Filme do Dia: A Romance of the Redwoods (1917), Cecil B.DeMille
A Romance of the Redwoods (EUA,
1917). Direção: Cecil B. DeMille. Rot.
Adaptado: Cecil B. DeMille & Jeanie Macpherson, baseado em peça Maedchen fuer alles. Fotografia: Alvin
Wyckoff. Montagem: Cecil B. DeMille. Dir. de arte: Wilfred Buckland. Com: Mary Pickford, Eliott Dexter,
Tully Marshall, Raymond Hatton, Charles Ogle, Walter Long, Winter Hall.
Nova Inglaterra, 1850. Jenny (Pickford), orfã, decide ir
morar com o tio na California, que vive sua corrida do ouro. Porém, no local do
tio, ela encontra alguém que se faz passar por ele, o aventureiro e larápio
Black Brown (Dexter). Chocada com o novo ambiente de promiscuidade e violência,
Jenny não tem outra opção do que buscar segurança em Brown, que se apaixona por
ela. Ainda assim ele continua planejando assaltar mineiros e Jenny finda por
descobrir. Ela lhe dá um ultimato para que ele se regenere. Ele se encontra
disposto a fazê-lo, porém um amigo o acaba tentando para que assaltem uma
diligência. Eles o fazem, mas são descobertos e ele é condenado à forca pela
ordem de Sam Sparks (Marshall), que também se apaixonara por Jenny. Quando ele
percebe o quanto ela se encontra desesperada por conta da condenação, soltam Brown.
Esse delicioso melodrama de DeMille, que antecipa algo mais
elaborado a ser produzido na década seguinte, como é o caso de Vento e Areia (1928), de Victor Sjöström. Há momentos de
comicidade e ternura na relação entre o casal que antecipam de muitos casais
semelhantes posteriores em filmes de Frank Borzage ou Frank Capra. Pickford,
menos ostensiva do que em boa parte de seus papéis então encarna a própria
figura da civilização associada tanto a figura feminina em ambientes
ostensivamente masculinos quanto ao fato de ser oriunda do norte, sinalizando
não apenas para novos padrões de higiene, comodidade, mas igualmente de temor a
lei nem que se torne necessário uma vida sacrificada de labuta e sacrifício. A
narrativa propicia o fato do criminoso pelo qual Jenny se encanta não ter sido
o assassino de seu tio, ressaltando uma mínima polidez que propicie a
identificação afetiva com os personagens, único requisito aliás que o melodrama
aceita como válido – é novamente através dos sentimentos que a vida de Black
Brown é salva. E é pelos mesmos que se acredita que ele agora se emendará de
vez de seu passado torpe. Artcraft Pictures corp./Paramount para Artcraft
Pictures Corp. 90 minutos.
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