Filme do Dia: Harvie Krumpet (2003), Adam Eliott
Harvie
Krumpet (Austrália, 2003). Direção, Rot. Original e Fotografia: Adam Elliot.
Montagem: Bill Murphy.
Harvie é um imigrante polonês (nascido em 1922) na
Austrália, após a morte dos pais e destituído de qualquer habilidade especial.
Seu retardamento não o impede de se apaixonar pela enfermeira que o tratou no
hospital, após a retirada de um de seus testículos. Infértil, a decisão é de
adotar uma menina, que se forma advogada
e vai morar nos Estados Unidos. Quando preparava o aniversário de 16 anos da
filha, a esposa de Harvie falece. Sozinho no mundo, ele passa a viver em um
asilo e decide pelo suicídio. Porém, novidades o aguardam.
Fundamental para o sucesso dessa animação em massinha
vencedora do Oscar em sua categoria é o modo irônico e distanciado, mas nem por
isso desapaixonado, com o qual narra a melancólica trajetória de vida de seu
protagonista, através da voz off (do ator Geoffrey Rush), assim como o senso de
detalhe que se atêm as excentricidades
do personagem mas igualmente a curiosidades sem qualquer relevância maior para
o que é narrado – como o fato de Harvie admirar os filmes de Busby Berkeley.
Apesar de todos os detalhes pouco agradáveis da trajetória pessoal de Harvie ao
qual temos acesso em nenhum momento o realizador apela para um sentimentalismo
ou paternalismo fáceis, ao contrário, por exemplo, do filme protagonizado por
Rush que provavelmente o levou a ser convidado a ser narrador aqui, Shine (1996), demonstrando, portanto,
um maior senso de dignidade para com seu personagem. Eliott aprimora aqui o
estilo que já havia demonstrado na sua trilogia, a exemplo de Cousin (1998).Melodrama Pictures. 23
minutos.
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