Filme do Dia: A Invasão Secreta (1964), Roger Corman
A Invasão Secreta (The Secret Invasion, EUA,
1964). Direção: Roger Corman. Rot. Original: R. Wright Campbell. Fotografia:
Arthur E. Arling. Música: Hugo Friedhofer. Montagem: Ronald Sinclair. Dir. de
arte: John Murray. Cenografia: Ian
Love. Com: Stewart Granger, Raf Vallone, Mickey Rooney, Edd Byrnes, Henry
Silva, Mia Massini, William Campbell, Enzo Fiermonte.
Na Segunda Guerra, o Major britânico
Richard Mace (Granger) reúne um grupo de presidiários com o intuito de uma missão
suicida: libertar o líder da resistência italiana Jacop Quadri das mãos dos
alemães na fortaleza iuguslava de Dubrovnik. Após tomarem um navio alemão, eles
conseguem chegar à Iuguslávia, onde fazem contatos com a resistência. Alia-se
ao grupo a jovem nativa Mila (Massini), que perde o filho recém-nascido, quando
um dos homens da expedição, John Durell (Silva) acidentalmente o sufoca para
que ele não chore e alerte os soldados nazistas. Acuados no cemitério onde
cavavam um túnel que daria acesso à fortaleza, eles se rendem. Torturados,
ainda assim não revelam a intenção do plano, conseguindo fugir e libertando
igualmente o General Quadri (Fiermonte). Porém, depois de algumas baixas, entre
elas a de Mace que, moribundo, passa a liderança a Rocca e de retornarem ao
vilarejo, descobrem que o verdadeiro Quadri foi morto pelos nazistas. Tentam
utilizar o alemão travestido de Quadri como o próprio líder, mas esse é
assassinado por Durell, que se faz passar por nazista e é morto pela
multidão.
Realizado entre seus mais famosos
filmes de terror em que adaptava a literatura de Allan Poe, Corman em mais uma
de suas modestas produções e, ao contrário de sua produção de terror, sem
quaisquer méritos. Do roteiro inverossímil às atuações canhestras, passando por
tentativas de dramatização que redundam em um humor involuntário – seja na cena
da morte da criança ou na que Mace afirma que essa missão é para lavar a honra
do irmão morto e todos afirmam que agora essa missão é coletiva – tudo soa
demasiado ingênuo e superficial para ser minimamente convincente.
Principalmente a lealdade dos aventureiros que nunca, mesmo sob a iminente
morte, questionam o papel em uma missão que para eles não possui nenhum
significado moral maior. Para piorar tudo, o senso de ritmo do filme se perde
completo nas arrastadas sequências finais que, a exceção dos planos finais em
que inúmeros cadáveres rondam o personagem de um abatido Rocca como em um
comentário subliminar sobre o absurdo da guerra, são grandemente dispensáveis.
O cerne do argumento será igualmente o tema do mais bem sucedido Os Doze
Condenados (1967), de Aldrich. American International Pictures/San Carlos Productions, distribuído pela
United Artists. 98 minutos.
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