Filme do Dia: Monstros S.A. (2001), Pete Docter, David Silverman & Lee Unrich

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Monstros S.A. (Monsters, INC., EUA, 2001). Direção: Pete Docter, David Silverman & Lee Unkrich. Rot. Original: Pete Docter, Jill Culton, Jeff Pidgeon, Ralph Eggleston, Andrew Stanton & Daniel Gerson, a partir do argumento dos quatro primeiros. Música: Randy Newman. Montagem: Robert Grahanjones & Jim Stewart. Dir. de arte: Harley Jessup, Tia W. Kratter, Bob Pauley & Dominique Louis. Cenografia: Jon Childless Farmer, Ellen Moon Lee, Phat Phuong & Elizabeth Torbitt.
Em Monstrópolis, Sulley e Wazowski são dois amigos e colegas de trabalho que trabalham para a grande corporação Monsters Inc., que através do acesso a milhares de portas terrestres, consegue assustar as crianças do mundo todo ao mesmo tempo que geram a energia necessária ao país. Os monstros não podem ser tocados ou trazer nenhum objeto terrestre, sob o risco aparente de contaminação generalizada. Sulley certo dia encontra uma porta solitária fora do horário de trabalho que fazia parte dos subterfúgios do lagarto Randall, incomodado com a liderança de Sulley, de tentar ultrapassá-lo. Ele traz consigo uma garotinha da Terra, Boo. A aparição da menina provoca um pânico generalizado, mas logo Sulley e seu amigo descobrirão que o contato com humanos não provoca nenhum mal. Após escondê-la, travestida como monstro. Eles tentam vender a idéia para o seu chefe, mas esse acaba os enviando para o frio Ártico, onde são hospedados pelo Abominável Homem das Neves. Ao retornarem a Monstrópolis eles terão que enfrentar seu corrupto chefe e Randall para conseguirem levar Boo de volta ao seu lar.
Esta animação da Pixar demonstra o seu talento diferenciado com relação às produções solo Disney por refletir tangencialmente não apenas sobre o universo das grandes corporações, tema quase obrigatório da ficção científica contemporânea, como do próprio universo digital que tava começando a se firmar igualmente no cinema, e particularmente na animação como é o caso em questão. Ao contrário de boa parte das animações convencionais, no entanto, a animação digital aparentemente se ressente da passagem do tempo com mais efetividade do que sua correspondente analógica. É claro que os comentários subliminares argutos do filme – as diversas portas como as janelas do próprio programa digital mais internacionalmente difundido – se dão através de uma moldura convencional e melodramática: a sensibilidade que move o protagonista ao objetivo da “entrega” da criança ao seu ambiente original passa por cima de qualquer dimensão coletiva, inclusive pondo em risco a própria sobrevivência de seu mundo. Pixar Animation Studios/Walt Disney Pictures para Buena Vista Int. 92 minutos.


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