pickford), filha do rico homem de posses que vive em Bombaim, Capitão Richard Crewe (Kerry), sente muito a separação do pai, que a põe em um internato londrino enquanto parte para a guerra. Lá, Sara fica muito próxima de uma ajudante da casa, Becky (Pitts) e sofre com os maus tratos da dona do local, a Srta. Minchin (Griffith), sobretudo quando essa fica sabendo que o pai de Sara morreu e não mais possui fortuna, supostamente furtada por seu melhor amigo. Sara entra em profunda depressão após saber da morte do pai. Na noite de natal, ela tem um jantar oferecido por um vizinho que se compadece do sofrimento dela. Quando no jantar ela e Becky são interrompidas pela Srta. Minchin, o homem intervém. Trata-se de ninguém menos que o melhor amigo do pai, Cassim (Roberts), que há dois anos buscava notícias de Sara, já que a notícia que ele havia surrupiado a fortuna do pai era falsa e ela é herdeira de uma rica mina de diamantes.
Essa primeira adaptação cinematográfica do famoso romance de Hodgson– espécie de contraparte rósea para A Pequena Vendedora de Fósforos e como esse com inúmeras versões para o cinema (das quais a mais lembrada talvez seja com Shirley Temple, de 1939) – serviu como evidente veículo para sua produtora e atriz principal, Pickford. E ela, acostumada a viver personagens mais jovens aqui chega ao ponto de encarnar uma garota de dez anos, tornando a relação algo subliminarmente incestuosa com o pai ainda mais patente. Talvez o que exista de melhor no filme seja sua aberta fantasia melodramática, que permite “licenças poéticas” como a do melhor amigo do pai não somente assistir a “encenação do mal” perpetrada contra a menina como intervir nela e transformar seu destino e – melhor que tudo – ilustrar as narrativas de Sara sobre Ali Baba e os 40 Ladrões, que como seu prólogo, apela para uma fantasia orientalista sem demasiados excessos cenográficos. Destaque para a cena em stop motion que apresenta os movimentos dos bonecos quando não estão sendo observados por ninguém. Dentre as cartelas observar que uma delas possui uma frase de ninguém menos que Zasu Pitts, atriz que encarna Becky. Mary Pickford Co. para Artcraft Pictures Corp. 62 minutos.

Comentários

  1. Olá! Tudo bem? Eu amo o livro. Marcou minha infância. Eu já havia visto a adaptação de 1995 mas essa eu não conheço. Sabe como posso assistir? Onde comprar ou baixar essa primeira adaptação? Tenho muito interesse. Desde já agradeço :)

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